Como diria o inesquecivel prefeito de Sicupira, Odorico Paraguassu, muita gente não acredita nos "numerentistas juramentados" e talvez eu seja um deles. Digo, sou um "numerentista juramentado", não um incredulo.
Porque digo isto? Porque, acredito nos números, embora não os leve a ferro e fogo, como alguns. Eles trazem a tona de forma matemática algum tipo de informação. Cabe a vocês, capta-las tendo como base uma análise pessoal. Apendi a saber medir os prós ou contras. É parte do negócio. É o que comumente me refiro a separar o joio do trigo. Logo, me sinto a vontade de publicar alguns resultados que penso serem de importancia numerológica, para me manter no nivel alardeado ºelo nobre prefeito. Quem não concordar, que mude o canal.
Um antigo presidente da Republica, uma vez bramiu na televisão, que os números não mentem, mas que muitos destes números são lançados por mentirosos. O que ele quer dizer, é que você pode manipular qualquer tipo de estatística para a direção que quiser. Eu discordo, muitas vezes é possível, mas por exemplo pergunto, como negar a supremacia de um Galileo, de um Dubawi e de um Tapit? Qual a estatística que irá provar que eles não são, o que são.
Elaboro minhas próprias estatísticas baseadas nas provas de grupo. Sei que as provas de grupo da Inglaterra são mais dificeis de serem ganhas, que as da India ou do Uruguay. Junto-as apenas para ter certeza de um plano global. Daquele que inclusive me demonstra, quais os pedigrees que funcionam em centros menores. A esta altura de minha existência, confesso que não tenho pretenções a ter um Galileo, ou a um Dubawi. Acho inclusive que dificilmente eles virão fazer shuttle no Brasil. Mas sei que se o Giants Causeway foi fracasso na Australia, estava na cara que o seria na Argentina. Se Rock of Gibraltar está indo bem no Chile, ele pode ir muito bem no Brasil. Que se Holy Roman Emperor funciona nos centros de igual competitividade que o nosso, por que por aqui deixará de dar? Este são os ensinamentos de uma visão global. Esta é a forma de analisar que você terá que se servir se quiser tiver sucesso no que faz. Na hora de fazer observações mais apropriadas, separo paises na estatística global, e os junto em grupos distintos. Tem funcionado para mim. Espero que funcione para vocês.
Outro dia ouvi de um cliente meu uma observação interessante. Esta nova geração de turfistas acha que o - me dou ao direito de não revelar o nome do cavalo - é craque. É uma geração que não enxerga o que está acontecendo. O cliente está coberto de razão no caso citado, mas este direito de eleger seu craque é de qualquer um. E complementaria, cada um tem o craque que merece.
O problema é que você eleva um cavalo a categoria de craque, na sua maneira de pensar, tendo como base, um parâmetro. Se o seu parâmetro é baixo, pode ser que seu craque, não seja um craque. Apenas um muito bom cavalo. Ou até menos do que isto. A grande vantagem de ser velho é que se você tiver senso de observação, você aprende cedo a separar o joio do trigo. Você vê animais de alto padrão durante uma existência e cria seus próprios parâmetros. E se estiver associado a eles, melhor ainda. Por isto existem treinadores que desde o inicio captam o que vai ser diferenciado e outros tem que esperar que eles o mostrem em pista.
O Guignone e o Mario Campos tem a capacidade de dizer que se um cavalo é craque ou não, pois, seus parâmetros assim o permitem. Outros treinadores mais jovens, ainda não, mas isto não o impedem de serem grandes treinadores e capazes de fazer um craque transparecer da mediocridade. Com o tempo estabelecerão seus parâmetros e só então devem ser ouvidos.
Tem treinador que tem o feeling. Outros, como disse anteriormente, só descobrem o que tem, quando algo acontece na pista. E isto não o faz do último, um treinador inferior. A experiência trará para ele o feeling. E penso que a experiência cria parâmetros e parâmetros se tornam mais acurados com tempo.
Resumindo, os números apenas espelham uma situação. Como analisa-los é que diferencia o sucesso de cada um.
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