Uma das premissas básicas na base de sustentação de qualquer industria, são a materia prima e sua mão de obra especializada. Hoje, como sempre, afirmo, mão de obra, não é o nosso maior problema, pois, existe uma gama de profissionais que dão bem a conta do recado. Outrossim, com a atual impossibilidade financeira de se importar, ficamos privados de um matéria prima, genéticamente superior. E desta forma, a utilização do coetaneo nacional, se torna preemente.
Sempre fui a favor do bom cavalo nacional, porém como diria vó Adelina, uma andorinha não faz verão. Este bom cavalo nacional cruzado com uma genética superior, propicia uma minima chance de criarmos o cavalo internacional, Aquele que vai sair pelo mundo, demonstrando que o produto brasileiro tem algum valor. Não posso imaginar que todo ano aparecerão Bal a Balis, com discretos pedigrees, e grande capacidade locomotora, Mas eu diria que Hard Buck, chegou em Ascot onde chegou, pois era a união de um dos maiores ganhadores do Kentucky Derby, numa linha materna de alta classe no cenário internacional.
Quem seriam em sua opinião, os maiores cavalos brasileiros da era moderna. Eu tenho a minha opinião, que abdica de ficar presa, apenas a aqueles que conseguiram reconhecimento internacional, mas há de se convir, que a maioria deles, foram excepcionais mesmo no Brasil.
Cito como exemplo doze, que em minha opinião fizeram alguma diferença do Brasil no cenário superior. Partindo-se do principio, que genética brasileira seria duas gerações de éguas nacionais, constataremos que apenas um dos citados é filho de um champion nacional. Todos (100%) os reprodutores provaram algo em pista e quatro (33%) foram champions, quatro (33%) possuem mãe com genética importada e oito (66%) tinham pelo menos uma duplicação.
Siphon - Champion x genética brasileira
Maki 4x4 e Dragon Blanc 5x5
Sandpit - Group winner x genética importada
Donatello II 5x5
Pico Central - Champion x genética brasileira
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Hard Buck - Champion x genética importada
Prince John 4x5 e Nearco 5x5
Much Better - Group winner x genética brasileira
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Farwell - Group winner x genética importada
Um Verve 5x4, Gonfalon 5x5, Hurry On 5x4 e Phalaris 4x5
Itajara - Champion x Champion
Hyperion 4x5 e Brantome 5x5
Duplex - Group winner x genética brasileira
Mary Tudor 5x5 e Hyperion 5x5
Riboletta - Group 1 winner x genética brasileira
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Redattore - Group 1 winner x genética importada
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Immensity - Champion x genética importada
Scapa Flow 5x5 e Phalaris 5x5x5
Bal a Bali - Group winner x genética brasileira-genética importada.
Gonfalon 4x4
O que é em sua opinião o mais importante? Se levarmos em consideração o número de éguas importadas em relação ao número de éguas nacionais, veremos que 33% é um percentual assustador, o que prova que nossa genética é inferior. A campanha do pai é impressindivel e ser champion ajuda muito. Ao contrário da mãe. Outrossim, a estrutura genétic determinado por duplicações, supera a marca dos pedigrees reconhecido com abertos, e aqui só trabalhei com cinco gerações para fêmeas, para manter um alto indice comparativo e não especulativo.
Resumindo, cortar nossas exportações, é um tiro no pé. Que os dirigentes brasileiros, apresentem ao governo um pedido de eliminar as taxas, como forma de manter empregos e aumentar o faturamento de uma industria que é altamente lucrativa nos quatro cantos do mundo.
Mas pelo exodus dos proprietarios de cavalos em Cidade Jardim, podemos imaginar o que possa vir a acontecer. Tenho medo sºo em pensar. os principais profissionais se transladando para o Rio de Janeiro, Montevideo e Buenos Aires. Ir para a Gávea não é bom para Cidade Jardim. Porém, para Maronas ou Palermo me parece muito pior, Ainda mais que o número de animais criados diminui com também o e criadores e proprietários. È somos taxados em importações. Será que nossos dirigentes nada podem fazer em nossa defesa, a não ser migrar para praças internacionais e o pior, levando com eles, não só cavalos, como profissionais?