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segunda-feira, 20 de julho de 2009

UMA BRILHANTE TROCA DE IDÉIAS


Foto de Cristina Carvalho, quando do lançamento do livro de minha autoria sobre Lorde Derby em Cidade Jardim. Nela presentes Tete e Adolpho.

A idéia deste blog sempre foi a de se transformar num depositário de observações técnicas e uma tribuna de assuntos e discuções sobre teorias de criação e treinamento. Assuntos que realmente interessem a aqueles que acreditem que o mercado de cavalos de corridas e sua base, a criação destes maravilhosos animais, não é uma mesa de roleta, onde a bolinha palpitando determina quem será o vencedor daquela rodada.

Este sempre foi o espirito deste blog, que nasceu do suporte financeiro dos Haras Tango e Santa Rita da Serra e dos Studs H&R e Magic Island e ampliado graças ao apoio recente do Haras Regina e Figueira do Lago, que aquilataram a importãncia desta informação. O apoio deste patrocinadores é fundamental para a manutenção da qualidade de informação que queremos manter e se possivel ampliar com a entrada de outros patrocinadores. Por isto hoje pela manhã já tinhamos mais de 400 acessos de gente que está interessada em saber o que está acontecendo pelo mundo.

Abaixo, apresento um comentário-resposta de Adolpho Smith de Vasconcellos Crippa, a um inteligente e-mail lavrado pelo Marcelo Augusto hoje pela manhã. Adolpho criou e correu pitu e por isto talvez seja a pessoa mais abalisada para tecer comentários suplementares aos feitos pelo Marcelo, que captou muito bem o que este grande velocista, que chegou a ter torcida própria, vem demonstrando reprodutivamente.

O final do comentário-resposta do Adolpho é uma afirmativa de suma importância. O ressaltei na cor amarela, para que as pessoas reflitam e imaginem, o que seria um mercado sem velocidade. Para quem não aprecia a corrida de camelos é muito importante se atentar para o fato que estamos nos afastando da velocidade. Principalmente o centro criatório de São Paulo, com esta fleuma de buscar o ganhador do Arco. Lembro que o ganhador do Derby de Epson, não é mais o padrão do reprodutor do tempo de Federico Tesio. O Prix de l'Arc du triomphe (a corrida que ainda mais me excita) nem sempre é disputada em pista normal. Hoje o cavalo que ganha a milha e meia na Europa tem que ganhar os dois Derbies (Irish e English) e o King George VI & Queen Elizabeth stakes, para ter uma fração do valor do champion miler da temporada. isto não é uma opinião. Isto é um fato.

Com a palavra o Adolpho.

Caro Marcelo,

Acho que sou eu quem deve colocar pra você a resposta à sua indagação a respeito do Pitu da Guanabara.
Primeiramente, vale frisar que o Pitu foi um sprinter mais pelo seu temperamento do que qualquer outra coisa. Ele ganhou a seletiva e final da Copa ANPC de potros e voltou cerca de 90 dias depois no Antenor de Lara Campos - Criterium na época (1.500m - G2), ponteando até os últimos metros e perdendo uma corrida incrível pro Dunhill, a dupla deu fácil. Na sequência ele ganhou por abandono a seletiva da Taça de Prata e na final chegou colocado em um páreo onde um animal que fazia o papel de faixa dentro de uma trinca de Stud Raça o incomodou por todo o percurso.

Foi então que percebemos que precisaríamos corrê-lo mais tranquilo para chegar a distâncias mais longas. Corremos o Ipiranga com um jóquei mais experiente (Evandro Pacheco) e mais atrás. O resultado foi a pior corrida de sua vida, o que nos fez realizar que não adiantava levá-lo à distância, já que estaríamos sempre expostos, tendo que correr o cavalo na ponta a todo custo.


Resumindo, o Pitu não era bem um velocista, inclusive seu biotipo era de um animal de fundo. Muito grande, pernalta, com a musculatura pouco definida e os posteriores até certo ponto discretos, em relação a seu tamanho.
Na reprodução, ele cobriu éguas somente de São Paulo, onde impera a estamina e isso fez com que seus produtos fossem a distâncias mais longas.

Para que o Pitu produzisse a uma velocista ele precisaria de éguas velozes e isso quase não foi ofertado a ele.
Em sua produção, pelo que posso dizer, existem 3 ganhadores clássicos: Onda da Guanabara (1.500m), Jaguanum (2.200m/2.400m) e Lira da Guanabara (1.600m). A Onda e a Lira são de nossa criação, note que não chegamos a criar nem 10 animais filhos do Pitu, somente cerca de pouco mais da metade desse número, já que o vendemos cedo. Ou seja, nosso índice de ganhadores clássicos com ele é ótimo, mas nenhum velocista.

O próprio pedigree do Pitu não é um pedigree com tanta velocidade: Dosage Index (DI) 2,69 e Center of Distribution (CD) 0,71. Lembre-se da postagem de dias atrás sobre o Smart Strike. Para dar um exemplo extremo de um pedigree de velocidade somente, vou usar o Mig, que acabou de produzir um ganhador de grupo em sua primeira geração e era um cavalo que 1.000 metros já parecia muito pra ele. Lembre-se que quanto mais alto o DI e o CD, mais velocidade e menos stamina no pedigree do cavalo. Mig: DI 5,67 e CD 1,20.

Serve todo o exposto para explicar que o Pitu não era bem um velocista propriamente dito e sim um cavalo muito veloz. Ainda, um velocista pode vir a produzir um fundista, necessitando somente que a estamina seja provida pela mãe do produto. Já quanto a um fundista, é bastante raro ver algum que tenha produzido um bom cavalo de velocidade.


Abraço,
Adolpho Simth de Vasconcellos Crippa