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sábado, 28 de novembro de 2015

PAPO DE BOTEQUIM: O QUE A VONTADE DE VENCER PODE FAZER NO BREEDING-SHED

Uma vez perguntaram ao grande estudioso John Aiscan, qual era o pior defeito em um cavalo de corrida. Ele, que era - sem dúvida alguma - um mestre em detectar faltas em um cavalo de corrida, respondeu sem pestanejar: sua incapacidade de vencer. Outro dia me perguntaram o que eu mais admirava em um cavalo de corrida e conscientemente respondi: sua vontade de vencer.

Qualquer ser humano de minimo conhecimento de corrida de cavalos não teria duvida em afirmar que Alydar tinha mais classe que Affirmed. Eles se encontraram em pista em 9 oportunidades. Placar final 7x2 em favor de Affirmed. Mais de uma década se passou e outro disputa se tornou famosa aqui nos Estados Unidos, Easy Goer contra Sunday Silence. Defrontaram-se em pista em quatro oportunidades e em todas Easy Goer foi o favorito. Placar final, 3x1 para Sunday Silence.

Seriam Affirmed e Sunday Silence potencialmente superiores a Alydar e seu filho Easy Goer em pista. Não tenho dúvidas que não. Outrossim, lhes sobravam aquela vontade de vencer. Aquela gana que faz o cavalo de corrida naquele momento crucial, dar um pouquinho a mais de sim, o sucifiente para não ser batido por seu inimigo. Um conselho de amigo: Ao divisar um a sua frente, use-o reprodutivamente e garanto a vocês que não irão se arrepender.

E o que mais procuro quando analiso as corridas de um cavalo de corrida, independentemente do sexo, pois, se você superpor esta característica na elaboração de um pedigree futuro, suas chances de ter um verdadeiro gladiador em suas fileiras é brutal.

Ninguém discute que Nijinsky tinha mais classe que Danzig. Mas a vontade que Danzig tinha de correr, era suprema. Quase um paraplégico ele só aguentou quatro carreiras, mas a ganhou todas, sem exceção, exalando esta vontade de vencer.  Destroçou seus adversários. Aliás eu diria que Danzig gostava do que fazia. 

Danzig produziu grandes cavalos, mas foram três de seus filhos que igualmente demonstraram aquela vontade de vencer que estabilizaram a continuídade de sua linha: Danehill, Green Desert e Invincible Spirit. Nenhum deles pode ser colocado na lista dos melhores cavalos produzidos por Danzig. Porém, no breeding-shed, provaram até aqui, respirarem um ar distinto de seus irmãos. E a razão para mim, me parece clara. Tinham a mesma vontade de seu pai, em vencer.

Uma vez conversando com o Alvani perguntei sobre um cavalo chamado Eyjur, que era um neto de Danzig, e o Alvani naquela sua característica própria, que era só sua, me disse ser um cavalo de extrema habilidade, mas que nunca deu tudo de si. Ai eu expliquei para ele que tratava-se de um neto de Danzig, e que a característica que eu procurava em um cavalo para fins reprodutivos, era mais vontade de vencer do que propriamente classe, meu segundo requisito dentro de uma análise atlética. E ele respondeu, este não é Eyjur.

Anos depois, quando Acteon Man caiu milagrosamente de para-quedas em minha existência, liguei para o Alvani e perguntei o que ele achava de Acteon Man, e ele foi claro - embora sua vida já estivesse por demais obscura - que este sim tinha vontade de correr, embora suas deficiências físicas o impedissem de mostrar no mais alto nível aquilo que mais gostava de fazer. Ai eu expliquei a ele a razão de minha pergunta e ele respondeu que Acteon Man tinha mais coragem e tenacidade que Eyjur. Só Al Ars em sua cocheira, demonstrara mais capacidade em pista, sendo igualmente portador de problemas, se bem que menores que os de Acteon Man.

