HARAS SANTA RITA DA SERRA - BRASIL

HARAS SANTA RITA DA SERRA - BRASIL
HARAS SANTA RITA DA SERRA - CLIQUE NA FOTO PARA CONHECER NOSSO PROJETO

HARAS REGINA

HARAS REGINA
JOLIE OLIMPICA BRAZILIAN CHAMPION 2YO - HARAS REGINA - CLIQUE NA FOTO PARA CONHECER NOSSO PROJETO

HARAS FIGUEIRA DO LAGO

HARAS FIGUEIRA DO LAGO
NEPAL GAVEA´S CHAMPION 2YO - HARAS FIGUEIRA DO LAGO - São Miguel, São Paulo

HARAS SANTA MARIA DE ARARAS

HARAS SANTA MARIA DE ARARAS
Santa Maria DE ARARAS: TOQUE NA FOTOGRAFIA E VENHA CONHECER O BERÇO DE CAMPEÕES

HARAS ESTRELA NOVA

HARAS ESTRELA NOVA
Venha nos conhecer melhor no Instagram @haras.estrelanova.

HARAS NIJU

HARAS NIJU
toque na foto para conhecer nosso projeto

HARAS FRONTEIRA

HARAS FRONTEIRA
HARAS Fronteira

HARAS ERALDO PALMERINI

HARAS ERALDO PALMERINI
HARAS ERALDO PALMERINI a casa de Lionel the Best (foto de Paula Bezerra Jr), Jet Lag, Estupenda de Mais, Hotaru, etc...

STUD MY DAD HERO

STUD MY DAD HERO
Objetivo Maior - Winner's Circle

HARAS CIFRA

HARAS CIFRA
HARAS CIFRA - HALSTON POR MARILIA LEMOS

HARAS RIO IGUASSU

HARAS RIO IGUASSU
HARAS RIO IGUASSU A PROCURA DA VELOCIDADE CLÁSSICA - Foto de Karol Loureiro

HARAS OLD FRIENDS

HARAS OLD FRIENDS
HARAS OLD FRIENDS, vendendo diretamente toda a sua geração

HARAS SÃO PEDRO DO ALTO

HARAS SÃO PEDRO DO ALTO
HARAS SÃO PEDRO DO ALTO - Qualidade ao invés de Quantidade

HARAS PARAISO DA LAGOA

HARAS PARAISO DA LAGOA
HARAS PARAÍSO DA LAGOA, UMA ESTRELA A MAIS NO UNIVERSO

STUD YELLOW RIVER

STUD YELLOW RIVER
STUD YELLOW RIVER - Criando para correr

JOCKEY CLUB BRASILEIRO

JOCKEY CLUB BRASILEIRO
JOCKEY CLUB BRASILEIRO

sábado, 21 de fevereiro de 2009

ENTREVISTA COM EDGARD PRADO - IV

Haveriam muitos mais assuntos para discutirmos, mas Prado é um profissional ocupado e Gulfstream é um meeting que muito existe do profissional.


RG – Lembro-me de ter lido logo após a derrota de Smartly Jones, você afirmar e ser publicado que era pago para ganhar e que sentia muito pela derrota de um herói. Mas sua responsabilidade estava com aqueles que lhe haviam dado a montaria. Foi corajoso, pois, existe aqui nos Estados Unidos uma tendência a se tentar culpar aqueles que estragam o sonho. A mídia e o público necessitam deste herói. Mas vamos a outras situações. Sarava foi na verdade o maior azarão a ganhar um Belmont stakes, mas me lembro de um outro upset que você quase conseguiu produzir e ficou a apenas centímetros. Take Charge Lady contra Azeri.

EP – Quase o conseguimos, mas Azeri era uma égua soberba.

RG - E já que estamos falando nisto, quem foram os cavalos que você considera os melhores que montou?

EP – Barbaro seria o número um. Lemon Drop Kid era um excelente cavalo. Sant Liam também. Mas houveram muitos outros, entre machos e fêmeas, cavalos de distintas aptidões, mas que dentro de suas características tem o meu respeito.

RG – Você acaba falar em respeito e parece gozar do mesmo em relação a seus colegas de profissão. Creio que voc~e os represente junto as comissões de corrida, não?

EG – Na verdade eu e o John Velásquez que é o presidente de nossa associação lutamos por nossa classe. Ouvimos os colegas e levamos a quem quer que seja suas sugestões e reclamações.

