Um leitor do Paraná, me perguntou da validade de utilização de um determinado reprodutor recentemente incorporado a criação de seu Estado. Omito o seu e-mail, para preservar a imagem comercial do citado reprodutor,cujo nome igualmente me dou o direito de não citar. O cavalo não conseguiu ganhar e por ser ½ irmão de um consagrado semental, foi trazido para reprodução no hemisfério norte, onde não conseguiu luzir reprodutivamente, mesmo estando em uma fazenda de ponta. Ele me perguntou e assim o respondi:
Meu caro A...., na realidade não vejo nexo algum em sair com a irmã da Catherina Zeta Jones. A não ser que ela seja linda qual a irmã ou que o interessado nesta questão esteja realmente cumprindo uma penitencia, por pecados cometidos. Imaginem um jantar de Thanks Given, ver o Michael Douglas sorridente enquanto você tem a seu lado a irmã da Zeta Jones e não ela. O mesmo aplica-se a esta história já decadente, de se trazer o irmão daquele que foi bom. Espero que me tenha feito entendido.
Agora apresento exemplos de como esta medida é errônea. Vocês se lembram do Millenium? Pois é, ele se saiu relativamente bem em termos reprodutivos no Brasil, sendo responsável por nada menos que 15 ganhadores de grupo, entre os quais, nomes importantes como os de Creta, Dobrão, Earp, Escapadela, Hilvan, Kew Gardens e Pallazzi. Ai vem a pergunta: o que produziu seu irmão, o tal do Golden Swan? ZERO! E que tal se lembrar de um dos que melhores reprodutores importados que passaram pela cena reprodutiva brasileira, o Henri lê Balafré? Foram ao todo 22 ganhadores de grupo e nomes de realce como Az de Pique, Espanhola Rica, Fantastic Dancer, Henry Junior, Ken Graf, La Greve, Man Ray, Outra Arumba, Pour Henri, Quintus Ferrus, Thignon Lafré e tantos outros. Ai vem outra pergunta: e o que fez seu irmão, um tal de Un Etendard, esmo em serviço em um dos mais importantes estabelecimentos de cria no Brasil, para aquela época? Prefiro não entrar em maiores detalhes... E o que vocês diriam de uma comparação do resultado produtivo de Ghadeer e seu irmão Arizelos? Recuso-me a demonstrá-lo, por escrúpulos profissionais. Logo, mesmo no Brasil, o irmão do... não funcionou.
Pois é, o Chile, por muitos anos caiu neste erro, que é letal, muitas vezes fatal e que certamente deixa marcas indeléveis por anos, em sua criação. Já diria minha vó Adelina que ovelha negra, é ovelha negra, não por obra do acaso. Mas por decisão de divina! Segunda esta nobre senhora, ele - a ovelha negra - graduou-se na qualidade de não servir para absolutamente nada! Os chilenos aprenderam a lição , mas parece que nós, ainda não. Nosso vizinhos hoje partem para o individuo, não o irmão ruim do mesmo. No Brasil, por incrível que pareça a coisa ainda cola.
Está certo que esta é a maneira mais fácil de se convencer alguém, que não tem tempo de pesquisar ou que acredita que o raio possa cair no mesmo lugar, mais de uma vez. O raio até que pode cair, mas não creio que seja muito usual.
Penso que cada um tem o direito de trazer o que quiser e fazer de seu investimento o que bem entender. Se quer queimar seu dinheiro que o faça. É um direito seu. Espero que esteja errado, pois, o que mais o Brasil precisa, e principalmente o centro criatório do Paraná, são de cavalos que melhorem nosso rebanho e levantem nossa criação. Outrossim, também me concedo o direito de achar que o irmão do, é ainda pior que o filho de.