É perguntando por direções que se chega a algum lugar. Sou do tempo que tinha que se usar mapas. Hoje a tecnologia lhe propicia ter um GPS, quem em 99% dos casos o leva aonde você quiser, sem erros. Mas de vez em quando um caminho errado que a maquininha lhe ensina, o faz entrar em terreno que não deveria ser pisado.
O Fernando Perche na live desta segunda feira, fez alusão a uma coisa que lhe chocou, quando da volta de uma das viagens que fez ao Kentucky. Na semana anterior tinha ido comigo a Chirchill Downs de madrugada ver Arazi que se preparava para a sua participação no Kentucky Derby e ficou impressionado com o número de pessoas, ds várias nacionalidades, bem como do farto material de propaganda a alcance de todas. Voltando ao Brasil, cerca da disputa do Grande Prêmio Paraná, que o material de propaganda existente juntos aos muros do Tarumã, não chamavam a atenção para a corrida e sim para um jogo de futebol a realizar-se no mesmo fim de semana. Foi ai que teve a plena certeza, que no Brasil, nunca deixou-se de priorizar mais um dos esportes, embora ambos tenham sido inventados pelos ingleses.
Na Inglaterra o meeting de Royal Ascot e o Epsom Derby em Epsom tem tanta importância quanto uma disputa em Wembley de uma final de futebol. São públicos distintos. No Brasil, Maracanã enche em dia de Fla-Flu, mas na Gávea no fim de semana de Grande Premio Brasil, a gerência do hipódromo ter que fazer das tripas o coração para encher duas arquibancadas. Mas nem sempre foi assim.
A pergunta que me faço, ano após ano, é o porque desta mudança?
Não poderíamos conviver com as duas atividades apinhado de gente nos fins de semana? Seria uma questão apenas de promoção? Se assim o fosse, seria fácil de contornar a situação. Porém, me parece ser mais do que isto. Um dos pontos nevrálgicos é a falta de uma mídia constante que mantenha a atividade focada semana, após semana.
Sou do tempo de haver duas páginas de turfe no Estadão e pelo menos uma no Jornal dos Esportes. O que aconteceu com as mesmas? Evaporaram? Sou igualmente do tempo que nos finais de semana dos Grande Prêmios São Paulo e Brasil, haviam provas verdadeiramente de cunho internacional, visitadas ano, após, ano por argentinos, uruguaios e de vez em quando até por chilenos. Era uma festa. Mas porque cessaram? Apenas pela queda do valor das bolsas?
Como o Pellegrini mantém sua internacionalidade? Algum de nossos dirigentes já foi ao âmago da questão, para descobrir? Porque o Ricardinho, não tem por exemplo, tanta mídia, quanto um Arrascaeta? Os dois são baixinhos... Porque com a ascensão de Sena, Guga e de outros, esportes até então ignorados pelos brasileiros, passam a ter mais publico que o turfe? Seria uma quest~çaon de saber trabalhar melhor nossos heróis?
O tufe e o Boxe, tiveram seus dias de glória e hoje vivem num perfeito ostracismo. Não cultivamos por eles, um décimo do respeito que deveriam ter. Gloria de Campeão ganha a mais bem dotada prova do turfe mundial, depois dele ser segundo no ano anterior, e nem citado no Fantástico. E o que dizer da segunda colocação de Hard Buck em um Kinge George?