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quarta-feira, 29 de março de 2017
PAPO DE BOTEQUIM: A CORRENTE
É próprio da raça humana acreditar que toda melhoria possa ser parte de um processo evolutivo. Desde de Darwin, que a esta praticidade, típica da raça da humana se mantém atrelada a este conceito. Que é na verdade um quase perfeito conceito, mas não se aplica a cavalos de corrida. Volto a comentar o que aqui sempre defendi. Tésio acreditava que quando o óvulo era fecundado, você tinha ou não o campeão, pois, sua equação genética havia sido fixada no produto. Dai para frente você podia perde-lo, nunca o faze-lo melhorar por um processo evolutivo.
Eu, como viúva do mesmo, igualmente acredito e por isto penso que o estado fisico das éguas durante o seu período de gestação seja de suma importância. Quem já importou éguas, sabe que pouquissimos são os produtos que vem na barriga que se tornam elementos diferenciados, mesmo possuíndo genéticamente uma equação mais forte. Quem igualmente move as éguas, sabe que por exemplo uma égua redicada no turfe paulista, necessita de no minimo três anos, para adaptar-se ao estilo de Bagé, e dois ao estilo paranaense. Evidentemente que haverão exceções, que de maneira alguma colocarão em risco esta regra.
Dai eu dar muito crédito ao potro nascido. Aquele que nasce perfeito - dentro do que seu olho pensa ser perfeito - e você o imagina, dois anos mais tarde, como parte da ampliação de um fotografia, dificilmente deixará de ser bom, se você não cometer um erro. Ao passo que aquele que nasce ruim, e depois tem aquela melhoria assombrosa, prefiro acreditar que seja o trabalho de um grande haras que sabe criar um cavalo de corrida, mas isto não pode se aplicar ao atleta. Quantos cavalos que nasceram nestas condições, que se tornaram diferenciados? Você se lembrará de um ou dois, mas estas andorinhas não farão o verão de ninguém. São as exceções ao processo.
Vou a um exemplo pratico. Famous Acteon, que ganhou o Derby carioca, nasceu um cavalo lindo, outrossim, foi aos poucos se mostrando um cavalo raceur e de expressão até feminina. Seu criador e proprietario, foi o único a acreditar que ele seria um elemento de exceção. Eu achava que ele seria um bom cavalo, mas dai a ganhar o Derby, tinha minhas dúvidas. Como todo filho de Acteon Man, melhorou com a idade e o aumento da distância, outrossim, masculinizou-se e se tornou um atleta de rara capacidade muscular. Houve uma evolução. Tenho que concordar, todacia ele que nasceu lindo, mas enveredou por um caminho tortuoso, simplesmente voltou a ser o que era, no momento em que mais se precisava dele.
O cavalo de corrida nada mais é um segmento, que não pode ter muitas falhas até a sua conclusão. Como uma corrente que perde, algum de seus elos. Da mesma forma que acho importante se checar o estado em que estão as éguas quando gestantando, como ver o potro com menos de 15 dias a seu pé. Estes dois fatores lhe darão indicios.
Volto a repetir, sei que as exceções existem, mas de maneira alguma posso basear a minha linha de raciocinio e conduta profissional pela mesma. Para o bem de meus clientes, tenho que estar no lado dos 90%. Não dos 10%. Para isto você treina seu olho e eu não consegui ainda descobrir uma forma de fazê-lo, sem ver cavalos. Quanto mais os vejo, mas acredito que possa entende-los.