Sei que tem muita gente que não dá a minima importância a mãe. Não a própria mãe. Digo a mãe do cavalo de corrida. Isto é um erro. Como também é um erro achar que se acontece no Brasil, passa a ser uma regra geral. Não é. Na grande maioria das vezes, o que acontece no Brasil, não acontece no turfe de primeiro mundo do hemisfério norte. E se tivessemos a mesma conduta de investimentos destes, ou pelo menos, a mesma orientação técnicas, certamente teríamos um turfe ainda melhor e com ceteza, bem mais competitivo.
Sempre tive uma certa dúvida sobre o moderno Derby paulista, pois, esta grande pova do turfe brasileiro, está devendo um grande ganhador. Craque, não vejo um, desde Quari Bravo. Tenho a minha atenção mais direcionada ao Ipiranga. Mas como gosto não se discute, vamos aos fatos.
Nos principais embates internacionais, da milha e meia, 87,2% dos participantes tem como mães éguas que os conceberam seus produtos, com nove ou menos anos de idade. No Derby paulista deste ano, dos 18 paticipantes, apenas quatro (22,2%.) o conseguiram fazer. Notaram a coincidência? É o que chamo de piramide invertida. O que é ruim para um, - 12,8% - é bom para outro 77,8%.
Sinto-me a vontade, pois adquiri a mãe do ganhador, Galope Americano, da familia Smith de Vasconcellos para o Haras Santa Rita Da Serra, em um determinado período da vida útil desta égua e também do nono colocado, Ouro da Serra, para o Stud Estrela Energia, quando esta era ainda um yearling. Outrossim, o que me deixa pouco a vontade, é constatar que os dois primeiros colocados foram concebidos quando suas mães tinham, respectivamente 18 e 15 anos. Não vejo isto acontecer com frequência no turfe de primeiro mundo.
Há de se notar que das 18 mães, quatro não são de origem brasileira. Três são norte-americanas e uma uruguaia. Três também são as mães que não ganharam e uma que nem chegou a correr, o que é um fato também a se comentar, pois, o número de éguas que não correram e produzem ganhadores de grupo no esto do mundo, é relativamente grande.
Estas anomalias próprias de nossa criação tendem a se extender gradativamente, ainda mais, com a falta de investimento em novas matrizes e a crescente manutenção das éguas no haras por um longo período de tempo.
1997 - 19 anos
Olimpo - placed
1998 - 18 anos
Galope Americano (PRIMEIRO COLOCADO) - winner
1999 - 17 anos
Bom Gosto - winner (USA)
2000 - 16 anos
Strong Arm - winner
2001 - 15 anos
Fortune Danz (SEGUNDO COLOCADO) - group 2 winner
2002 - 14 anos
Ouro da Serra - winner
2003 - 13 anos
Soldier of Mondesir - winner
2004 - 12 anos
First Fighter - winner
Peter-Pilotto - group 1 placed
Zap Zap - group 2 placed (USA)
2005 - 11 anos
Cefas do Jaguarete - winner
2006 - 10 anos
Lo Felipe - stakes winner (URU)
Relevo de Birigui - unraced
Sibirskaya - winner (USA)
2007 - 9 anos
Rasgado do Birigui - Group 1 winner
Xtreme Dream - placed
2009 - 7 anos
Arrocha (TERCEIRO COLOCADO) - winner
2010 - 6 anos
Cloud do Jaguarete - placed
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