Posso estar tremendamente equivocado, mas em meu conceito há uma grande diferença entre defender uma tese e curtir um devaneio. A tese, por pior que possa ser, tem um toque de realidade, que a faz ter seus pés grudados ao chão. Já o devaneio, em sua maioria, não passa de um doce sonho alado, de verão no Caribe sem grana.
No primeiro caso, o da tese ruim, pode-se enquadrar alguém que ache que a verdadeira vitima é o traficante sendo então o bandido, aquele que a compra e a usa. No segundo caso, talvez apenas achar que haverá uma forma de empacotar ventos, ou dobrar metas, que nunca foram estabelecidas. Para o primeiro credito maledicência. Para o segundo uma burrice invulgar.
Outrossim, existem teses sérias que tentam identificar certas nuances e estas em se tratando de cavalos de corrida, deverão estar miradas não no sucesso indiscutível, absoluto - porque na realidade ele de forma garantida é impossível de se alcançado - mas sim na possibilidade do aumento de alcança-lo com certa constância.
E são nestas que "desperdiço" meu tempo, tentando provar algo que numericamente se impõe, com os resultados das linhas tronco, das tribos, dos imbreeds, linebreeds, das afinidades e também das estruturas genéticas. Qual delas funciona melhor ? Impossível precisar, já que em muitos casos, são duas ou mesmos mais detectadas em um pedigree.
Defendo com argumentos a força de um punhado de linhas tronco que neste século tem se destacado por virem a produzir o maior número de individuais ganhadores de grupo numa determinada temporada. Como o faço também em relação aos imbreeds - de machos sub fêmeas - e de alguns linebreeds de certos chefes de raça, que saltam vista. Tipo Hyperion, Teddy, Nearco e Nasrullah e que um dia foram de total domínio de St. Simon.
Imaginar que duplicações de Urban Sea e em sua mãe Allegreta possam se tornar moda, foi algo que propus anos atrás, e hoje passou a ser uma realidade, desfrutada por muitos. Imaginar que Northern Dancer será em poucos anos um novo St. Simon, não é um sofisma muito menos um devaneio, ainda mais que o mesmo é feito da junção de Nearco e Hyperion em posições chaves.
Tudo leva a crer que Wootton Bassett, Siyoni, Into Mischief, Tapir e Agnes Gold, não são produtos do acaso. Certo que foram originários de devaneios, porém devaneios, de gente que não notou as realidades que cercavam cada um deles? Não passa a ser uma questão de querer justificar e sim detectar.