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quinta-feira, 27 de setembro de 2012

PEQUENO PAPO DE BOTEQUIM: DIZE-ME COM QUEM ANDAS E EU TE DIREI QUE ÉS


Creio eu que esta tenha sido uma das frases que mais ouvi de minha vó Adelina, que ainda completava-a, lembrando que nome a gente tinha apenas um, e preservá-lo era mais do que importante. Era crucial em sua maneira de ver, ter cuidado com quem se andava. Logo, para a nobre senhora, as companhias, com quem você socializava, eram um reflexo do que você era.

Pois bem, no turfe sempre escrevi que tão ou mais importante que a carreira que você ganha, é de quem ganha e como ganha. E creio que uma das carreiras mais importantes do calendário norte-americano ainda seja a Jockey Club Gold Cup (Gr.1), disputada no hipódromo de Belmont Park. Hoje o preparatório final para a Breeders Cup Classic (Gr.1), num verdadeiro encontro de gerações.

Este ano a Jockey Club Gold Cup (Gr.1) tem 10 participantes, dos quais seis são ganhadores de graduação máxima e dois segundo colocadas em provas desta envergadura. Logo, há de se convir, que possa ser a fina flor do que melhor existe para esta distância, na Costa Este. Outrossim, sendo esta a edição de número 94, arrisco a afirmar que talvez venha a ser uma das mais inexpressivas disputas até aqui realizadas. Eu particularmente, não levaria, até o presente momento, um nome sequer entre os presentes, a meu Haras para ser pastor chefe.

Evidente que isto é uma opinião particular. Mas opinião conta. Você pode concordar ou discordar, mas a opinião tem que ser lida e analisada, antes de ser deixada de lado ou mesmo ignorada. O que não dá para aceitar é o erro, por melhor que seja aquele que o cometeu.


Comentei aqui que em um levantamento feito por uma pessoa que prezo e respeito, foi omitido em sua lista de reprodutores sediados em Bagé e Aceguá, entre outros, aquele reprodutor que produziu o ganhador do Grande Prêmio Brasil de 2011. Logo estamos no reportando sobre algo que aconteceu a pouco mais de 400 dias. Todavia, quando esta lembrança veio a tona e publicada, veio de uma forma que não consegui entender. A começar com o fato de ser escrito que Acteon Man (foto em sequência) tenha vindo importado no ventre.

Clare Garden, sua mãe, uma britânica de criação de Paul Mellon e talvez uma das mais importantes aquisições feitas pelo haras São Quirino, gerou a quatro produtos anteriores no Brasil, inclusive ao ganhador de grupo 2, Uvento, este um filho do pouco recomendável reprodutor Quintus Ferrus. Acteon Man é na verdade, seu quinto produto, gerado e nascido no Brasil. Em seu caso, por um reprodutor trazido para uma temporada de monta aqui, se não me engano no ano de 1997, chamado Be My Chief. Assim sendo, diria que embora Acteon Man, não tenha sequer um nome BRZ em seu pedigree, ele é genuinamente um elemento nacional, nascido no Estado de São Paulo e proveniente de um dos mais conceituados criadores locais.


Tendo sido aclarado este ponto e retificada a desinformação, sigo minha surpresa, ao notar que foi escrito e publicado, que Acteon Man obteve 4 vitórias (Gávea e Cidade Jardim), inclusive um Grande Prêmio para a nova geração de grupo 2. Transcrevo como foi publicado, sem que que um virgula tenha sido mudada ou omitida. Desculpem o detalhe, mas o que se escreve, para a grande maioria dos leitores é uma verdade. E eu diria que no presente caso, não o é. 

para dizer a verdade, não me recordo sequer que Acteon Man tenha corrido aos 2 anos, que dirá ter ganho uma prova de grupo 2 nesta idade, a chamada nova geração. Segundo que embora ele tenha corrido na Gávea, em duas oportunidades, as quatro vitórias obtidas não foram obtidas em Gávea e Cidade Jardim, como foi descrito. Todas foram alcançadas em Cidade Jardim, onde ele era treinado por um dos mais competentes profissionais daquela época e onde ele fez valer sua superioridade dentro daquilo que afirmei como o mais importante, de quem se ganha e como se ganha. 

Cabe-se ressaltar, que segundo seu treinador Antonio Alvani, Acteon Man era um cavalo que sempre fora assolado, por sérios problemas físicos, e que segundo ele, nunca foi apresentado com 100% de sua plenitude atlética. Quando chegou no melhor de seu estado físico ganhou um grupo 2, quase já completando seus cinco anos hípicos.

