Devo dizer que aprendi muito com os maus agentes. Neles mais do que nos bons, se torna evidente o que não devemos fazer. Evitar o erro é o primeiro passo para um possível acerto, já me ensinava George Blackwell, um dos meus primeiros mestres no aprendizado da seleção fisica de um animal. Não que os defeitos que abundam nos maus, não aparecem igualmente nos bons, pois, ninguém está ileso ao erro, principalmente em um mercado onde a avaliação e o sentimento contam muito. A vantagem é que os erros entre os bons, são percentualmente menores e na grande maioria das vezes, são captados e depois de revistos, não mais repetidos.
Tanto em Keeneland quanto em Tattersalls, quando tinha o privilégio de seguir a George, procurava ficar o mais calado possível, mas muito devo a ele, pois, ele me obrigava a emitir opiniões. E quase sempre a sua primeira pergunta era: o que você gosta neste cavalo? As vezes eu, no afã de responde-lo, iniciava pelos defeitos, ao que ele retrucava: ver defeitos em um cavalo não é o problema. A questão é reconhecer as qualidades. E eu fui aprendendo, aos trancos e barrancos.
Para George Blackwell o segredo de qualquer haras era produzir um tipo de cavalo que pudesse ser treinado da mesma forma e que se possível tivesse as mesmas qualidades aptitudinais. Vi que isto era possível, quando no haras Ojo de Agua estagiei. E posteriormente senti, ser este a principal razão do enorme sucesso do haras Rosa do Sul com os seus Tumble Lark. Mas como fazê-lo?
Quando me tornei mais experiente, tomei como base, tentar nunca mais entrar em canoa furada e muito menos dar soco em ponta de faca. Sempre aceitei o risco, mas não o suicídio. Logo, quando entro em um projeto é por acreditar que aqueles componentes daquele projeto possuem fundamentos. E creio que Acteon man, tenha sido um dos projetos que mais exigiu de mim, a começar pelo fato de eu a principio nem conhecer o cavalo. Seu proprietário me falou dele, e juro que nada veio a minha mente. uma lembrança sequer. Até que vendo o video da carreira em que ele derrotou a Gorylla e Gene de Campeão, na milha e meia e descobrindo que seu treinador Antônio Alvani, mais nele confiava do que a Gorylla, descobri que tratava-se de um cavalo que deveria pelo menos tentar estudar.
Na minha primeira visita a ele em bagé, gostei do tipo. Clássico. Outrossim mais ainda dos poucos filhos dele que vi. Entre eles um pequeno guacho, a quem deram o nome de Belo Acteon e eu num rasgo de loucura, afirmei na frente de todos que era o cavalo que levaria seu proprietario ao grande Premio Brasil. E não é que ele não só levou, como ganhou?
Um processo de seleção de éguas que a nosso ver se encaixavam bem com ele foi levado a efeito e compradas nos Estados Unidos, na Inglaterra e no Brasil. A idéia básica é a produção de 15 cavalos ano, como moldados em uma mesma forma. E uma descoberta foi feita após o nascimento desta geração que ora se encontra ao pé. As éguas importadas, de muito maior força genética, ao contrário do que poderia se supor, menos interferiram no modelo que tinhamos em mente. Talvez a duplicação dos pontos de força por nós escolhidos, tenha garantindo a forma que desejavamos.
E assim, agora posso afirmar que em 2012, demos o primeiro passo para que este projeto tivesse o seu início. Foram 16 éguas cobertas, 15 produtos nascidos - abaixo apresentados - e fica a afirmativa. Pelo menos até aqui, fisicamente atingimos a nossos objetivos.
TOP CHARM (Known Heights - Go Baby Go por Baronius)
Para George Blackwell o segredo de qualquer haras era produzir um tipo de cavalo que pudesse ser treinado da mesma forma e que se possível tivesse as mesmas qualidades aptitudinais. Vi que isto era possível, quando no haras Ojo de Agua estagiei. E posteriormente senti, ser este a principal razão do enorme sucesso do haras Rosa do Sul com os seus Tumble Lark. Mas como fazê-lo?
Com pessoas como George Blackwell, Atualpa Soares e observando as compras de Vincent O’Brian, adquiri a noção de haver uma outra realidade na seleção de cavalos de corrida. A necessidade de se enfrentar os riscos. Não ter medo deles. Enfrenta-los. era uma realidade muito mais forte da que acostumara-me, até então. Diferente de meu cotidiano. Foi como aos poucos, uma porta do mundo, se abrisse à minha frente. Não se tratava de uma evasão, mas de um sentimento distinto, com uma intuição terrificante das armadilhas e das incertezas que sempre rondam qualquer seleção. Nunca me senti um suicida consentido, mas passei a não mais ter medo dos altos muros postados à minha frente.
Quando vejo certos profissionais agirem da forma que agem, com milindres e excesso de cuidado para não errarem, fico espantado do vazio que habita em cada um deles em cotejo com a densidade necessária para a seleção de um cavalo de corrida. Selecionar é arriscar, principalmente se o dinheiro é pouco e o sonho é monumental. Muitos erram por por se utilizarem de sistemas arcaicos em termos de metrificação. Mas isto não é meu problema. Já provei a mim mesmo que um cavalo a quem me associasse poderia ser segundo em um King George, ganhar uma Dubai Cup. uma Breeders Cup Mile e produzir ganhadores do Kentucky Derby, Preakness, Japan Derby e diversos tipos de Breeders Cup. É possível. Isto não são opiniões. São fatos. mas tem que se ter coragem e não ter medo do risco.
