Penso eu, ser impossivel de mensurar com exatidão a dor de uma perda. Outrossim, o grau de revolta para com esta perda, creio ser possivel de se calcular, basta se analisar o nível do descontentamento das pessoas inseridas no problema. Vai da resignação a revolta, dependendo evidentemente de cada um, e em que condições esta perda veio a se dar. Perder nunca soou para mim como uma opção. Ela acontece mas deve ser imediatamente combativa.
Recentemente, perderem-se vidas em um desastre aéreo, por causa de um idiota, que na ânsia de economizar no custo da gasolina, num vôo de um avião de sua propriedade que pilotava, com mais de 80 passageiros a bordo, resolveu arriscar no limite de suas possibilidades. Isto sim, causa uma imensa revolta. A gente sabe, quando passa a ter noção das coisas na vida, que a perda da mesma será inevitável, um dia. O que esperamos é que ela seja tardia e possivelmente indolor.
Quando um ser humano arvora-se como piloto sendo o dono da aeronave que pilota, está definitivamente deflagando um conflito de interesses. Em condições normais, em uma plano de voo lógico, de qualquer piloto que preza por sua vida e as de seus passageiros, estaria inserida uma parada para o percurso Santa Cruz de la Sierra-Medellin, com aquele tipo de avião. Pois, para qualquer que seja a aeronave escolhida existe uma estimativa de duração da viagem. Que no linguajar aeronautico é conhecida como autonomia de vôo. E se esta parada não fosse parte do plano de vôo, qualquer um que colocasse sua responsabilidade para com a sua vida e a dos outros, esta teria que ser maior que a de se economizar despesas em prol de sua empresa. Uma opção houve. Porém, uma escala em Bogotá, para reabastecimento, recorreria em custos de pouso e decolagem, além de taxiamento e colocação de combustível. Coisa que qualquer piloto não exitaria em assumir, mas sendo o piloto, o dono do avião, ficou visivelmente claro que sua primeira preocupação era para com sua empresa, nunca para as vidas que transportava.
Na criação de cavalos de corrida, um agente que se preza, deve prezervar seu cliente, evitando que o mesmo cometa enganos, por desconhecimento de causa. Evidentemente que isto o to rna automaticamente um chato de galocha. O cara que fazer algo que lhe apetece e vem aquele chato e diz que é perigoso e não deve funcionar. Por isto existe muita vaquinha de presépio na atividade que milito. Estes tem vidas longas e resultados curtos.
Outro dia, a melhor compra das vendas de liquidação do TNT, provou-se ter sido Devil Cat. O cara comprou, e dias depois, embolsou uma prova importante que o credencia a ser um dos nomes ao próximo Derby. Pesquisando posteriormente descobri que Devil Cat já era tido em alta conta por todos aqueles que militam no Itajara, mas que dificilmente o Venâncio Nahid, o deixaria sair de sua cocheira. Atitude digna de quem preza por aquilo que tem. O que faz o treinador numa questão destas. Arruma um comprador e reza para seus companheiros de centro de treinamento tenham compaixão de si, e não venham com alguém de maior suporte financeiro.
Se você quer ganhar, você tem que comprar o melhor. Esta é a sua maior chance de sucesso. Não chego a dizer que a única, pois, até no turfe acontecem zebras. O importante a se notar é que o preço alcançado por Devil Cat, não foi muito superior a outros elementos em treinamento - estreados ou ainda inéditos - muito bem vendidos e que podem ser até considerados esperanças, mas longe de ser realidades. E o bom gestor é aquele que trabalha com realidades.
Infelizmente não convivo no Itajara, nem fui brindado com uma inside information, quando lá estive três semanas atrás. Sinto apenas que uma grande oportunidade passou a frente e não foi aproveitada. Parabens, a quem o comprou...
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