PONTO CEGO: OUTROS TEMPOS

Enganam-se aqueles que acham que as coisas são simples. Elas verdadeiramente não são. Protagonistas as fazem simples, mas o mundo é feito em sua grande maioria de coadjuvantes. Vejam, por exemplo, a primeira rodada da Copa, onde não seriam Brasil, Argentina, Espanha e Alemanha favoritos em seus jogos? Pois bem nenhum ganhou. E o que dizer de França, Inglaterra e Uruguai, que tamnbém eram e ganharam na bacia das almas,  dois deles na prorrogação?

Os tempos mudaram. Bal a Bali, Much Better, Itajara e alguns outros, são exceções e nós que temos que viver o dia a dia, trabalhamos com as regras. Eu torci, porque achei que tanto Fantastic Boy como Fillmore iriam vencer. Choveu, a pista pesou, e penso que eles não pareceram os mesmos na pista anormal. Resumindo, infelizmente não ganharam. Imagino que outros que esperavam ganhar, não ganharam também e haverão justificativas. Mas a gente tem que seguir um raciocinio lógico, se a idéia e se chegar a uma conclusão. Outrossim, nem todos estão dotados dos mesmos.

Houve uma época romântica no turfe basileiro que torcia-se por uma farda. Independentemente de quem fosse o cavalo que a estivesse defendendo. Eu sempre torci para o cavalo, e principalmente por aquele que eu achava ser o melhor. Emocionei-me quando Immensity ganhou o Pellegrini, da mesma forma de quando Boticão acidentou-se na pista de Cidade Jardim. Nada tinha a ver com nenhum deles, mas torcia para eles, como o fiz com Grão de Bico, Juca, Riadhis, El Santarém, Emerald Hill e tantos outros. 

Eu era um turfista. Hoje sinto falta destes turfistas. gente que vai ao jockey e jogando ou não, tem as suas preferências e as exercem, com seu aplauso e sua torcida. Não gostaria de ver mais gente saido do turfe. Temos que de alguma forma nos mantermos unidos e remando em uma mesma direção. E quem sabe um dia a coisa muda.