A milha e meia do Grande Premio Ministro da Agricultura (Gr.2), na versão de 2003, era o que poderia se chamar de um embate de alto nível. Pois nele, tinha a presença Gene de Campeão e Gorylla - este último de co-propriedade, do dono único de Acteon Man.  Gene de Campeão, um então três anos de idade, criação e propriedade do haras Bandeirantes, vinha de ganhar duas provas de graduação máxima. O grande Prêmio Oswaldo Aranha e a seguir o Grande Premio São Paulo, que até que provem ao contrário é a mais importante carreira do cenário paulistano. Gorilla, um cinco anos na época, por sua vez, viria a perder logo a seguir um Grande Prêmio Brasil sem nome - como já havia acontecido no GP. São Paulo, e no final da temporada iria ganhar o Grande Premio Internacional Carlos Pellegrini (Gr.1), que acredito que ainda deva ser considerada como a mais importante carreira do cenário sul-americano. E Acteon Man ganhou, numa demonstração de coragem, que deixou seus responsáveis, com a impressão que ali estava algo superior, que nunca tinha podido provar seu real poderio locomotor, por problemas físicos e merecedor de uma chance reprodutiva.

Eu confesso que não assisti a esta carreira. A vi, anos depois em tape e posso lhes afiançar, que sabedor das condições físicas de Acteon Man, e vendo a forma como ganhou e de quem ganhou, que indubitavelmente ele seria um cavalo merecedor de chances reprodutivas. Como é de domínio publico, Gorylla era um cavalo de aceleração final violenta. Vinha de trás. E quando vinha, era sempre o cavalo que mais corria, independentemente, de ganhar ou não a carreira. Nesta versão do GP. Ministério da Agricultura (Gr.2) ele veio, passou a Acteon Man, mas este último reagiu e ganhou a prova depois de luta realmente empolgante. Seu proprietário adquiriu um pequeno grupo de éguas para testá-lo, e já em sua segunda geração, com apenas 8 produtos nascidos, lhe retribuiu a confiança, com um ganhador do GP. Brasil, outro que o fez de forma brilhante e sobre dois cavalos já desaparecidos, mas que considerava, quando em carreira - e principalmente naquele momento - de primeiro nível: Too Friendly e Jeca.

A primeira qualificada geração de Acteon Man, nascida no brasil, deve ser considerada a que este ano está no pé de suas mães. Éguas para ele selecionadas e em um número que se não condizente, pelo menos superior, ao que até então ele tivera acesso. Assim sendo, diria, que o que verdadeiramente este reprodutor possa gerar, ainda está por vir.

Todavia, voltando aos trilhos, diria que é sempre é bom retificar quando informações não condizem com a verdade, independentemente do grande respeito que você possa ter, por quem as emitiu. Escrever é sempre um desafio, e quem o faz, tem para mim, um valor grande. Você se joga em um buraco escuro, sem saber quem o está lendo e que conclusões está tirando de suas palavras. Todavia, em meu parecer, embora fatos não devam ser omitidos e opiniões tenham que ser sempre respeitadas, acima de tudo, erros quando cometidos - mesmo que involuntariamente - devem ser corrigidos. Eu mesmo já corrigi, muitos dos meus.

Quando não gosto de um reprodutor, tenho até o direito de emitir minha opinião. Tem gente que se vale dela. Tem gente que a ignora. Ambos os leitores estão certos, pois, este é o direito dos mesmos. Como é o direito do analista emiti-la. Não sou jornalista, como aquele que escreveu o texto acima citado não o é. Somos apenas duas pessoas que amam o turfe, o analisamos e que doam parte de seu tempo emitindo opiniões e tentando informar o publico que vive dentro deste mercado. Mas se escrevemos, agimos qual fossemos jornalistas, e para tal, temos que seguir os códigos de ética da profissão. E dentro desta ótica, não devemos omitir informações e muito menos emitir informações que não são corretas, pois, elas podem afetar o parecer de quem lê, e acredita que o que está sendo dito, foi pesquisado, checado, logo trata-se de uma verdade.

No mais, afirmo, sem medo de estar errando, que Acteon Man é brasileiro, ganhou apenas em Cidade Jardim, e seu grupo 2, não foi uma páreo para os da nova geração. Foi vencido entre os de mais idade e sobre dois cavalos que no pleno fulgor de suas respectivas formas, não foram capazes de suplantá-lo. E antes que me esqueça, seu proprietário não o explora comercialmente, logo, não se importa com o que dizem, ou o que não dizem sobre o mesmo. Porém eu sim, pois, quando erros não são corrigidos, falsas imagens são erigidas. E o cavalo destinado a reprodução, primeiramente vive de sua imagem. Depois do que produziu em pista.