Quando a gente faz parte da geração que goza de prioridades, as coisas para se mostrarem verdadeiras, tem que ser bem fundamentadas. Porém ao mesmo tempo cria, em nós, uma maior abertura para todas as possibilidades. Mesmo as mais remotas, que antes eram vistas como hinóspitas a seu paladar.
Você não sabe o que a geração que goza de prioridades? É a dos idosos, que tem vantagens na entrada dos aviões, na ausência de filas de banco, com os lugares reservados em estacionamentos e bancos de transporte, e aqui nos Estados Unidos, atentida pelo medicare. É tanbºe, vista como a geração da reta final.
Explicado o porque, da necessidade da certeza, num mecado incerto como o de cavalos de corrida, venho aqui afirmar que embora não existam garantias em nada, existem sim certas tendências que se repetem. Você trabalha com aquilo que os norte-americanos conceituam como odds. Mas não pode de maneira alguma excluir totalmente aquelas ações de percentuais de acerto, pequenos.
Tenho paticularmente receio para com as reprodutoras de certa idade. O gem não envelhece, porém as condições de um elemento gestador, sofre uma queda fisiológica com o passa dos anos. Nunca dei bola pela idade do reprodutor. Porque faz ele ter um declinio de produção, porém, para mim tem mais a ver com a queda da quantidade e qualidade das éguas a ele ofertadas. do que propriamente sua decadência fisica. Mas com as éguas, a situação se modifica.
Ela carrega um feto durante 11 meses, e depois o mantém a seu pé por mais seis meses, já estando na maioria das vezes, novamente prenhada. Quando correta fisiologicamente, produz um elemento por ano, por mais de uma década. Isto cria um desgate. Interno e externo.
Mas não creio que você deva reprovar um potro, pelo simples fato de sua mãe ter idade avançada. Uma das melhores potrancas que tive aqui nos Estados Unidos, associado ao Dr. Linneo de Paula Machado, tinha uma mãe que quando a gerou tinha 22 anos de idade. E isto de maneira alguma a privou de ser uma das melhores potrancas de sua geração. Mas confesso que se tenho que decidir entre dois lotes de igual qualidade, a idade da mãe passa a ser um fator de exclusão.
Todavia domingo, vi uma potranca ganhar em Leopardstown, que me impressionou. Seu nome Baroness. Trata-se de um filha do jovem reprodutor Delaration of War numa reprodutora que quando foi fertilizada, já contava com 19 anos, filha da excepcional Durtal, que quando estava fecunda desta, já tinha 21 anos de idade. E isto não a privou de ganhar aos 2 anos de idade, de forma brilhante, num turfe adiantado como o irlandês.
A média de idade das mães dos ganhadores de grupo no mundo, de 2010 para cá, quando foram fecundadas, é de pouco mais de 7 anos, sendo 6 anos a idade padrão. No Brasil, esta média é bem mais alta. Chega quase a 11 anos. Sendo 9 anos a idade pico. E porque? Porque exploramos uma égua até o seu final. No hemisfério norte, passou de 12 anos, 80% destas são destinadas aos leilões. Quem tenham sorte na mãos de outros.
Seria errado manter uma égua em idade avançada? Isto é uma coisa a ser pensada, caso por caso. Tesio vendeu a mãe de Nearco, quando achou que ela dificilmente iria a produzir outra igual. E quando perguntado por um criador porque vendera Nogara, ele respondeu que ela já tinha servido a ele, no que ele necessitava.
A égua com idade, pode ser explorada também como ventre de produção de potrancas que serão mantidas na reprodução. Enfim, pode se tornar madrinhas do potrero de desmamados, ou simplesmente envelhecer num cantinho do haras. sacrificar a algo que o dia o serviu, me paece a pior opção,
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