Tivemos um fim de semana bem movimentado no JCB com as disputas em meio a muita lama, torrões, grama pesada mas com poucas surpresas em relação aos ganhadores das principais provas.
Para muitos chamou a atenção o desempenho dos filhos de Drosselmeyer na pista pesada, vi um comentário "Drosselmeyer também teve sorte hoje, 1° no Derby, 1° GII e 2° no Zélia...". Drosselmeyer ganhou com Moroccan o GP Gervásio Seabra GII, ganhou o Derby Cruzeiro do Sul GI com Nudini e terceiro lugar com Devenoge e segundo no GP Zélia Peixoto de Castro GI com Gevrey-Chambertain. Para mim, foi outra estrela que brilhou neste último domingo carioca...
Quem ainda não assistiu a live #155 com o veterinário Alexandre Dornelles, deveria assistir. Ele nos trouxe informações importantes sobre as características e comportamentos dos principais reprodutores que estão ou passaram pelo Santa Maria de Araras.
Alexandre nos trouxe a informação que agora com Emcee e Hofburg a dependência da pista seca é muito menor, nos tempos de Wild Event era um olho na previsão do clima e outro no animal. Os descendentes de Wild Event eram nervosos, se desgastavam nas viagens, precisavam ter muita atenção em seu início de treinamento, mas compensaram, pois a grande maioria corria muito.
Numa pista de grama pesada como tivemos no último domingo na Gávea, em nada mudou a dominância dos netos maternos de Wild Event, na realidade me parece que foi ainda maior. Wild Event passou o rodo sem dó na concorrência. E lembrem-se do corre-corre e os infindáveis imprevistos que foram descer com os animais da serra carioca para correr no domingo, conforme relatos do Alexandre na Live desta segunda, última.
Em ordem da sequência dos páreos as principais colocações de netos maternos de Wild Event, com pai entre parênteses:
GP Gervásio Seabra GII - 1° Moroccan (Drosselmeyer), 5° Lake a Trojan (Put It Back) - menção ao 3° Maverick que tem Fluke como avô materno, este filho de Wild Event
GP Zélia Gonzaga Peixoto de Castro GI - 1° Naturalizada (Emcee), 3° Not To Worry (Put It Back)
GP Antônio Joaquim Peixoto de Castro Jr. GII - 1° Underpants (Emcee), 2° Oviedo (Agnes Gold), 3° Bourgogne (Agnes Gold), 4° To Sir With Love (My Cherie Amour)
GP Alfredo Grumser GIII - 5° Jet Class (Put It Back) - menção a 1° Vivi Magique neta materna de Fluke assim como Maverick e 4° de John do Jaguarete neto materno de
Poker Face também filho de Wild Event
GP Cruzeiro do Sul GI - 1° Nudini (Drosselmeyer), 3° Devenoge (Drosselmeyer)
GP José Carlos Fragoso Pires GII - 2° Dash And Play (Verrazano), 4° Mountain Bike (Put It Back) e 5° Nova Deli (Put It Back).
Ou seja, em seis provas, pegando os cinco primeiros colocados, estamos falando de 29 animais, pois o Zélia foi corrido com apenas quatro participantes, dezessete deles tiveram a participação de Wild Event na linha alta da mãe dos corredores. Quase 60% do resultado clássico do domingo na Gávea teve a influência de Wild Event, e segundo relato do Alexandre Dornelles, não era o melhor dia que os Wild Event mostravam todo seu potencial.
Já escutei muito a se falar sobre o aproveitamentos de reprodutores nacionais filhos de Put It Back e Agnes Gold, mas não lembro de tanto alarde com os filhos de Wild Event mesmo com o sucesso de Fluke que até tríplice coroada deu e Daniel Boone que sacudiu as pistas argentinas com seus filhos.
Mudando de assunto, gostaria de destacar a surpreendente vitória de Hit Show ao vencer a Dubai World Cup, ele um Candy Ride em mãe Tapit da família A1. Incrível essa afinidade nos EUA entre Candy Ride e seus filhos com descendentes de A. P. Indy. Fui olhar no Brasil o que temos de éguas descendentes de Candy Ride, pois reprodutores não temos nenhum. Encontrei a americana Baby Candy, filha de Candy Ride de 2007 que possui oito filhos registrados, mas nenhum com reprodutores descendentes de A. P. Indy, sendo que ela não reproduziu nenhum sequer colocado em prova de grupo. Temos também uma potranca em campanha de nome Bela Julia, filha de Vekoma, este filho de Candy Ride. Como diz o Gameiro, muitas das pesquisas que fazemos não nos levam a lugar algum... Quem sabe Bela Julia seja o início do teste dessa afinidade de sucesso americano em solo brasileiro...
Até a próxima quarta, abraço virtual.
Marcel Bacelo