Senhor Renato.
O senhor parece coerente nas coisas que esceve e nos investimentos que faz para seus clientes. O caso de Fantastic Boy cantado pelo senhor como um cavano de derby. Assim, sinto-me impelido a perguntar:
Gostaria de saber sua opinião sobre a melhor adequação do reprodutor estaduniense ao europeu, na reprodução nacional. É verdadeiro ou estou com a impressão errada? Seria a falta de dinheiro ou algo ainda maior?
Grato por sua atenção.
Julio Vinicius
JULIO,
Primeiramente, quero deixar uma coisa bastante clara. Quando estudo a possibilidade de selecionar um animal, tendo adequa-lo ao objetivo que tenho em mente. E na maioria das vezes é a milha e meia que tenho como alvo principal. Afinal este é o que melhor representa a esfera clássica nacional.
Fantastic Boy, tem o pedigree e o fisico para chegar lá. Agora está dando dicas que a vontade de fazê-lo. Outrossim, chegar lá, também é o objetivo de muitos e podem até existir aqueles que estejam melhores colocados na fita. Resta a mim torcer e pedir a Deus que seus responsáveis não se empolguem e incorram num êrro de coloca-lo no lugar errado na hora errada. Aliás uma característica bastante comum daqueles que ouviram o galo cantar, outrossim, não sabem exatamente aonde. Feito este reparo, tentarei responder a sua indagação
Gostaria de salientar que quando iniciei minha atividade como agente, ainda na esfera apenas nacional, isto nos anos 70, a posição de um bloodstock agent - designação clássica e petenciosa, para um vendedor de cavalos de corrida - era muito controvertida e porque não dizer, mal vista no Brasil. Talvez ainda o seja. O tempo, a modernização das informações e porque não dizer dos resultados obtidos, fez com que esta atividade deixasse de ser percebida pelo mercado brasileiro como uma atividade desprezível, e despertou naqueles que anseavam por võos maiores, um estusiasmo antes não visto. Passou a ser respeitada como uma atividade canalizadora de energia, talento e conhecimento, capaz de transformar nosso mercado, edificado sobre terra arrasada e empobrecida, num mercado livre e próspero, desenvolvido por pessoas descentes e donas de um conhecimento de causa. Preparadas a quem se dispusesse a colocar seu dinheiro no lugar indicado.
Fomos, durante décadas, reféns de agentes britânicos e pró britânicos, que constantemente introduziam em nosso mercado, tudo aquilo que era rejeitado pelos mercados mais desenvolvidos. Não estou aqui dizendo, que estamos definitivamente livres dos grilhões das correntes escravisadoras. Hoje passamos a ser reféns dos grandes potentados da reprodução, que não tendo mercados como a Australia e Africa do Sul, partem para despejar seus dejetos, principalmente no Brasil, acobertados que são, por agentes que ao invéz de agir tendo como base a defesa do interesse nacional, o fazem em defesa do interesse próprio.
Como estes ainda sobrevivem sem produzir os resultados mínimos? Vou tentar responder como estivesse conversando com duas crianças de quatro anos de idade. Graças a resignação e o fatalismo, - fenomenos naturais que fazem parte de nosso mercado - a falta de informação e principalmente de conhecimento, faz com que muita coisa passe desapercebida e vivida, por parte expressiva de nosso mercado. E isto gera um decrescimo de qualidade, já que quando consideraveis parcelas de um mercado devastado pela inconsequência de alguns e incompetência de muitos, o catatrofismo e a anomia, tendem a imperar. E ai, começa aquela história de sorte...
Você acredita que um ex-proprietario foi capaz de colocar por escrito - coisa que guardo pois me parece assaz sui-generis - que seu grande trunfo é ter casado a sua irmã com um cara de dinheiro... e porisso, acho eu, que se vê como um predestinado a capturar grandes resultados na área do turfe brasileiro? Seria até divertido, se não fosse patético...
Não vejo falta de dinheiro em nosso mercado. Vejo sim, uma má aplicação do mesmo e a imperialização do baba ôvo, aquele que concorda com tudo o que o "senhor" assim o decidir e com a capacidade estomacal à acidez, de sempre responder aquilo que seu "senhor" quer ouvir.
Vejo atualmente, Chile e Argentina, dois mercados voltados aos Estados Unidos, tentar trazer cavalos que possam somar. Alguns inéditos. Enquanto nós, subjulgados por mercados escravizadores, tendemos a trazer aquilo que não deu certo em lugar algum do mundo, na experança, de quem sabe, poderão surgir, outros Executioners, Roys e Spend a Bucks. Logo, é fácil de se entender, que os europeus devem saber um pouco mais do mercado que os norte-americanos, pois, o dejeto europeu parece não ter sucesso em lugar algum. Emquanto o norte.americano, pelo menos em alguns casos, funciona.
Alguns Haras brasileiros, ainda se mantém na trilha de trazer aquele que foi bom em pista, e de pedigee apenas médio. Estariam eles certos? Acedito que estão obtendo melhores resultados nos dias de hoje, principalmente com os importados aos Estados Unidos. Vejam o haras Santa Maria de Araras. Alguém pode criticar seus resultados? Eu não posso. Afinal, nas vendas de 2016 selecionei três de seus lotes que hojem correm aos três anos de idade. Dois correram três carreiras e ganharam duas. Um está invicto em duas apresentações, e todos filhos de reprodutore norte-americanos que correram e se impuseram em provas graduadas nos Estados Unidos: Put it Back, no Riva Ridge Stakes (Gr.2) e Wild Event no Turf Classic (Gr.1). E porque teria então receio de investir em lotes cujo cruzamento seriam Wild Event em mães Jules (Nashua Stakes Gr.3) e Signal Tap (Hialeah Turf Handicap Gr.3) e Pur it back em mãe Wild Event?
Outros pensam em trazer filhos de Galileos sem campanha, ou grandes filhos de Danehills com altissima campanha em pista, mas com severas criticas a seus aproveitamentos no breeding-shed do hemisfério norte. São os tementes ao milagre divino, acho eu...
E o que vem imediatamente à minha cabeça. Posso estar completamente errado, mas os resultados, pelo menos estão mostrando que não.
Agradecido
Renato Gameiro
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