MINHA VÓ ADELINA
SEMPRE ME REPREENDEU
QUANDO ALGO CERTO FAZIA
EM FAVOR DE ALGUÉM QUE NÃO ACEITARIA
Vou explicar. Você avisa, repete e se torna as vezes até chato, defendendo uma coisa que a pessoa, à sua frente se nega a ver, mas que você tem certeza que vai dar errado. Pois bem, se a coisa der errado, na opinião de vó Adelina, seria preferivel não se dizer nada. O simples eu não disse, ou não foi por falta de aviso, vai ferir mais ainda a pessoa. E se você não quer isto, simplesmente evite. Discuta, o sexo dos anjos ou a vitimação politica da alma mais pura deste pais...
Como disse em outra nota, não mando recados, poism quando acho que o recado deve ter um CEP, dou nome aos bois. Outrossim, acho importante se levar em consideração o resultado do Cornwallis Stakes (Gr.2), que embora não tenha sido a mais importante carreira da tarde, ontem em Newmarket. para mim tem uma chance que deveria entrar na cachola de quem investe em nosso mercado.
Seu vencedor é um Scat Daddy em mãe Tapit. Logo, estruturalmente um pedigree de primeiro nivel, independentemente de gostos pessoais. Mas atentem que ele foi adquirido em Keeneland, por US$1,100.000, mesmo sendo ele oriundo do Canadá e tendo suas duas primeiras mães, perdedoras e a terceira não corrida. Logo, porque chegou a este preço e pelo grupo de Magnier veio a ser adquirido? Apenas o fisico? Wrong answer. O grupo Coolmore será capaz de descartar Riadhis mesmo sabedor que ele é perfeito como atleta, mas por não ter uma estrutura genética convincente. Ao passo que Sergei Prokofiev tinha. Ou será que alguém tem dúvidas disto?
Um mãe, mesmo perdedora, filha de uma igualmente perdedora e neta de uma que sequer correu, pode não chamar a atenção de muitos criadores brasileiros, mas o fato de ser uma Tapit, numa mãe Unbridleds Song, numa mãe Danzig, numa mãe Alydar, da familia 8-h, mesmo sendo ainda sua quata mãe uma simples
ganhadora de apenas duas carreiras, chamou a a atenção da Coolmore, que não se importou de gastar sete digitos na aquisição. Pois para eles, genética se sobrepoe a performance sem genética.
Isto se chama crensa em estruturas genéticas.
Coisa que poucos no Brasil, nutrem. Aliás só no Brasil, ganhadoras clássicas sem pedigrees são disputadas a preço de ouro. E o pitoresco, é que estes mesmos criadores muitas vezes se negam a usar reprodutores nacionais, ganhadores clássicos, e com pedigrees superiores a estas éguas. Dá para se explicar? Ou não ?
Tento entender a linha de raciocinio de alguns criadores brasileiros. Se sem pedigree mas com perfomance resolvem usar a ambos, eu até entendo. Da mesma forma que alguém que se negue a usa-los. Todavia usar um e outro não, intriga-me. Parece história ilógica. É como mudarde cor para enganar a sua presa...