Portanto, mais uma vez vó Adelina estava certa; o que seria do azul, se todos gostassem do amarelo? O problema é que existe um consenso mundial que o azul é mais fácil de combinar...
Você no turfe tem o direito de achar o que quizer. O fato de você gostar ou desgostar desde ou daquele, é um direito herdado de cada um. Mas fica como opinião própria. Pessoal. Como aquele sapato amarelo que você ama ir a missa todos os domingos. Eu como amarelo só aceito Lamborguini e Ferrari, tenho minhas preferências, mas quando externo uma opinião, publicando no blog, faço questão de discenir o que é opinião por sentimento e opinião sobre uma análise técnica. Se minha análise for correta, diria ser uma opinião abalisada. Se não for, que a tenham como palpite. Mas pelo menos teve um respaldo técnico.
No turfe sempre existiu por exemplo o jóquei das grandes ocasiões. Pancho Irigoyen talvez seja um dos maiores exemplos. Nos grandes clássicos um gênio. Nas provas comuns, um outro jóquei qualquer. Já o Juvenal era gênio em qualquer circunstância. Tinha a apacidade de adap Existe também - e não me perguntem porque - o corredor das grandes ocasiões. Um exemplo que me vem imediatamente a lembrança, é um cavalo chamado Zanutto. Ele era treinado pelo primeiro treinador, a defender a minha farda, o Water Aliano, e ganhou os 3,000 metros do Grande Premio Jockey Club, sobre Xemiur e mais duas provas graduadas. Nas provas que valiam a pena era sempre segundo ou terceiro para grandes cavalos, como a invicta no Brasil, Emerald Hill. No pareo comum não era o mesmo da esfera clássica. Para mim era um cavalo que corria pela turma.
Correr pela turma não é mal quando esta turma vale a pena e quando de vez em quando você vai lá e tira a sua casquinha, Um exemplo disto? Clackson. E embora eu tenha que admitir que aquele cavalo que demonstra ser sempre superior aos outros me cative mais, o mundo parece ser dos que correm pela turma.
Não foi o caso de Zannuto reprodutivamente, mais foi o de Sadler's Wells, Clackson, Tapit, Sunday Silence, Souther Halo e de tantos outros que vi correr. Isto me fez acreditar que a maior qualidade em um cavalo para a reprodução possa não só ser a sua qualidade e sim a vontade de vencer. Aquilo que faz achar as forças quando ela já não mais existem.
Quem me chamou a atenção para este detalhe foi Vincent O'Brien, quando o entrevistei pela segunda vez. Falavamos sobre Southern Halo, que era de sua propriedade e por demonstrar ser do dirt, O'Brin o mandou a ser treinado por Lukas. O velho e saudoso irlandes comentou que problemas fisicos e orgânicos no filho de Halo privaram ele de aquilatar o verdadeiro teor de sua classe de, mas sua vontade de vencer, nunca, esteve em dúvida.
Não há o menor resquicio de dúvida que Easy Goer era melhor cavalo que Sunday Silence, porém, a vontade de vender do segundo era maior que o excesso de classe do primeiro. E no breeding-shed foi o que se viu. Mas no Brasil, escolhe-se cavalos ainda por listas...
AGORA QUANDO SE JUNTA
A VONTADE DE VENCER
COM A CLASSE
VOCE TEM UM GALILEO