Antes de mais nada, vamos deixar uma coisa bastante clara. Não será por ser inédito, de boa campanha num centro de maior porte que seu sucesso estará garantido no breeding-shed nacional como garanhão. Como também não é definitivo que o fracassado ou refugo de quem que seja deste centro de maior porte, terá igual fracasso no breeding-shed nacional. Outrossim, os percentuais de melhor aproveitamento estão, até aqui, ao lado dos inéditos. Não sou eu que o digo, as estatísticas provam â luz dos números e creio que os três maiores produtores de ganhadores de provas de grupo no Brasil, Ghadeer, Clackson e Roi Normand, apenas reforçam esta tese,
Chile e Argentina, aboliram de vez o uso do fracassado. Não querem dar mais chance aos mesmos, principalmente por serem paises exportadores e que possuem um comércio interno, consolidado. Têm um conceito distinto ao nosso. Criaram um meio de contrabalançar trazendo inéditos e cavalos testados de médios para cima. E diga-se de passagem que chegaram a trazer ao consagrado - Giant's Causeway - que fracassou. Mas para este caso, pelo menos existe algo a ser dito, que se não justifica, porém, certamente, explica. Ele fracassou anteriormente na Austrália, também. Por que daria aqui?
Rock of Gibraltar e Holy Roman Emperor. igualmente fracassaram em outros centros, além do original, a Irlanda, onde chegaram a ser, no começo de suas carreiras, garanhões chefes da Coolmore. O que que dizer que receberam éguas, até superiores as dadas a Galileo em seu inicio de carreira. Foram apostas feitas por criadores paulistas, no Brasil, mas dentro, a meu ver, de um alto teor de risco, levando-se em consideração o binômio comercial de custo e beneficio.. E eu acho que tiveram, até aqui, um desempenho inferior por exemplo ao inédito Roderic O'Connor, trazido no mesmo ano de Holy Roman Emperor, para o Brasil, que sem auxilio dos grandes protetorados de Bagé, ainda assim, alcança até aqui a marca de seis ganhadores de grupo, contra um de Rock e dois de Holy. Contando o número de éguas que lhe foram ofertadas, contra o somatõrio do número de éguas ofertadas aos dois outros anteriormente citados e mesmo assim conseguir o dobro de ganhadores de grupos da soma destes, me parece um sinal de melhor aproveitamento.
Isto é tão verdade, que se levarmos em consideração que até o presente momento, Sulamani com 11, Refuse to Bend e Shirocco com 9, cada, todos com fraca atuação no continente europeu. tiveram mais que uma geração nascida e criada o Brasil, dá para se avaliar o sucesso maior do inédito Roderic. O mesmo se pode dizer com Drosselmeyer, que na reprodução norte-americana sempre foi visto com maus olhos, com duas gerações atingiu esta semana apenas seu sexto ganhador de grupo.
Só não entendi, que mesmo sendo oferecido para o ano seguinte, Roderic não tenha sido aceito...
Vó Adelina dizia que tinha que se prestar a atenção de onde as pessoas vinham. De Harvard e sem sucesso, meu querido, é porque não tinha jeitinho para o negócio. Quando cito entre os fracassados que aqui obtiveram sucesso, apenas a Executioner e Spend a Buck, é por que eles vieram de Harvard. Fast Gold e St. Chad, não.
Tenho cismas pessoais. Uma delas é que o que não deu na Juddmonte, na Coolmore, na Darley e no Aga Khan, a principio me apavora, principalmente se chances lhes foram realmente ofertadas.
Não sou especializado em garanhões, que segundo George Blackwell é o refugio dos agentes que não conseguem se firmar como selecionadores de cavalos para a pista e éguas para o breeding-shed. Eu não seria tão agudo, principalmente em se tratando de um mercado como nosso, onde poucos são aqueles investidores que selecionam no exterior, cavalos para pista e éguas para o breeding-shed. Mas acho que maiores cuidados deveriam ser tomados.
SE VOCÊ NÃO GOSTA DE TURFE, PROCURE OUTRO BLOG. A IDÉIA AQUI NÃO É A DE SE LAVAR A ROUPA SUJA E FAZER POLITICA TURFISTICA. A IDÉIA AQUI É DE SE DISCUTIR TEORIAS QUE POSSAM MELHORAR A CRIAÇÃO E O DESEMPENHO DO CAVALO DE CORRIDA. ESTAMOS ABERTOS AS CRITICAS E AS TEORIAS QUE QUALQUER UM POSSA TER. ENTRE EM NOSSA AERONAVE, APERTEM OS CINTOS E VISITEM CONOSCO, O INCRIVEL MUNDO DO CAVALO DE CORRIDA, ONDE QUERENDO OU NÃO, TUDO É PRETO NO BRANCO!