Dias atrás, me senti no direito de responder a uma evidente descrente navegante tinha perante as chances do elemento nacional, em carreiras de alta complexidade, no hemisfério norte. Pasmem, perdi uma ótima oportunidade de me manter calado, pois embora tenha conseguido convence-lo, logo a seguir veio outro, o Arthur, que voltou a vociferar que os casos por mim levantados de Siphon, Einstein, Hard a Buck, Gloria de Campeão e Sea Girl, foram golpes de pura sorte e que dificilmente voltarão a acontecer.
Pois bem, como selecionei os quatro últimos citados e participei ativamente do projeto de três deles, sinto informar ao Arthur, que não devo ser tão sortudo assim, pois, há mais de 20 anos jogo três vezes por semana no Powerball, e até aqui não ganhei uma mísero centavo !
Se bem que dona Adelina, sempre dizia que "sorte premeia a quem faz por onde". O que por si, só me faz uma pessoa combativa e que se cerca das pessoas certas. Volto a afirmar a ele e a quem possa interessar. Acredito no que meus olhos veem e escuto o que meu cérebro captou todos estes anos das pesquisas. Simples assim. Erro mais do que acerto, como a Coolmore, a Juddmonte, a Godolphin, Aga Khan e até Tesio e Lord Derby. Mas com as chances que me são oferecidas, as vezes chego lá, até em horizontes antes vistos como impossíveis de serem navegados por cavalos brasileiros.
Acho que estamos perdendo muito de nossa sensibilidade com leilões vituais. Cavalos de corrida não são bitcoins. Sou da velha guarda, que defende o uso do catalogo e o dever de inspecionar pessoalmente o produto antes dele ser definitivamente vendido pelo mercado. Há um época que o cavalo formado como atleta precisa apenas se manter em seu crescimento normal, como uma fotografia ampliada. Se nada de anormal acontecer neste período final, ele será o mesmo que o cativou anteriormente. Cabe ao selecionador saber a data de inspeção. Não acredito em melhoras substanciais, num período que os mesmos passam a ser maquiados e tratados como bibelôs.
Cavalo é um atleta e atletas não são formados em varandas. Ademais concordo plenamente com o modo de ver a vida, exposto pelo pensador peregrino do inicio desta nota. E assim meu caro Arthur, antes quem me esqueça, sugiro que vá catar seus coquinhos no quintal de outrem...