Outras testemunhas oculares da história, possivelmente mais criveis do que eu, deixam igualmente claro, a suma pobreza que é se tentar comparar cavalos de corrida que nunca se enfrentaram.
Outro dia, em nossa live, foi a vez do Lineu expressar sua opinião. Ele igualmente se recusa a fazer estas comparações, embora não se negue a opinar quais foram os cavalos criados por sua família, que mais lhe agradaram ver correr.
Ver correr é bastante diferente de tomar conhecimento tempos depois e assistir um video, já sabedor do resultado. A cada corrida de Frankel, Zarkava e Zenyatta, sentia um frio quando da disputa. E o alivio depois de cruzado o disco, somente eclipsado uma vez só, com a derrota de Zenyatta.
Hoje no Brasil, não tenho um nome na ponta da língua, a não ser Ethereum entre as três anos e Obataye entre os mais velhos. Aliás estamos as vésperas de mais uma disputa daquela que tem que ser considerada a prova mais importante de Cidade Jardim, e pelo que Obataye demonstrou em sua última saída, vão ter que derramar lágrimas de crocodilo, para abate-lo.
Descendente direto de La Troienne, criado pelo Eraldo Palmerini e de propriedade do haras Rio Iguassu, - dois de nossos patrocinadores -Obataye, é ganhador de seis de seus dez compromissos, sendo vencedor do GP. Brasil, do Paraná, segundo no São Paulo e terceiro no Ipiranga e Derby Paulista, e a meu ver não tem o devido reconhecimento que deveria ter. Quantos cavalos apresentam uma campanha enxuta como esta?
Uma pergunta retórica: se amanhã é direcionado para o breeding-shed, não deveria ser explorado ? Recebi uma informação, ainda a ser confirmada, Oceno Azul, parece que foi colocado para escanteio, por problemas físicos, deixando apenas uma geração na barriga, a nascer este ano. Imaginem um neto paterno de Storm Cat exilado no brejo do inferno criacional brasileiro.
Chances são pedidas e o garanhão nacional é quem sempre paga o pato.