Quando esteve em moda não se pagar prêmios em Cidade Jardim, um grande criador baseado naquele hipodromo disse, que isto pouco lhe importava, pois, o turfe era coisa para rico. Não sei onde este senhor ganhou e como ganhou o seu dinheiro, todavia, acredito eu, que para 90% do resto da comunidade turfista, prêmio ajuda. Pouco, mas ajuda.
Prêmio trás credibilidade e ameniza as despesas. Querem uma prova disto? Anos atrás era mais dificil se correr uma prova especial na Gávea, do que um clássico em Las Piedras. Seria ainda assim? Não sei. Sei apenas que o prêmio de lá em dolates, equivale a três vezes do que o daqui. E não é atoa que este fim de semana em Las Piedas, este clássico estava impregnado de corredores brasileiros.
Temos que perder esta mania de pensar Prada, quando na verdade nosso turfe está mais para J. C. Penny. Temos sim que melhorar as condições de nossa atividade, trazendo amigos, criando sindicatos e acima de tudo lutando junto as diretorias de nossos hipódromos, pela melhoria constante dos prêmios. E se possivel o pagamento dos mesmos. Acredito que vocês estejam acompanhando as vendas de Tattersalls, Fasig-Tipton e Keeneland. Preços astronomicos e averages e medium, simplesmente dobrando de valor. E tudo isto porque? Porque os prêmio são bons. Logo, a assertiva que turfe brasileiro é para rico, além de snob, é simplesmente tacanha e completamente disvirtuada da realidade mundial.
Não creio que muitos pensem assim, mas que um pense, indica que nosso turfe está desacreditado. E porque então ganhar taças e tirar fotografias em um turfe desacreditado? Simplesmente por ser rico?
Abomino este tipo de conduta. Não seria melhor tirar doce da mão de criancinhas? Todo profissional necessita ser ressarcido e todo o proprietario e criador premiado condignamente. Criar cavalos de corrida é uma ciência. O simples fato de criar, o que quer que seja, para mim, que tenho formação de arquiteto, é um ato sublime. De nada se erguer algo, seja este algo o que seja, é arte. Criar cavalos de corrida querendo ou não, seja no Brasil ou em Tegucigalpa. é arte. Até, Michelangelo, gostava de receber por sua arte.
SE VOCÊ NÃO GOSTA DE TURFE, PROCURE OUTRO BLOG. A IDÉIA AQUI NÃO É A DE SE LAVAR A ROUPA SUJA E FAZER POLITICA TURFISTICA. A IDÉIA AQUI É DE SE DISCUTIR TEORIAS QUE POSSAM MELHORAR A CRIAÇÃO E O DESEMPENHO DO CAVALO DE CORRIDA. ESTAMOS ABERTOS AS CRITICAS E AS TEORIAS QUE QUALQUER UM POSSA TER. ENTRE EM NOSSA AERONAVE, APERTEM OS CINTOS E VISITEM CONOSCO, O INCRIVEL MUNDO DO CAVALO DE CORRIDA, ONDE QUERENDO OU NÃO, TUDO É PRETO NO BRANCO!