Vivenciamos um fim de semana impar, como o passado em se tratando de turfe mundial. Fato este que o Junior em sua coluna na terça-feira, deixou claro com as fotos dos grandes ganhadores de graduação máxima e o triste partir de um reprodutor bem acima da média e um dos cavalos mais perfeitos que tive a oportunidade de examinar.
Mas isto é a vida, alegrias e tristezas, com a vantagem de sempre haver - na maioria dos casos - um amanhã.
Não tive a oportunidade de comparecer ao Latino deste ano - prova que assisti quando de sua inauguração no Uruguai. Mas o Gil e o Marcel, representando o Ninho do Albatroz estiveram presentes ciceroneado pelo colaborador da página, o Junior.
Todos os três, sem exceção foram unanimes de afirmar, que em que pese a chuva, foi uma festa magnifica. Ao que um cético navegante retrucou em minha caixa postal, que festa em enterro é perversidade total. para este senhor, que considera o turfe brasileiro em total decréscimo ao gosto popular é total perda de tempo. O que em parte concordo não estar ele errado. Mas porque não festejar nos poucos momentos que podemos nos esquecer de nossas penarias ?
O que a atual gerência do hipódromo da Gávea está tentando, é atrair um publico novo, criando a chance de pelo menos uma pequena parcela, voltar num dia normal e se tornar turfísta. Qual ao mal que há nisto se é num festa que suas chances se tornam maiores de consegui-lo, que num enterro?
No mesmo dia mais de 40,000 pessoas entoavam Sweet Caroline em Royal Randwick, comemorando o The Everest. A prova de maior dotação mundial em pista de grama e em Ascot os britânicos tentaram decidir quem seriam os campeões da atual temporada no Champion Day ? Não vou perder meu tempo em tentar justificar a validade da tentativa carioca, no momento que defendo sempre com unhas e dentes, que o sucesso de qualquer empreitada está em sua eterna tentativa em melhorar. E isto, a gerência do hipódromo da Gávea está tentando, bem como do Tarumã também, vencendo importantes provas não apenas em Cidade Jardim, com igualmente na Gávea.
É uma benesse ter a presença de um profissional tão bem aquilatado no mundo das corridas de cavalo como o João Moreira. Como também me parece importante a consagração de turistas paranaenses, como o Eraldo Palmerini e a família Pelanda, agora finalmente, no âmbito continental. Tudo isto soma. Tudo isto agrega. Tudo isto é esperança.
Tenho 75 anos agora completos, logo não preciso mais me descalçar na fila de passagem pelo raio X no embarque do aeroporto e posso valer de minha experiência de que sonhos podem se tornar realidade, se sonhados pelas pessoas certas. Pessoas estas que hoje dirigem os destinos do hipódromo carioca. parabéns ao Raul e sua equipe. Era o que eu tinha a dizer.