Nós brasileiros somos capazes de fazer coisas que nem o diabo possa imaginar. Na politica então, somo um livro aberto ao suicídio consentido.
Recebi o telefonema de um amigo, que ressaltou a falta de profissionalismo na seleção de reprodutores para um sindicato brasileiro, da qual foi convidado a participar. Pondero que é difícil se trazer um reprodutor para um sindicato, principalmente estes picotados por um numero grande de criadores. Seja numa compra definitiva ou no sistema de shuttle.
Na verdade, numa compra definitiva você ainda pode se adequar com o tempo. Adquirindo éguas que em seu parecer combinem com o citado reprodutor. No caso do shuttle, é decidir pelas existentes em seu plantel, e rezar para o Espirito Santo.
Não trabalho com reprodutores de lista, aqueles que estão na rabada, sem chances de obter sucesso, ou já riscados do mapa pela performance de seus produtos nas vendas e nas pistas. Mas tenho que admitir, que com a situação financeira de nossa atividade, o inédito, recém saído das pistas, é ainda a melhor solução. Sei tratar-se de um risco como o de adquirir um bilhete.
Sim, isto esmo. Reprodutor é que nem bilhete de loteria. Frankel confirmou. Dancing Brave ficou no mais ou menos e Nashwan fracassou. Mas é lúcido se investir em um bilhete não corrido, do que num arrobo de desvairo mental, em um corrido e fracassado. Quanto aos requisitos, acredito que campanha e fisico tenham que ser respeitados, e no tocante a campanha, que seja a menos pior possível, até podermos ter condições financeiras de subir alguns degraus.
Já defendi anteriormente aqui o fato de Wild Event, Clackson, Roi Normand e Know Heights, terem sido cavalos de grama e que ganharam prova de graduação máxima na milha e meia. E Ghadeer, igualmente de grama, na graduação 3 e em 2,000 metros. Seriam eles produtos de uma grande coincidência? E até que possam me provar em contrário, quero lembrar que tratam-se dos cinco reprodutores que produziram o maior número de individuais ganhadores de grupo de nossa história.
Camlot Kitten
Trazendo cavalo de dirt e de distâncias abaixo dos 2,000 metros, estaremos inibindo elementos para o nosso calendário, mas há de se convir, que se todos assim o fizerem, alguém terá que sobressair: o menos pior. Mas a pergunta passaria a ser a seguinte: continuaríamos então a produzir cavalos capazes de luzir classicamente no hemisfério norte, como o fizemos até poucos anos atrás?

