Montenegro quer saber - sempre o meu caro Montenegro - porque fulano e cicrano, ambos em treinamento em São Paulo ainda não foram vendidos para os Estados Unidos? A resposta, pelo memos para mim, parece lógica. Porém, vamos por partes.
O Brasil é useiro e veseiro no distanciamento da enfase. Seja esta qual for. Se há algo objetivo a ser discutido, imediatamente se dá a volta e foge-se do problema. Como igualmente existe uma tendêNcia exagerada no turfe brasileiro de fugir da realidade, sempe que possivel for.
Este é um fenômeno brasileiro, que pode nitidamente ser detactado na politica, no futebol e no dia a dia da maioria. Eu não tenho a menor dúvida que a Libertadores é mais importante que a Sul-americana. Há quem diga que esta última, é a segunda divisão da primeira. Não discordo. Outrosim, ganha-se mais dinheiro ganhando a segunda que a primeira e ambas dão vaga para a sul-americana do ano que vem. Eu acho o campeonato brasileiro, mais importante que a Copa Brasil, mas seria justo se abandonar a disputa do primeiro pelo segundo ser um atalho pata a vaga da Libertadores?
O x da questão são as vagas na Libertadores, que de um momento para outro passou a ser a menina dos olhos de todo time brasileiro que se preze. Se as vagas fossem conquistadas tão somente para a pré libertadores, evidentemente que nem iria abandonar a nossa disputa maior, que é o campeonato brasileiro. E sabem porque me revolto com isto tudo? Porque são oito equipes que teoricamente disputariam o titulo e 12 que querem se manter na peimira divisão. Arrumar seis a sete vagas, impele que estes oito passem a não querer dar bola, para aquela que deveria ser a competencia maior.
No turfe fica claro que os prêmios não induzem ninguém a ter um cavalo de corrida. E sim a venda para o exterior. Mas o que se sente, é que se você tem um milheiro e não vende-lo até o Ipiranga, a coisa dificulta, pois, as distâncias aumentam, com o passamento da idade aparecem os tardios e de repente aquilo que valia ouro, passa a se uma peça apenas dourada. Logo, no atual mercado brasileiro, existe um prazo de validade de venda do craque, como na venda de qualquer um alimento perecível.
Não deveria ser assim. Por isto, torna-se válido a procura no Brasil, do elemento de distância clássica, pois, além das provas mais bem dotadas de nosso calendário serem disputadas na milha e meia, você pode oferecer ao mercado externo, a um preço mais módico, um produto que os norte.americanos não são - em sua grande maioria - mais capazes de produzir.
Bal a Bali criou um parâmetro. Ele é um milheiro, tanto que está inscrito na Breeders Cup mile. Mas para que isto se tornasse possivel, ele só veio a ser adquirido depois de ganho a triplice coroa e um GP. Brasil em recorde. O que isto sugere? Que o cavalo brasileiro precoce e que abafa nas primeiras provas da milha, não é confiável para o mercado internacional.
Hoje temos dois lideres de geração. Ambos a meu ver correndo em Cidade Jardim. A pergunta que não pode se calar: porque eles ainda não foram vendidos? A razão mais razoável de se pensar é o que defendi no paragrafo anterior, já que preço, não pode ser, afinal somos um mercado por demais acessível.
O distanciamento do enfase, cega um mecado que vive da utopia. Temos que dar enfase, as coisas que realmente tem peso. Não ilações estrambolicas, como temos a tendência de ter.