Pois bem, Clarkson e Ogygian, eram reconhecidos como cavalos que tinham vontade de correr e em momento algum, - em suas carreiras, -vieram a ser considerados, topo de suas gerações. Eram bons cavalos, bem acima da média, mas longe de serem os melhores. Não eram de maneira alguma, meros coadjuvantes. Pertenciam ao elenco, mas nunca exercendo o papel principal. Mas a vontade que demonstraram em pista de não querer perder, os fez, serem elementos diferenciados no breeding-shed. Principalmente o elemento brasileiro.

Eu acho que Bal a Bali é este tipo de cavalo. Ele gosta de correr e depois que conheceu a derrota, parece fazer cada dia mais força para não voltar a perder. O que num turfe como o dos Estados Unidos, é coisa dificil de acontecer. Mesmo Native Dancer e Man O'War, conheceram o seus dias negros.

Vamos a um parênteses. Eu achava que não existia nada pior que um matungo em sua vida. Era pior até do que praga de mulher rejeitada. Até eu estudar mais profundamente familias maternas. Pois bem, Bal a Bali, embora descenda de uma família que considero qual uma praga de mulher rejeitada, tem um pedigree estruturalmente de bom comportamento genético. Put it Bac-Clackson-Ogygian-Nijinsky tem que ser visto, na pior das hipóteses, como uma estrutura genética, bem acima da média. Sei que para norte-americanos este conceito não irá funcionar, pois, eles acham Put it Back fracasso e Clackson, ficção científica. Mas nós sabemos que eles não o são. Funcionaram em nossa criação. Adaptaram-se bem ao meio. Fecho aqui meu parênteses.

Na verdade o que mais me empolga no pedigree de Bal a Bali é aquela duplicação que ele trás em Gonfalon, a mãe de Ogygian e avó de Honour and Glory. Ela, sua mãe Grand Splendor e sua avó Cequillo, hoje são duplicações altamente respeitadas em qualquer lugar que se crie seriamente cavalos de corrida, neste planeta. Na verdade, elas estão fazendo uma festa também aqui no Brasil. Reparem a lista que se segue:

Normabelle (Punk) - Cequillo 5x5
Bush Gardens (Put it Back) - Cequillo 5x4
Rising Fever (Put it Back) - Cequillo 6x5
Confederada (Impression) - Cequillo 6x5
Beduino do Brasil (Impression) - Cequillo 6x5
Billy Girl (Put it Back) - Cequillo 6x6
Sweet kentucky (Put it Back) - Grand Splendor 5x5
Brilhantissima - Grand Splendor 5x5
Bal a Bali (Put it Back) - Gonfalon 4x4
Fonte: Projeto Brasil - Black Opal

Não estariam estas duplicações sendo parte do melhor desempenho de Put it Back aqui, que em sua terra natal?

Amigos, duplicações bem urdidas ajudam.  Quem quiser que esperneie! Vejam o caso de Impression.  Um reprodutor com 238 elementos com idade de corrida, dos quais menos de 40% ganharam e que conta com apenas quatro ganhadores de grupo, 1,68%,  não pode vir a ser considerado um reprodutor de bom nível. Mas o que as duplicações estão fazendo por ele, o estão ajudando a pelo menos deixar a sua marca, mesmo que quase invisível, no mercado.

Beduino do Brasil - Cequillo 6x5, Northern Dancer 5x5x5 e
Confederada - Cequillo 6x5 e Raise a Native 5x4
Gloria de Campeão - La Farnesina 5x4 e Good Manners 4x4
Jeton de Luxo - Northern Dancer 5x4
Fonte: Projeto Brasil - Black Opal 

Depois de você olhar a lista acima, ainda assim arriscaria a adquirir a um filho de Impression livre de duplicações em seus pedigrees?

O mesmo eu diria em relação a Put it Back. Os dois que adquiri para a Black Opal nas últimas vendas do Santa Maria de Araras, evidentemente que traziam em seus pedigrees, duplicações, sendo que um deles, que acabou se tornando o produto mais caro desta geração vendido em hasta publica, Eu Quero, é duplicado em Gonfalon na razão 4x4. Qualquer coincidência em relação a Bal a Bali, juro a vocês que não foi mera coincidência...