Existem coisas que soam para mim como dubias. Explico-me. Que as aceito para determinadas situações e não para outras. Um exemplo? Sandalias hawaianas para a praia e não para festas de gala. Outro? Hegemonias. Não acredito nelas, mas primeiramente aceito que como as bruxas elas existam e "segundamente"que em certos casos elas ajudam.
Vejam o caso de nosso futebol, e mais especificamente o da seleção brasileira. Estamos numa faze hegemonica de treinadores gauchos. Felipão, Dunga, Mano Meneses e Tite. E analisem que mesmo numa serie hegemônica de um estado sobre os demais, houveram uma conquista de uma Copa e também um tenebroso sete a um.
Dentro de um bronco, uma cara que nunca foi técnico, um canastrão e alguém que conta com quase uma unanimidade sobre seu nome, estamos a menos de 30 dias de uma Copa, que acreditamos que possamos conquistar. Notada euforia brasileia? Veremos. Isto acontece também na criação de cavalos de corrida e Northern Dancer cria em torno de si quase que uma hegemonia.
Mas mesmo dentro deste quadro hegemonico, existem ramos que funcionam mais, ramos que funcionam mesmo, e até aqueles que não funcionam. E as decisões terão que ser suas, pois, o turfe é um moto continuo. Um ser orgânico com vida.
Outrossim hoje, os cinco nomes mais badalados do turfe ainda considerados em treinamento, pelo menos dois não são descendem em linha alta de Northern Dancer. Quais são os cinco em minha opinião? Enable (Nathaniel-Galileo-Sadlers Wells-Northern Dancer). Cracksman (Frankel-Galileo-Sadlers Wells-Northern Dancer). Justify (Scat Daddy-Johannesburg-Hennessy-Storm Cat-Storm Bird-Northern Dancer), Winx (Street Cry-Machiavellian-Mr. Prospector) e Saxon Warrior (Deep Impact-Sunday Silence-Halo-Hail to Reason-Turn-To-Royal Charger).
Logo, creio licito se afirmar que no turfe, seja em pista ou no breeding-shed, mesmo uma reconhecida hegemonia por muitos, só abrange um percentual de 60%, que é significativo, mas longe de poder ser considerado decisivo.
Vou explicar o porque deste prólogo. Da mesma forma que acredito que imbreeds em chefes de raça e duplicações em matriarcas colaboram com o aumento da potencialidade de um elemento a ser levado as corridas, creio também que a inserção de algo novo, em um mercado, mesmo sendo este mercado consolidado, pode criar uma situação inusitada de progresso. Isto aconteceu nos Estados Unidos com a introdução de Nasrullah e posteriormente com a de Northern Dancer, advindos respectivamente da Inglaterra e Canada, ambos representando uma tribo italiana, a de Nearco.
Agora é chegada a hora de um Hail to Reason, um norte-americano que via Halo teve sucesso reconhecido em apenas dois mercados do planeta: Southern Halo na Argentina e Sunday Silence no Japão, ir a terras de velho mundo tentar mudar o perfil do corredor europeu. Pois a entrada - mesmo que via um elemento ainda em corrida chamado Saxon Warrior - rearfirma primeiro que Deep Impact é o que é, e não por acaso e segundo que o elemento novo no processo pode vir a mudar as coisas mesmo em conservadores mercados genéticos.
Deep Impact poderá vir a estabelecer algo importante no conservador mercado britânico? Uma pergunta que poderá ser resºondida daqui a alguns anos. Até, caba a mim, apenas imaginar que sim.
Logo, se acredito em imbreeds e igualmente que uma força completamente inédita, possam influir no desenvolvimento de uma criação, mesmo sendo esta já consolidada, sou um cara de certezas, incertas. Uma certeza que a duplicação de coisas já testadas funciona e outra que algo novo e totalmente distinto pode funcionar também. E isto simplesmente colabora com aquele primeira regra do do turfe, que acredito piamente ser válida. Não há regras. Existem sim, tendências maiores ou menores.
E SE DAQUI ALGUMAS HORAS
JUSTIFY CONFIRMAR SEU FAVORITISMO
UMA SITUAÇÃO HEGEMONICA
PODE VIR A SE REPETIR
NAS TERRAS DE TIO SAM?
Nos anos 70, houveram três triplices coroados, sendo dois deles sequenciais, Seattle Slew e Affirmed. Teriamos nesta década, mais dois triplices coroados quase sequenciais, passadas quatro décadas?