Naquela de jogar conversa fora, foi proposto uma aposta em que cada um definisse aquilo que considerava uma pessoa ser mal carater. E quem ganhasse ficaria fora da "rachuncha" da conta. O Joaõ Alfredo, deu inicio as respostas dizendo, que para ele o maior exemplo de mal caratismo, era morar numa cobertura do Leblon e apoiar Lula e a turma do PT. Todos nós outros chegamos a seguinte conclusão que isto se devia a uma tal de lei Vuarnet.
O João Guilherme, deixou claro que para ele, ser mal caracter era amar opera e música clássica e ir num show do Westey Safadão somente para agradar a namoradinha, 30 anos mais nova. Os três que ouviram concordaram, que pelo menos era um esforço que traria prazer no futuro.
O José Ricardo, que pesa mais de 100 quilos, disse que ser mal carater é achar que todo gordo só serve para fazer piadas. Ao que os demais três concordaram, chegando aos aplauso. E quando chegou a minha vez, complementei que para mim era o torcedor daquele time que ía cair para a segunda divisão, imediatamente passar a tocer por aquele com mais chance de ser campeão. Não havia explicação cabivel. Logo, ganhei a aposta.
No Rio de Janeiro, time de futebol é sagrado. Você troca de escola de samba, de bairro, de namorada, de trabalho, de filiação politico partidária e até de religiao. Mas não troca de time de futebol. Se escolheu ser América, azar o seu. Morre América. Mas o criado pela avó ou que vive da sombra alheia, muda, e mudará de volta quando o seu antigo time voltar a tona. Não é bem mal caratismo. É pior do que isto. É falta de carácter.
Felizmente no turfe, o turfista, aquele que joga, está constantemente mudando de opinião. Um dia joga em A que derrotou B, e na seguinte acredita que B, poderá derrotar A. Seu compromisso é com seu rico dinheirinho.
Eu, como analista e dono de minhas opinião - não confundir com formador de opinião - tenho que aceitar as mudanças do mercado e se possivel me adaptar a aquelas que acho, pelo menos, coerentes. Publiquei aqui o perfil do leading sire alemão, um mecado que preserva a exploração cada vez maior do reprodutor nacional. E comentei que o exemplo poderia ser a nós proposto. Se não dá para se ter um filho de gabarito de Galileo, Dubawi ou Tapit, porque não usar um consagrado de Lyphard, como Ghadeer e tentar formar uma raçã tipicamento brasileira? Dei, na ocasião, como demais exemplos, descendentes de outras tribos consideradas em extinção nos centros do hemisfério norte. Estou sendo coerente com a transmissão classe. Se Clackson, foi o que foi, filho de quem é, e depois na reprodução se tornou algo a meu ver ainda maior, porque nenhum de seus filhos foi utilizado pelos chamados haras de ponta? Por ser um filho de I Say? E de Locris, Earldom, Roi Normand e outros?
Não sou a favor de se trazer raças que considero em extinção. Mas no momento que elas são tazidas e produzem com excelência, abolimos as regras. Que me desculpem, mas longe de estar sendo incoerente. De time de futebol não mudo.