Vivemos um momento único no futebol brasileiro. O da pardalisação. Muito professor Pardal e pouca efetividade. Explico-me melhor.
Outro dia me perguntaram quem seria o campeão? Palmeiras ou Flamengo, e eu respondi inicialmente com outra pergunta, em qual competição estávamos falando? Sanada a duvida, respondi que embora pelo esforço financeiro despendido qualquer um dos dois mereceria ser campeão brasileiro, estava mais com a cara de Santos, que tem o seu professor Pardal na direção da equipe, todavia, a seu favor o fato de só jogar uma competição e ter cinco dias por semana, para treinar. Hoje isto nos times de ponta do futebol brasileiro, é um luxo.
A diferença ortográfica do luxo para o lixo, está embutido em uma única troca de letra, mas na vida real, a gente sabe que não é bem assim. O grande problema do futebol brasileiro, chama-se calendário. Logo, pode ser resolvido a qualquer segundo Basta querer. Mas existe um ponto que por maia força faça, não consigo compreender. O jogador de futebol, que tem capacidade técnica de jogar em times de ponta, é um iluminado. Ganha muito bem não pega ônibus para exercer sua função, e assim mesmo, acha que jogar quarta e domingo, um esforço sobre-humano, maior que ssu tamanho possa comportar.mesmo sendo ele um atleta. Mas poucos são aqueles que dispensam uma balada... Eu, quando guri, jogava todos os dia futebol. Ia as baladas e ainda tinha que estudar todos os dias. Desculpem, porém confesso que acho o cumulo se vender um ticket em que seu time principal ficará no banco, se para o banco pelo menos for trazido.
Você paga um ticket num cinema para ver um filme com aqueles artistas anunciados no jornal. Numa opera para ver uma obra encenada pelos artistas anunciados. E vai a um show de Josh Grosban certo que não terá a supresa de vê-lo substituído por Chitãozinho e Xororó. Mas no futebol brasileiro, você vai lá e de repente se vê surpreendido a frente de um bando de caras do qual nunca ouviu falar. Isto não lhe parece surreal? E é aio, que penso que o turfe leva uma grande vantagem. Você vai o hipódromo e vê o Bal a Bali, o Much Better e o Itajara. Eles não são substituídos para serem "poupados"/
Assim sendo, temos em mãos algo sumamente precioso. Precisamos apenas propagar aos quatro cantos do mundo nossos heróis. A començar em nosso estado e depois em nosso pais. Mas dentro dos muros dos hipódromos e sim fora dos mesmos. Não deveríamos explorar com mais vigor a presença de um Lima Duarte de um Guerreo em nossas lides? Por que não tentar atrair, mais celebridades. Celebridades estas capazes de atrair publico em sua cola?
Eu penso que o que Hard Buck e Gloria de Campeão fizeram foram os mais bem sucedidos esforços que um cavalo brasileiro poderia fazer. Aceito que Pico Central, Einstein, Bal a Bali, Sandpit, Riboletta, Siphon e os outros que conseguiram vencer provas de graduação máxima no hemisfério norte, merecem igual respeito. Todavia ser segundo numa das maiores provas do mundo e ganhar a mais bem dotada do mesmo, são feitos, que não acredito que poderei presenciar no tempo que ainda me resta de vida. E qual foi a exploração do dois fatos? NENHUMA! Quem da TV aberta ou dos jornais de maior circulação se preocupou em entrevistar ou no mínimo descrever o feito?´
O pardalismo, quando mal explorado, tende a afastar gente dos estádios. A falta de conhecimento do que é o turfe, certamente também não atrai gente para os hipódromos. Parece que os Moreira Salles resolveram dar um mão ao Botafogo, time de seus corações. Logo, o Botafogo, a exemplo do Palmeiras, poderá ter também a sua tia. Quando o turfe brasileiro vai ter a sua?