Quando vejo certos profissionais agirem da forma que agem, com milindres e excesso de cuidado para não errarem, fico espantado do vazio que habita em cada um deles em cotejo com a densidade necessária para a seleção de um cavalo de corrida. Selecionar é arriscar, principalmente se o dinheiro é pouco e o sonho é monumental. Muitos erram por por se utilizarem de sistemas arcaicos em termos de metrificação. Mas isto não é meu problema. Já provei a mim mesmo que um cavalo a quem me associasse poderia ser segundo em um King George, ganhar uma Dubai Cup. uma Breeders Cup Mile e produzir ganhadores do Kentucky Derby, Preakness, Japan Derby e diversos tipos de Breeders Cup. É possível. Isto não são opiniões. São fatos. mas tem que se ter coragem e não ter medo do risco.
Quando me tornei mais experiente, tomei como base, tentar nunca mais entrar em canoa furada e muito menos dar soco em ponta de faca. Sempre aceitei o risco, mas não o suicídio. Logo, quando entro em um projeto é por acreditar que aqueles componentes daquele projeto possuem fundamentos. E creio que Acteon man, tenha sido um dos projetos que mais exigiu de mim, a começar pelo fato de eu a principio nem conhecer o cavalo. Seu proprietário me falou dele, e juro que nada veio a minha mente. uma lembrança sequer. Até que vendo o video da carreira em que ele derrotou a Gorylla e Gene de Campeão, na milha e meia e descobrindo que seu treinador Antônio Alvani, mais nele confiava do que a Gorylla, descobri que tratava-se de um cavalo que deveria pelo menos tentar estudar.
Na minha primeira visita a ele em bagé, gostei do tipo. Clássico. Outrossim mais ainda dos poucos filhos dele que vi. Entre eles um pequeno guacho, a quem deram o nome de Belo Acteon e eu num rasgo de loucura, afirmei na frente de todos que era o cavalo que levaria seu proprietario ao grande Premio Brasil. E não é que ele não só levou, como ganhou?
Um processo de seleção de éguas que a nosso ver se encaixavam bem com ele foi levado a efeito e compradas nos Estados Unidos, na Inglaterra e no Brasil. A idéia básica é a produção de 15 cavalos ano, como moldados em uma mesma forma. E uma descoberta foi feita após o nascimento desta geração que ora se encontra ao pé. As éguas importadas, de muito maior força genética, ao contrário do que poderia se supor, menos interferiram no modelo que tinhamos em mente. Talvez a duplicação dos pontos de força por nós escolhidos, tenha garantindo a forma que desejavamos.
E assim, agora posso afirmar que em 2012, demos o primeiro passo para que este projeto tivesse o seu início. Foram 16 éguas cobertas, 15 produtos nascidos - abaixo apresentados - e fica a afirmativa. Pelo menos até aqui, fisicamente atingimos a nossos objetivos.
Esta é a sua primeira geração de mais de 10 elementos. Fui visitá-la é creio que as imagens deverão responder por nossa afirmativa.
ELIZA'S TIME (Barathea - Meadow Spirit por Chief's Crown)
Linha 12-c
Northern Dancer 5x4x5, Chief's Crown 3x3 e Sir Gaylord 5x5
Lalun 6x6 e Somethingroyal 6x6x6x6
SOUTHERN BLUES (Galileo - Nicole and Krista por Machiavellian)
Linha 8-f
Northern Dancer 5x4
Lalun 6x6 e Natalma 6x5x6
QUEEN (Sadler's Wells e Infamy por Shirley Heights)
Linha 9-e
Northern Dancer 5x3, Shirley Heights 3x3 e Tom Rolfe 5x5
Lalun 5x6
PROUD DANEHILL (Proud Citizen - Hasardeuse por Distant View)
Linha 2-d
Danzig 4x4 e Secretariat 5x5
Somethingroyal 6x6x6 e Natalma 6x6x6x6
BELA CHAPARRAL (High Chaparral - Lunar Lustre por Desert Prince)
Linha 1-n
Northern Dancer 5x4, Shirley Heights 3x4 e Danzig 4x5
Lalun 6x6
Linha 13-a
Shirley Heights 3x3e Tom Rolfe 5x5
GHADEERZINHA (Ghadeer - Chamson por Julia por Irish Fighter)
Linha 1-w
Northern Dancer 5x4 e Sir Gaylord 5x5
Somethingroyal 5x5x5
NICOLITA (Know Heights - Key Viewer por Key to the Mint)
Linha 6-a
Shirley Heights 3x3 e Tom Rolfe 5x5
Key Bridge 5x4
FOREVER MARCIA (Ghadeer - Key to the Edhe por Sharpen Up)
Linha 2-n
Northern Dancer 5x4 e Sir Gaylord 5x5
Key Bridge 5x4 e Somethingroyal 6x6x6
ASKED THE QUEEN (Astor Place - On the Show por Dr. Carter)
Linha 8-g
Northern Dancer 5x4 e Sir Gaylord 5x5
Somethingroyal 6x6x6 e Pocahontas 6x6
RUTLEDGE STORM (Storm Cat - Western Eternity por Gone West)
Linha 16-g
Northern Dancer 5x4x4 e Secretariat 5x4x4
Somethingroyal 6x6x6x6
DANCING CHRIS (Roi Normand - Red Chris por Ghadeer)
Linha 9-c*
Northern Dancer 5x6
AMANKILA (Deputy Minister - Mancha Negra por Private Account)
Linha 16-a
Northern Dancer 5x4
CAMPEA GAUCHA (Ghadeer - Hara Belle por Exile King)
Linha A5
Northern Dancer 5x4 e Sir Gaylord 5x5
Somethingroyal 6x6x6
LA IMPERATA (Crimson Tide - L'Escapade por Aksar)
Linha 1-t
Northern Dancer 5x4 e Shirley Heights 3x5
Lalun 6x6