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quinta-feira, 24 de maio de 2018

PAPO DE BOTEQUIM: A TERCEIRA DE DVORAK

Eu acredito ser impossivel, aquele que aprecia a musica clássica não se arrepiar ao ouvir a Terceira Sinfonia de Dvorak em seu allegro moderato. O grande problema é que a grande maioria sequer ouviu esta sinfonia, pois, ela não está na vitrine como a quinta de Beethoven. Isto acontece comumente no turfe. Gente que não viu Seattle Slew correr e acham que todo triplice coroado é feito do mesmo material. Não é. Talvez nem Seattle Slew o fosse do material de Secretariat. Ai então eu perguntaria, mas quem seria?

Este é o problema de se querer comparar divindades. Entram uma série de sensações em seu julgamento, que as vezes o fazem passional. Descevi isto ontem. E isto prejudica seu julgamento a favor deste ou daquele. Conforme a maneira que você encare a questão. E nada mais normal, pois, você é arrebatado pelo turfe pela paixão e esta paixão emana sensações das mais diversas. É como amar alguºem. Quem explica se complica.

Cada um enxerga o turfe à sua maneira. Uns usando o X, outros o CH. Quem estará certo? Ninguém. Porém, quem estará na maioria das vezes com a razão, será aquele que for mais vezes ao podium e nele por mais tempo permanecer. O resto é conversinha de xarope. Ele seria se não fosse aquela batida na cabeça, ou aquele prego na pista. Eu prefiro respeitar a quem realmente foi, pois embora no turfe exista pelo sonho de cada um, ele na verdade só sobrevive da realidade de alguns.

Eu tinha por Shared Belief uma certeza absoluta. Ele seria grande. Na verdade o foi, mesmo levando-se em consideração sua rápida passagem pelas pistas. Mas o que eu pressintia, nunca poderá ser provado, mesmo considerando que aquele de quem fazia gato e sapato, a seguir, teve uma carreira meteórica. Outrossim, quem poderia me garantir que o California Chrome dos tempos de Shared Belief não evoluiu?

Você julga um cavalo pelo momento em que ele vive e tem como respaldo seu passado. Todavia, seu futuro, como tudo na vida, a Deus pertence. Ninguém, sabe o dia de amanhã. Porém este fator não limita seu direito de ter uma opinião. Você afirma aquilo que acredita, e quantas vezes estiver mais certo, mais tende a arriscar sua posição. Por isto, conheço muito jogador de boliche, depois de seu primeiro strike, se retira da disputa, achando-se coroado em louros. É o direito dele, como é direito meu, achar que ele não seria capaz de fazer outro stike tão cedo.

Mas porque de tão prolongado prólogo? Talvez seja pela terceira sinfonia de Dvorak que escuto ou quem sabe que o bucolismo do campo onde me encontro fazendo o imposto de renda?

Não importa. O que realmente importa é que um cavalo brasileiro, ganha prova graduada nos Estados Unidos. Prova esta desenhada para o cavalo sul americano, tanto que na disputa do Louisville Handicap deste ano, o primeiro, segundo e quarto, eram cavalos nascidos na América do Sul. Qual a razão? Distância e piso.

Quando você quer testar a real capacidade de seu pupilo na primeira turma da grama e em distâncias longas, o caminho é o Man O'War de Belmont Park. Outrossim para conquista-lo você tem que ter algo do naipe de Hi Happy. Tanto isto é verdade, que neste século apenas ele, sendo um sul-americano, o conquistou. Agora quando você sabe o número de seu chinelo, a medida mais inteligênte é saber onde calça-lo. E o Louisville Handicap (G3) com sua baixa dotação é o alvo a ser perseguido. Não é a toa, que suas duas últimas disputas foram vencidas por cavalos brasileiros, ambos ganhadores no Brasil de provas de suma importância.

A milha e meia, é hoje considerada nos Estados Unidos, uma distância morta. Principalmente se disputada na grama. E este é a meu ver um viez que deveriamos explorar com mais requinte, mesmo tendo em conta, que a stamina em nosso pais, ter vindo caindo de decadas para cá. Existem, não muitos, mas exitem provas em distâncias alentadas a serem exploradas no calendáio norte-americano, na pista de grama. Na California existem várias, o problema é que o corredor médio europeu, também já as descobriu. E Chad Brown, anda se engraçando, também com estes, na Costa Este. Portanto, a coisa complicou-

Não existe gol feio, lembrou muito bem um leitor recentemente, repetindo a celebre frase de Dada Maravilha, que feio é não fazer gol, Achar seu espaço é parte da faina que profissionais e investidores tem que saber explorar, para sobreviver num turfe one filhos de Galileo, Kittens Joy e Deep Impact, tem que ser enfrentados. Mesmo na milha e meia e num pais que despreza a produção de animais para esta distância, em termos de criação.

Vettori Kim, em temos de estrutura genética pode ser considerado elemento de primeiro mundo. Analisem seus imbreeds e suas duplicações: Natalma 5x5x6, Almahmoud 6x6x6, Nothern Dancer 5x5, Raise a Native 4x5 e Sir Ivor 3x4. Afirmo que não é muito normal um animal criado no Brasil, com seis duplicações em seu pedigree.


No dia seguinte na França, uma três anos que naturalmente virá a disputar provas de 2,400m nos Estados Unidos, no segundo semestre, chamada Castellar, vencia os 2,100 metros do Prix Cleopatra (Gr.3). Olhem seu pedigree: Almahmoud 6x6x6, Lalun 6x6x6, Thong 6x6x6, Fairy Bridge 4x4, Northern Dancer 4x4 e Shirley Heights 4x5. São igualmente seis duplicações, mas acredito eu que ainda com mais força genética.

Este é o perfil do adversário que Vettori Kim, terá que enfrentar num futuro próximo. Alguém de nivel apenas médio na Europa, mas com uma potencialidade genética que acredito que possa ser considerada superior, embora tanto Vettori, quanto American Post não possam ser consideados diferenciadores no breeding-shed. Muito menos Shirocco.


Isto não é de maneira alguma uma critica. Trata-se apenas de uma contastação do buraco que estamos metidos, graças a falta de genética de primeiro mundo no Brasil. Trazendo grandes cavalos em pista, mas que fracassaram no breeding-sheed, ou grandes pedigrees com campanha abaixo da critica, não nos levará a lugar algum. Mas como isto cada vez mais de torna uma realidade de nosso dia a dia, é melhor aceitar, porque doerá menos e apelar para a duplicação de pontos de força existentes nos pedigrees. 

Vettori Kin, ganhou um derby. Some in Time, um latino americano. Logo, teoricamente tratam-se do melhor que temos a oferecer. Ambos tem pelo menos estruturas genéticas que os fizeram ganhar uma prova de US$100,000 de bolsa nos Estados Unidos.

Não haveria por parte de nosso governo, nenhum interesse em ajudar a aqueles querem investir numa genética superior, como outras nações - tais como a Itália - o tem feito?

Mas para quem não sabe que Dvorak, escreveu uma terceira sinfonia, pouca diferença há de se fazer.