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sábado, 25 de outubro de 2025

SAUDADE DO RIO


Zé Mané, é aquele que acha que o Rio de Janeiro, não merece ser saudado diariamente por quem nele viveu nas décadas de 60 e 70. O Rio mudou e mudou muito. Deixou de ser Distrito Federal e de uns tempos para cá, até aceitou que o cara de Niterói - como você - tivesse uma segunda alegria na vida, além de abrir sua janelas e ver lá no fundo, a Cidade Maravilhosa, cheia de encantos mil. Passou a ser até 
reconhecido como carioca. Por exemplo.

Sou do tempo que o governo para controlar o varejo, lançou o seu talão vale um milhão ainda na época em que a moeda se chamava cruzeiro. Que na televisão ninguém perdia o programa do J. Silvestre o céu é o limite e no radio as transmissões futebolísticas com a narração do Waldyr Amaral e os comentários do João Saldanha e Mario Vianna, exatamente com dois nns, de um campeonato carioca que era disputado, não são por Flamengo, Fluminense, Botafogo, Vasco, América e Bangu, como também por Bonsucesso, Olaria, Madureira, São Cristovão, Canto do Rio e a Portuguesa de Desportos. Da ilha do Governador, a Niterói, passando pelo alçapão da rua Bariri, todos os estádios frequentei.

Sou igualmente do tempo que o Principe vestia o homem de amanhã, que duralex cedilex no cabelo só Gumex e que os drops Dulcora vinham embrulhadinhos um a um. Que existiam as grandes revistas repletas de fotografia, como o Cruzeiro, a Manchete e a Cigarra. Que o Jornal dos Sports era rosa. O Pasquin, sarcástico. Que no Jornal do Brasil e no Globo, o turfe tinha direito de mais de uma página. Não sou dos tempo do Corso, porém ainda do tempo que no carnaval além do uso de confete, serpentinas e lança perfume, havia na avenida o desfile de Ranchos, as grandes sociedades, Frevo, além das escolas de samba, campeonato este último, ganho invariavelmente por uma daquelas vistas como as quatro grandes: Portela, Mangueira, Salgueiro e Império Serrano. Da avenida para o Sambódromo e ai então apareceu o Beija Flor, a Grande Rio, e o crescimento descomunal da Imperatriz Leopoldinense da Unidos da Tijuca e de outras. E que para os mais entrosados haviam o bailes da noite do Hawai do Yatch Club, do hotel Copacabana Palace, do Teatro Municipal e do clube Monte Líbano onde a simples passagem pelo banheiros, lhe faziam sensações, até então, nunca vivenciadas...

Sou também do tempo anterior ao surf, onde as ondas do Arpoador eram desbravadas no jacaré em pranchas de madeira, que a grande  febre, na orla marítima, era o frescobol levado a efeito na beira do mar, obstruindo a passagem dos que queriam mergulhar no mar e que a tarde terminava, invariavelmente, no Velloso, com direito ver o Vinicius e o Tom, ainda a caminho da embriaguez. E que as noites de sábad, não terminavam no Zum Zum Zum, no Jirau, no Regine´s, no Privé ou no Le Bateaux e sim depois no Vip´s da Avenida Nyemaeyr e o fechamento de ouro pela manhã - dependendo da qualidade da companhia -  no cachorro quente do Geneal ou no sandwich de peru com abacaxi, vocês sabem onde... E tudo isto com direito a comentários, no dia seguinte em um almoço tarde e prolongado, no Antonio´s do Leblon evidentemente se não houvesse Flamengo no Maracanã e Adauto Santos e Bequinho, no hipódromo da Gávea...

Logo me sinto no direito de acreditar que de Rio de Janeiro, entendo eu. Mesmo só vindo a conhecer o Pão de Açúcar e o Cristo Redentor com mais de 40 anos, levando um treinador norte-americano. Sou do tempo que não havia Metro nem Uber, o Orelhão era a única forma de comunicação fora de sua casa e ainda se mandavam cartas.  

E vou, meu caro Leandro, pelo resto de minha existência gastar espaço - como você desairosamente se referiu - a meu Saudade do Rio, pois sou eternamente grato nele ter vivido.