Outro dia publiquei um apanhado de grandes corredores nacionais, e o que foram capazes de produzir, em que pese as parcas chances a eles ofertadas. Qual a lógica na questão?
Vejam o caso de Verity, recente vencedora do Beaumont stakes em Keeneland. Trata-se de uma neta da extraordinária Be Happy. Champion 2yO, a filha de Ghadeer passou por um processo de total abandono, sendo negociada cheia de Hard Spun em 2014, por US$22,000 e no ano seguinte cheia por Temple City por apenas US$7,000.
Descendente da consagrada importada pelo Mondesir, Skyle (9-c) - égua que fez história na criação brasileira - Be Fair produziu com Bernardini, uma ganhadora de 4 carreiras e mais de US$220,000 em prêmios, chamada Moiety, que a seu tempo foi ainda segundo no Barbara Fritchie stakes (G2) de Laurel. Moiety é a mãe de Verity.
Ai vem a minha indagação. Porque os filhos de Ghadeer não vieram a ser mais convinientemente explorados no Brasil? Falcon Jet, o mais amparado de todos, recebeu 301 éguas e produziu sete individuais ganhadores de grupo. E Gulf Star, com tão somente 60, sendo ainda assim responsável por dois individuais ganhadores de grupo. Seriam eles ruins o suficiente para não serem mais bem aproveitados?
Lembro aos Navegantes, que até bem pouco tempo, Ghadeer foi o nosso recordista pelo número de filhos ganhadores de grupo de nossa história.
Be Happy visitou a Street Cry, Pivotal, Hard Spun e Bernardini, este em duas oportunidades. Todos reprodutores que concebo pertencer aos de primeira linha. Logo, chances pelo menos ela teve. E porque não, seus irmãos?