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sexta-feira, 22 de junho de 2018

PONTO CEGO: HORA DE ABANDONAR A GAIOLA

O criador paulista Newton Simoes me mandou um trecho de um livro que já aqui foi citado por mim anteriormente como um dos que mais me marcaram a minha adolecência. Os irmãos Karamazov de Dostoievski. Por favor, leiam com imensa atenção e reflitam com mais ainda.

Somos assim: sonhamos o vôo, mas tememos a altura. Para voar é preciso ter coragem para enfrentar o terror do vazio. Porque é só no vazio que o vôo acontece. O vazio é o espaço da liberdade, a ausência de certezas. Mas é isto o que tememos: o não ter certezas. Porisso trocamos o vôo por gaiolas. As gaiolas são o lugar onde as certezas moram.

Escrever é um pulo num buraco negro. Você sabe exatamente o que escreve, mas não imagina quem possa estar lendo, e não existe coisa mais conflitante que a interpretração de cada um. Você tenta definir lé e o leitor assimila o cré, mesmo não havendo nada em comum entre lé e cré. E ninguém, em sã consciência, pode dizer com exatidão que uma das partes está errada, pois, existe algo chamado interpretação que é o direito da mente de cada um.

Para que você possa voar no horizonte de suas idéias e convicções, tem que se abster do vazio. Ele existe, mas se você confia no poder de suas asas, salta nele com a convição que cumprirá aquilo a que se propõe. Desculpem, aos que assim não pensam, outrossim, em minha concepção não podemos viver eternamente engaiolados a espera do alpiste. Temos que dar vazão a nossa imaginação e sonhos, desbravar este imenso vazio e nele encontrar aquilo que procuramos ao custo que isto poderá custar. E creio que assim atingiremos não só a liberdade, como o conhecimento de nossa capacidade de imaginar e cumprir.

Ontem aqui publiquei uma estatistica do reprodutores em atividade nos Estados Unidos de maior exito esta temporada na grama.  Vamos então por partes. A gente sabe muito bem, que o cavalo norte-americano é criado para o dirt. Todavia, existem aqueles que adaptam melhor no terreno gramático e Kitten's Joy que tem pedigree de grama, era de grama e lidera com folga as estatisticas de reprodutores para este terreno,  não se encontra na posição que está, por obra e acaso do Espirito Santo. Convenientemente explorado, ele é o rei da grama na terra do dirt.

Mas o que dizer dos três reprodutores que o seguem nesta estatística? Todos elementos de comprovada campanha do dirt? More than Ready, Scat Daddy e War Front? Que novamente aqueles que não concordarem, me desculpem, mas o turfe norte-americano está longe de ser aquele que alguém tem que ganhar. Ao contrário de outros outros, no qual incluo o Brasil,  nos Estados Unidos, para se ganhar, na grande maioria das vezes, tem que se ter autoridade.

E com exceção de Scat Daddy cujo pai era uma champion na grama e o pai de sua mãe foi um triplice coroado na Europa, o canadense Nijinsky, tanto More Than Ready quanto War Front também possuem seus pontos gramáticos. O cavalo que faz o senhor LuiZ morrer de rir, tem como avô materno Woodman, e War Front, além de ser filho de uma reprodutor que embora só tenha corrido no dirt, mas tem seu maior sucesso na produção de elementos de grama, Danzig, possui como pais de suas segunda e terceira mães elementos afeitos ao terreno gramático, Forli e Round Table.

Logo, o dirt nunca atrapalhou a grama. Na verdade eles se compõem respeitando a prepotência de quem possa estar agindo no pedigree. E você tem que sair da gaiola e enfrentar um vôo de liberdade para entender e aceitar estas premissas.

Porque estou me reportando a este assunto? Porque ontem mesmo na vila hipica do jockey club brasileiro, deparei com alguém - que considero esclarecido - que dissertou veementemente que a queda qualitativa do cavalo brasileiro no exterior, estava em não trazermos mais da Euopa nossos garanhões e sim dos Estados Unidos, cavalos de campanha apenas no dirt. E com certa veemência, citou nomes como os de Waldmeister, Locris, Ghadeer, Henri le Balafré, Royal Academy. Ouvi com atenção, e lhe perguntei o que ele teria contra, Executioner, Tumble Lark, Earldom II, Spend a Buck e Roy e tantos outros cavalos de dirt que aqui aportaram e foram capazes de gerar elementos de alto nivel na grama. O silêncio que se seguiu a minha pergunta foi estarrecedor.

A todos que até aqui acompanham esta narrativa afirmo. A queda qualitativa de nosso produto, é ligada a queda de qualidade de importações, tanto de reprodutores quanto reprodutoras. E nada mais do que isto, pois, continuamos a criar cavalos de corrida com o mesmo esmero. Todavia, a genética caiu e caiu de uma forma significativa.

Temos que perder esta mania do pão, pão, queijo, queijo. Temos que sair da gaiola onde se encontram todas as certezas pessoais e partir para o voô da liberdade de imaginação, que com um pouco de sorte e muita paciência, lhe trará um novo conhecimento. Hoje o mundo dos terraqueos prega o aceite as diversidades. Porque não aplicá-los também aos cavalos de corrida. Porém, com uma ressalva: diversidades no campo da pista e das distância preconizadas em campanha, não como está se tentando implantar do bom corredor e do matungo com régio pedigree.

Em enumeras vezes já defendi aqui e acolá, que não havendo dinheiro sempre será melhor investir-se no bom elemento nacional - com fisico, campanha e pedigree -, do que o farjuta importado a peso de ouro, com apenas fisico e pedigree, mas de campanha abaixo da critica ou que preencha os três requisitos, mas que já tenha fracassado com éguas de maior calibre que receberá por aqui. Lembro aos navegantes, que o filho de Pelé, não foi craque, como não foi o de Maradona e provavelmente não será o de Messi. Cristiano Ronaldo e Steff Graf com Agassi.

Scat Daddy provou aquilo que não sei se Galileo poderá provar: ser capaz de gerar elementos de igual performance em ambas as pistas. Ele como já disse com Danehill e guardada as devidas proporções More Than Ready, tiveram ainda a rara capacidade de agirem positivamente nos dois hemisférios.

Senhores o senhor Karamazof está certo quando diz que As gaiolas são o lugar onde as certezas moram. Pois então, tomemos coragem e abandonemos as gaiolas para o vôo da liberdade que com a ajuda da imaginação nos trará o conhecimento.