RG – E você o faz nacionalmente.

EP – Nacionalmente.

RG – Mas seu trabalho fora da pista não se resume a isto, pelo que sei.

EP – Ajudo a Anne House em Belmont Park. Uma instituição beneficente que dá conforto aos filhos dos funcionários do hipódromo que não tenham condições de usar uma creche enquanto estão no trabalho. Por intermédio de venda de livros e outros artifícios contribuímos para que eles possam estar no trabalho, mas não longe de seus filhos que estão seguros e bem tratados.

RG – Voltemos aos cavalos. Me diga algo sobre Repent.

EP - Era um cavalo espetacular. Deu muito azar de estar na mesma geração de Medaglia d’Oro que lhe roubou o Travers e de ter pego War Emblem, quando este estava no auge de sua forma no Illinois Derby.

RG – Um jóquei de sua qualidade, está hoje na lista de qualquer grande treinador. O que você pode falar de alguns, que o façam pensar terem algo diferente dos demais?

EP – Tenho o privilégio de servir grandes treinadores. Sou amigo a muitos anos de Richard Dutrow. Acabei de ganhar uma carreira para ele. Bob Frankel, Shug MaGaughey, enfim são gente que está a muito tempo no esporte e a entendem. Eles compreendem os altos e baixos desta atividade. Eles não fazem muitas perguntas nem - como disse antes - não dão muitas instruções. Eles sabem que sou profissional e que farei de tudo para ganhar a carreira.

RG – Você ganhou um Kentucky derby, dois Belmont stakes, três Breeders Cup, foi leading rider em três oportunidades, teve seu Eclipse award e já praticamente pertence ao Hall of Fame. O que mais o profissional Edgard Prado quer alcançar?

EP – Espero ganhar algumas destas carreiras novamente, se for possível. Mas o que queria mesmo era ganhar o Preakness. Primeiro por ser o lugar que mais ganhei carreiras. Segundo por lá ter acontecido o que aconteceu com Bárbaro. Gostaria de trazer a alegria que eu e Barbaro não conseguimos trazer naquela oportunidade. É uma coisa que gostaria de fazer antes de me aposentar.

RG – E fora dos Estados Unidos, qual seria o seu gol?

EP – Definitivamente a Dubai Cup. Ganhei duas carreiras por lá ano passado, mas gostaria muito mesmo de ganhar a Dubai Cup.


RG – Você em 1997, 1998 e 1999 foi o jóquei que mais ganhou carreiras neste país, sendo que inclusive em 1997, passou a barreira das 500 vitórias, coisa que apenas quatro outro jóquei o conseguiram fazer em uma única temporada. Quando, vai repetir esta trifecta?

Prado deu outra gargalhada.

EP – Não vai ser fácil. Eu era mais novo e estava sediado em Maryland, onde conseguia muitas vitórias. Montave sete dias a semana em todas as carreiras. Isto fazia muita diferença. Mas antes gostaria de voltar a sua pergunta anterior. Além da Dubai Cup, com certeza também eu gostaria de ganhar a Japan Cup, o Derby de meu pais e uma corrida internacional, fosse na Argentina, no Chile ou no Brasil, representando o pais onde nasci e de preferência um grupo que tenha me ajudado no inicio de minha carreira.

RG – Prado, você me parece vinho. Quanto mais envelhece, melhor se apresenta. Você falou de Maryland. Hoje você está agora no circuito maior. Esta é então a dificuldade?

EP – Você entendeu a questão. Imagine que você inicia em Gulfstream onde a competência é forte. Sai daqui e vai para Keeneland, um dos mais competitivos meetings do país. De Keeneland, Churchill Downs com o Kentucky Derby, ai chega a Belmont para o Spring meeting. Vêm o verão e entramos em Saratoga, voltamos para Keeneland no outono, de Keeneland para Belmont e a coisa apenas esmorece em Novembro e Dezembro. Um ano de disputas diárias. Cada dia novos jóqueis entram no circuito. Os melhores de seus respectivos paises. A coisa modificou muito de lá para cá.

RG - Você vê muita diferença nas corridas dos anos 90 para agora?

EP – Mais segurança basicamente. O jóquei que aqui chega sabe que o mais importante neste esporte passou a ser segurança. Estamos lutando por isto.

Renato Gameiro - Janeiro de 2009 - Gulfstream Park

Foram certamente boas horas de conversações que tive com Prado. E espero que vocês tenham gostado da mesma.