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Eu me interessei pelo turfe no final dos anos 60 e descobri desde cedo que quanto melhor fosse o pedigree, maiores seriam as chances de sucesso. Outrossim, quando Indaial, - resultado da bisonha união entre Xasco e Teiga - se transformou no melhor milheiro em atividade no Brasil, imediatamente pensei que o fato dele ter uma duplicação em Zula, pudesse ser o diferencial em sua forma de ser. Seria? Não sei. Talvez sim, talvez não. A única pergunta que nunca saiu de minha mente foi se Zula, nada fora, qual a vantagem de duplica-la? Penitência?
Quando procura-se, acha-se. Esta é uma lei antiga, desde o tempo em que Adão, ainda procurava uma razão para conviver com Eva, depois do caso da maça. Você procurando e indo ao âmago de qualquer questão, pode até achar um politico brasileiro honesto, que nunca tenha cometido uma infração ou mesmo, que não tenha se aproveitado de sua posição. Seria uma tarefa dificil, mas penso que não impossível. Então porque duvidar que algo sem pedigree não pudesse chegar a um lugar especial? Seria evidentemente um caso de vim para matar ou morrer, mas que na presente situação, haveria uma sobrevivência.
O tempo tratou de dissipar esta minha dúvida. Chubasco um filho de Dom Bolinha em mãe Wilderer liderou sua geração. E depois, foram aparecendo, pouco a pouco, Riadhis, um In Command em mãe Hurcade, Quari Bravo, um Punk em mãe Major Green, El Santarem, um Sankio em mãe Sun Glade e um tal de Cacique Negro, filho de Kuryakin em mãe Quipardo, para confirmar a minha suspeita, que embora houvessem poucos casos, eles existiam. E alguém sobrevevia, de vez quem quando. Todavia, se eu quizesse ficar no lado seguro da opção, isto é, dos outros 99,9%, estas seriam opções que eu deveria evitar.
Cito estes cinco, porque foram campeões irrefutáveis, que reputo sem pedigree e sem ao menos uma duplicação em Zula que pudesse sucitar algum tipo de dúvida. Eles dominaram as ações a seu tempo. Sendo que alguns, até para a reprodução foram levados. Não precisa se dizer quais foram os resultados...
Eles poderiam ser tranquilamente os cavalos dos cavaleiros da apocalipse. Vocês não acham?
Existem exceções em qualquer regra que se tornar efetiva em sua mente. Contudo, há de se convir que com a disseminação da informação, hoje cada vez mais fácil de ser acessada, dificilmente alcançara um percentual, - mesmo para os estudiosos mais benevolentes - num patamar, dito como péssimo.
Então porque cargas d'água alguém usar Don Bolinha ou uma filha de Major Green? O que querem atingir? O milagre? Da mesma forma que me pergunto porque alguém pega um revolver e grita que veio para matar ou morrer? Eu não sei. Não sou pitoniza e muito menos dono da verdade. A procuro como outro curioso qualquer. Confesso que não sei, mas tenho que aceitar que cada um, seja dono de sua própria verdade, mesmo que esta verdade pareça a você uma mentira.
Em qualquer regra haverá uma exceção. Isto é mais velho que as barbas de Moisés. Outrossim, apenas usar elementos de bons pedigrees, aumenta em muita as suas chances de sucesso, mas lembre-se que a grande maioria de seus adversários, também utiliza-se deste estratagema. Logo, você tem que de alguma forma, "achar" algo que o possa diferenciar no compto geral. Ainda mais, que sempre poderá existir alguém com mais dinheiro que você, interessado na mesma coisa.
Eu enveredo pelas duplicações, pelo uso de linhas maternas extraordinárias, pelas consistentes estruturas maternas, e ter selecionado, nestes útimos quatro anos Estrela Monarchos, Drollig, Giulia e English Major, em não mais de uma duzia de cavalos adquiridos, me deixa a confiança, que tenho mais chance que Euclides da Cunha, ou de qualquer outro Cunha, na arte de sobreviver e usufruir do sucesso.
