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quarta-feira, 25 de maio de 2016
PEQUENO PAPO DE BOTEQUIM: O SUSTO
Sustos fazem parte da vida de cada um. Porém, quando você sofre um, em determinado período de sua vida um real susto, este pode modificar seus hábitos. O faz refletir. Uns param de fumar, outros de beber, existem também que passam a se exercitar e aqueles que controlarão melhor sua base alimentar. Moral, pelo menos uma mudança é requerida. Contudo, penso que o mais importante em uma mudança, é o ato de contrição que você faz consigo mesmo, para consertar o que está errado e assim aproveitar melhor aqueles que passam a ser os dias mais importantes de sua existência. Os dali para frente.
Tive sorte em minha profissão. Cara Rafaela me trouxe quase uma Breeders Cup Juvenile e mais do que tudo um Bernardini, ganhador do Preakness e da Jockey Club Gold Cup. Uma Really Blue, capaz de gerar a um ganhador do Kentucky Derby e do Preakness, ou uma Carols Folly, capaz de gerar, não só a uma ganhadora da Breeders Cup Distaff como também, uma outra ganhadora do Ashland. E o que dizer de Beckys Shirt com um ganhador da Breeders Cup Sprint? E a felicidade de ter escolhido um Much Better, um Einstein, uma Estrela Monarchos, um Glória de Campeão, um Giulia, um Hard Buck e tantos outros, que me levaram a lugares nunca antes imaginados? Ascot, Santa Anita, Dubai, San Isidro, Maronas... Imaginados sim, conseguidos, não sei como...
Mas, desculpem, pois, para dizer a verdade pode parecer que eu sou até um mal agradecido, com tudo que me foi conferido até aqui e dizer que ainda não alcancei meus objetivos. Querer mais pode parecer uma blasfêmia. Mas não é! Sim faltam pelo menos dois. Os dois que criei em minha cabeça como desafios a serem vencidos. O King George ou quem sabe um Arco. Qualquer um dos dois serve. E quem sabe até os dois, com um pouco de sorte. Com dois cavalos diferentes, seria mais gostoso. Mas creio que aí já seria pedir demais.
Em semanas vou tentar o meu Presidente da Republica e algo que me foi tirado ano passado por impericia de um jóckey, o Jockey Club Brasileiro para os mais novos. E penso porque quase tudo o que consegui teve êxito acima da milha e dos dois anos. Certamente porque escolho elementos cujos pedigrees melhor se adaptam aos 2,000 metros e distâncias acima e de melhor funcionamento com o amadurecimento.
A gente não procura estas coisas. A gente é levados a elas. Não por uma questão de hábito e sim por uma questão de treinamento. Eu olho para um tipo de cavalo, mas de vez em quando pinta uma champion 2yo como Baby Victory, ou uma rainha das pencas, como a Preta do Mangueirão (Cats Night). São os chamados acidentes de percurso. Acidentes estes sempre bem vindos. Mas no geral são os cavalos de 2,000 a 2,400m que fizeram a alegria de meus clientes.
Outrossim, chego a mais estas vendas de Junho, com minha pequena lista, derivada de duas visitas a mais de 800 lotes. Vou para as ultimas inspeções, quando então faço uma espécie de escala qualitativa. E chego a duas ou três opções. Conseguir estar com elas entre os melhores, não é tarefa fácil. São 3,000 cavalos e existem os que você não viu, os que viu e não gostou e os reservados onde não há acesso. Logo, quando a sorte lhe bafeja um Drollig, um English Major, uma Giulia e uma Estrela Monarchos, em anos consecutivos, que podem lhe trazer as duas carreiras ainda faltantes em seu curriculo, não há muito o que reclamar.
Chego a semana do GP. Brasil, com oito cavalos pré-marcados e 150 a examinar e re examinar e chegar as conclusões finais. Em três visitas, muito se modifica na vida de um cavalo neste seu período de desenvolvimento. E preferencialmente você tem que optar por aqueles que subiram a escada sem tropeços. Sem perder degraus, ou estancar em algum ponto.
Não tenho um tipo de cavalo. Ele pode ser grande como Gauthier o é, ou pequena como Intiligência Pura se mostra até aqui, ambas nota 10 em minhas inspeções. O importante é sentir o individuo e ver aquilo que todos olham, mas pouco sõa capazes de sacar: a qualidade.