Confesso que sinto mais ódio vindo dos anti-rubronegos, do que dos adversários de um Bal a Bali. Incrível, pois, o turfe como também o futebol, é uma atividade gerida por altas emoções, mas como neste último inevitavelmente se perde mais do que se ganha, cria-se no turfísta, um respeito ao invés de ódio.
Você automaticamente respeita e a admirar um Frankel ou mesmo um Flightline, que o passa na cara, as vezes de forma até vexatória, em mais de uma oportunidade, e por sua vez, não perdoa, o Flamengo que vive um período de ampla superioridade e tem levado de roldão, praticamente tudo..
Sou do tempo em que os rubro-negros temiam e consequentemente odiavam o Botafogo. Manga e Garrincha serviam como verdadeiros fantasmas. Anos depois foi Zico, que inspirou nos alvi-negros este mesmo compulsivo e doentio ódio. Ao passo, que ninguém é incapaz de sentir admiração por um Ribot, ou por uma Black Caviar. Parem para pensar: há ódio mais ridículo do que atleticanos de Minas Gerais sentem pelos rubro-negros cariocas ?
No turfe há uma tendência de valorizar mais, aquele que impera. Evidente que se ter um Easy Goer ou um Alydar, automaticamente um Sunday Silence e um Affirmed passam a não ser tão dignos de aplausos, por estas duas conexões adversárias. O Flamengo jogou na atual temporada e venceu o Palmeiras em todas três oportunidades dos dois mais importantes torneios levados a efeito no Braail. O que fazer ? Creio que o normal seria se admitir a superioridade momentânea de uma das agremiações. Mas ao contrário a grande maioria apela para facínoras. arbitragens e operações conspiratórias.
Talvez seja esta a razão do brasileiro se enganar tanto, naquilo que tem direito de escolha...
