Sou muito cobrado por tentar me esquivar de comentários sobre reprodutores recém trazidos para o nosso criatório. E nem apelar para a misericórdia de meus leitores, de eu já ter inimigos suficientes, tem funcionado.
Já disse isto aqui pelo menos uma vez. Sou um cara mais chegado as reticencias do que propriamente a usar pontos de exclamação. E há uma razão. Descobri através do tempo que quanto mais você tenta saber, mais chega a conclusão que falta muito para dominar o assunto em que aprofunda. Até Albert tinha suas duvidas. E o turfe, não sendo uma ciência exata, isto fica naturalmente claro, se você naturalmente tiver algo mais do que cabelo entre as orelhas.
Estamos trazendo alguns reprodutores, para esta temporada. E entre eles alguns já testados ou no inicio de seus testes. Em termos de campanha, Verrazano sobra nesta turma. Com certeza triunfou na esfera mais alta, sendo inclusive bastante apostado no Kentucky derby e conta com o difícil fato de ter vencido, na esfera das provas de grupo, ema dois tipos de piso, dos dois lados do Atlântico. O que sugiro a quem duvide, que se mantenha calado.
Penso ser necessário para se tecer um raciocínio lógico, conhecer-se quem foi exatamente Verrazano. Quem ele foi e é, depois de levado a reprodução, e o que pode ele nos trazer de bom.
Pode-se se dizer que Verrazano não correu aos dois anos, pois, ele estreou em 1,300 metros em Gulfstream Park, vencendo por quase oito corpos em canter, no dia primeiro de janeiro. Um mês depois, no mesmo palco ele venceu uma milha, em um allowance por nada menos de 16 corpos, numa das mais eletrizantes apresentações que tive o ensejo de ver in loco, e eu senti que ali estava um factível postulante ao cetro máximo de sua geração. Eu e a Coolmore, que então ai, comprou metade de seus direitos por soma vertiginosa.
Levado aos 1,700 metros Tampa Bay Derby (Gr.2), ele voltou a vencer desta feita por apenas três corpos, mas levando-se em consideração que tropeçou na largada e nunca veio a ser exigido, ele selou para mim, de uma forma definitiva sua participação no Kentucky Derby como elemento a ser levado a sério. E isto ficou ainda mais cristalino em sua vitória a seguir no importante Wood Memorial stakes (Gr.1),
Invicto em quatro apresentações, foi finalmente elevado a posição de favorito no Derby. Outrossim a tarde, há horas da disputa, foi perdendo gradativamente força no volume de apostas, e acabou como quarta força, na faixa de 8/1, ficando o ganhador do Florida Derby, Orb, com a preferência. De alguma forma algo foi detectado, que simplesmente boiei.
Eram 19 participantes e Verrazano, como seu pai, fracassou no Kentucky Derby chegando na décima quarta colocação. O que determina, que de alguma forma, o publico presente suspeitou de algo e não estava errado. Não houve um explicação, mas senti que algo havia sucedido com ele, pois embora tenha participado da carreira entre os primeiros com Palace Malice, em seu inicio, derreteu qual um sorvete, quando foi pedido pelo esforço maior. Simplesmente esmoreceu. Suspeitri pela primeira vez de algo que seu pai, More than Ready, não possui: stamina. Ou que algo deve ter acontecido. Isto ficou claro, dias depois quando foi anunciado que Verrazano não seria apresentado no Preakness quanto mais no Belmont Stakes.
Eu sempre nutri duvidas a respeito de uma possível stamina de Verrazano, e a razão me pareceu lógica, como uma das razões de seu fracasso - de forma retumbante - no Kentucky Derby. Mas trazido de volta a um campo fraco em Monmouth, para os 1,700m do Pegasus Stakes (Gr.3), venceu de ponta a ponta por quase dez corpos. Mantendo-se em Monmouth ele trucidou seus adversários nos 1,800 metros do Haskell Invitational (Gr.1) novamente por dez corpos, considerada a maior vantagem conseguida por alguém nesta importante carreira. O que seriam então 200 metros a mais? Para ele, bastante! Nos 2,000m - sua carreira seguinte, o Travers Stakes (Gr.1) - não passou de uma quarta colocação, demonstrando que talvez os 1,800 metros fosse seu limite staminico.
O final de campanha de três anos de Verrazano, demonstrou uma queda em classe. Tanto na Breeders Cup Mile (Gr.1) em que não passou de uma quarta colocação quanto na Citar Mile (Gr.1) em que foi terceiro, em momento algum se mostrou o fator, anteriormente provado: a vontade de vencer.
Continua Amanha
SE VOCÊ NÃO GOSTA DE TURFE, PROCURE OUTRO BLOG. A IDÉIA AQUI NÃO É A DE SE LAVAR A ROUPA SUJA E FAZER POLITICA TURFISTICA. A IDÉIA AQUI É DE SE DISCUTIR TEORIAS QUE POSSAM MELHORAR A CRIAÇÃO E O DESEMPENHO DO CAVALO DE CORRIDA. ESTAMOS ABERTOS AS CRITICAS E AS TEORIAS QUE QUALQUER UM POSSA TER. ENTRE EM NOSSA AERONAVE, APERTEM OS CINTOS E VISITEM CONOSCO, O INCRIVEL MUNDO DO CAVALO DE CORRIDA, ONDE QUERENDO OU NÃO, TUDO É PRETO NO BRANCO!
HARAS SANTA RITA DA SERRA - BRASIL
HARAS FIGUEIRA DO LAGO
NEPAL GAVEA´S CHAMPION 2YO - HARAS FIGUEIRA DO LAGO - São Miguel, São Paulo
HARAS SANTA MARIA DE ARARAS
HARAS FRONTEIRA
HARAS Fronteira
HARAS ERALDO PALMERINI
HARAS ERALDO PALMERINI a casa de Lionel the Best (foto de Paula Bezerra Jr), Jet Lag, Estupenda de Mais, Hotaru, etc...
HARAS CIFRA
HARAS CIFRA - HALSTON POR MARILIA LEMOS
HARAS RIO IGUASSU
HARAS RIO IGUASSU A PROCURA DA VELOCIDADE CLÁSSICA - Foto de Karol Loureiro
HARAS SÃO PEDRO DO ALTO
HARAS SÃO PEDRO DO ALTO - Qualidade ao invés de Quantidade
HARAS RED RAFA
HARAS RED RAFA - O CRIADOR DE PLANETARIO
STUD YELLOW RIVER
STUD YELLOW RIVER - Criando para correr
JOCKEY CLUB BRASILEIRO
JOCKEY CLUB BRASILEIRO


