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Se a gestão de expectativa por si só é grande, imagine no Brasil, onde as garantias que você tem para o investidor internacional, são, em muitos casos nenhuma. Existem criadores, que ainda se recusam a apresentar um exame de pyraplasmose, que se positivo, inviabiliza a exportação de um animal. Esta é uma opção de cada um. Respeito. Mas como então reclamar da fraca participação internacional em nossas vendas?
Outro fator importante de ser ressaltado, é a falta de acordos sanitários entre o Brasil e alguns dos grandes mercados internacionais, como por exemplo a Australia. Vocês sabiam, que para exportar um cavalo para Australia, a alternativa mais sensata é leva-lo aos Estados Unidos, lá permanecer por pelo menos dois meses, e ai então ir para a Australia. E tudo isto gerando um custo médio de US$50,000.
Imaginem que a grande vantagem de se exportar para a Australia, ou vice-versa, como o canal existente entre este pais e a Africa do Sul, seria a não mudança de hemisfério. Isto elimina o fator aclimatação, aquela história que muitos não acreditam e preferem quebrar a cara. Agora, se você manda para os Estados Unidos, no hemisfério norte e lá passa no minimo 60 dias, para então voltar ao hemisfério sul, como fica o relógio biológico do animal?
Agora imaginem, aquele que investe, acha o craque e quando quer exporta-lo descobre que ele é portador da pyro. Posso aqui escrever, pois, é fato publico, que dois de meus últimos três ganhadores do prêmio Mossoró, eram positivos de pyro.
Amigos, a vida de um profissional que lida com o mercado internacional, no Brasil, não é nada fácil. Não sinto que nosso Ministério da Agricultura esteja o minimo preocupado com nosso mercado. Acredito até que o ignore-o. E na verdade não os culpo, pois, pode ser até, uma falta de conhecimento do problema. Mas em relação aos criadores, acredito que esta anomalia pode ser contornada. Ou dependeremos do mercado interno, que a cada dia, despenca no imaginário do vendedor.
