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Nunca me considerei um sujeito de certezas absolutas mas hoje tenho uma certeza absoluta: a que quando criança fui uma figura tremendamente sugestionavel. E por uma senhora que em seus áureos tempos, havia sido beque central do time da Estação da Leopoldina, vó Adelina.
Pois bem, dito isto, complemento que este sugestionamento inicial me auxiliou pelo resto de minha vida, pois, tomei gosto pela leitura e também por dar ouvidos a voz da experiência. Curiosidade, imaginação e sede de conhecimento, foram meus passos seguintes e certamente fizeram com que eu me embrenhasse pela leitura e posteriormente pela a escrita de minhas próprias idéias.
Atualpa Soares, Roberto Prado Telles, George Blackwell foram na realidade os artifices um tripé que me ajudou a ser o que hoje sou. Se alguma coisa posso me considerar ser. Mas cetamente foi minha curiosidade e persistência que fizeram eles a achar que valia a pena dividir comigo seus conhecimentos. Todos nós, a não ser os egocêntricos, temos uma tendência a querer ensinar aquilo apendido. Muitos, o fazem apenas com os filhos. outros abrem mais o leque. Digo isto, porque criei os alicerces de minhas crensas na formação de um cavalo de corrida, num pais que acredita na sorte, na resolução de um problema com facadas e que o Lula seja um preso politico e não apenas um politico que foi preso por corrupção e lavagem de dinheiro.
E ladeado por um povo que em sua grande maioria piamente acredita que a facada foi fake, que o atacante é um lobo solitário e ainda por cima débil mental, que mesmo não tendo onde cair morto está sendo defendido por uma equipe de quatro caros advogados, graças a uma boa alma de uma igeja de sua cidade natal... Posso estar estragado pela vida que levo desde 1987, num pais odiado por aqueles que acreditam que o atentado foi fake e encenado, mas que é a primeira opção destes quando existem oportunidades de nele penetrar. Quero só entender. Será que os governos Lula e Dilma foram tão bons para com os pobres, que fizeram um lobo solitário débil mental ter quatro celulares, um notebook e uma equipe cara de defesa prontamente ativada?
O turfe talvez seja o esporte onde menos o dinheiro vença pela força de si próprio. Evidente que ajuda e ajuda muito, mas, por exemplo, não faz o Sheikh Mohammed e sua familia, domina-lo. Apenas disputa-lo com chances. Não existe no turfe um Barcelona ou um Real Madrid. As forças são bem mais bem distribuídas e muita gente fora da cupula de maior investimento, é capaz de colocar sua cabecinha para fora. Basta pensar fora da caixinha, que sempre uma oportunidade se apresentará.
Muita gente no turfe brasileiro me fez pensar. Eles sabem quem são e portanto não preciso aqui citar seus nomes, outrossim, poucos foram aqueles que acreditaram de cara naquilo que eu tentava defender. Talvez exceções tenham que ser feitas ao Pedro Jarbas, ao Antonio Cláudio Assumpção, ao Stefan Friborg, ao Linneo de Paula Machado e ao Aluízio Merlin Ribeiro, para citar entre os grandes que já servi. As linhas maternas não foi o mais dificil, mas os imbreeds, até hoje encontro resistência.
Lembro que quando fui oferecer um filho de Nijinsky, ganhador de grupo 1, a um grupo que detinha grande parte das cobeturas e das filhas de Ghadeer, a resposta que tive é que o imbreed em Northern Dancer iria criar a possibilidade de gerar elementos pequenos e com problemas de tendão. Puro nonsense. Total desconhecimento. Olhem o que este imbreed gerou em nosso planeta? Mais de 65% dos ganhadores de grupo no mundo hoje, o portam, todavia, não creio que tenham incitado a uma infestação de anões com problemas de tendões.
Anos depois quando defendi aquilo que chamo de o binômio mágico - imbreeds em Nothern Dancer e Mr. Prospector em um mesmo pedigree até a quinta geração - foi visto como um E.T. O que para mim parecia lógico, em um ato de simplesmente reforçar um pedigree com a duplicação dos dois mais envolventes chefes de raça da modernidade, para outros sugeria a criação de monstros com duas cabeças e três olhos em cada uma delas. Pois hoje, acreditem, mesmo sendo simples montar esta equação genética, o número de ganhadores de grupo no mundo portadores desta formula, já excede os 15%. E não contentes, atualmente, riem de soluçar, quando falo de um tripé fomado pelos imbreeds de Northern Dancer, Mr. Prospector e Buckpasser. Pois bem, tremendamente complicados de serem montados e mesmo assim contam com quase 3% de ganhadores de grupo no mundo. E s substituimos o nome apenas de Buckpasser por Secretariat ou Seattle Slew, a marca de 4% é atingida.
E ai seu LuiZ, como isto se explica? Isto o faz também morrer de rir?
Atenho minhas pesquisas com universos restritos. Para esta década e apenas levando-se em conta as prova de grupo. Se pesquisas como estas tivessem sido levadas a efeito por mim, tendo como base os resultados do primeiro semestre do século passado e os chefes de raça da época, evidentemente que outros nomes sobressairiam, porém com certeza os percentuais aumentariam.
O que os fez retroceder por décadas, a fio, e só voltar a ter real importância de três décadas para cá? Pouco conhecimento do mercado, mas que com o evento internet, objetivaram a chance de pesquisadores resgatarem a história e o que realmente fez difeença nela.
Pensem bastante nisto, antes de tentar denegrir teorias, ou apenas acreditar nestes apostulos do apocalipse que as denigrem. Um lobo solitario, ainda po cima débil mental, não pode bancar uma banca de caros advogados de defesa, ter quatro celulares, um notebook, pagar uma pensão por uma semana, comparecer a cena do crime, usando passagens aéreas ou mesmo dizer que pedigrees abertos são as chances de redenção de uma criação que já está por si só escancarada e por demais esfacelada pela baixa genéica para aqui trazida.
Contem, outra...
