Juro que não sei, de onde herdei esta fobia de ler. E muito menos de quem herdei o livro de Oswaldo de Andrade, chamado de os Dentes dos Dragões, que achei na casa de meus pais em minha última visita ao Brasil. Não me lembrava se li ou não, e portanto na volta ao Estados Unidos o abri no avião. E o li aos poucos. Garanto a vocês que vale a pena.
O que me chamou muita atenção foi uma passagem em que Oswaldo de Andrade cita que foi convidado pelo escritor Jorge Amado, a almoçar com um empregado da alta cupula de uma agência de noticias do regime nazista, no Brasil. E neste almoço, que foi realizado no ano de 1940, o emissário veio com uma proposta financeira para que Oswaldo de Andrade escrevesse um livro em defesa do regime nazista na Alemanha.
Esta, é a meu ver, a forma menos confiável de se vender uma idéia. Jorge Amado, pelo menos era comunista e por um tempo se fez defensor de personagens como Hitler e Stalin. Mas Oswaldo de Andrade não era e preferiu recusar o oferecimento. Nunca fui a Rússia, mas amigos meus que foram, quando existia ainda a já extinta União Sovietica, foram testemunhas, que os livros de Jorge Amado, eram de grande agrado por lá. Logo, o bom baiano, provava assim que não pregava prego sem estopa. E sua amizade com o ex-governador Antonio Carlos Magalhães, não deixa dúvidas a este respeito.
Eu nunca defendi um cavalo, um reprodutor ou mesmo um criador, para ter vantagens pessoais. Posso até me ater mais com aqueles que respeito do que aqueles a quem não tenho respeito algum. Mas se um cavalo ou alguém ganha, independentemente de quem seja, tem o meu reconhecimento. Exemplos? O São José da Serra e o Doce Vale, nunca fizeram nenhum tipo de negócio comigo. Nunca patrocinaram sequer me blog. Mas aqui mesmo tirei o meu chapéu para ambos, que juntamente com o extinto J. B. Barros, são para mim os maiores haras médios de nossa história moderna de criação de cavalos de corrida.
O primeiro com 43 individuais ganhadores de grupo. O segundo com 38 e o terceiro com 36, estão entre os 15 haras a produzir um número maior de individuais ganhadores de grupo. E são na verdade três dos 17 únicos haras a terem produzido um minimo de individuais 30 ganhadres de grupo.
Hoje o São José da Serra, basicamente funciona como um centro de criação para outros criadores, sendo o Figueira do Lago o maior comodatário. Eu penso que pastagem não ganha corrida, mas garanto a vocês que ajuda muito. E o mais importante eu creio ser o manejo de uma equipe profissional, que no caso do São José, parece não ter sido tocada. Existe em minha opinião uma diferença muito grande entre um haras que cria bosn cavalos de corrida e daquele que apenas aceita pensionistas.
Faltam no Brasil haras que criem para ganhar corridas. Existe muito haras que cria para vender pensão e cavalos nas vendas. E um direito de cada um fazer o que bem entender. Mas só no Brasil, o cara continua a vender bem, mesmo seus cavalos vendidos não confirmando em pista.
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