Não entendo muito em lógica qu^ntica. na verdade nem sei do que se trata. Sou ainda do tempo, que a lógica mais conhecida er aa cartesiana. Assim sendo exporei meu pensamento sobre algo que considero muito difícil de responder.
Perguntaram-me recentemente, quem em minha opinião foi ou é ainda melhor, Northern Dancer ou Galileo? Minha primeira reação foi de lembrar ao interlocutor, que são épocas completamente distintas, onde de um lado um recebia 50 éguas, enquanto outro 150, quando em serviço em apenas um hemisfério. Mas depois me lembrei de outros detalhes que me parecem mais importantes do que este embate ilógico por supremacias.
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Logo, afirmar coisas no turfe como definitivas tem uma duração menor que os 15 minutos de fama estipulados como máximos por Andy Wahrol. E por isto você tem que se repaginar a cada semana e tentar descobrir o porque das coisas na maioria das vezes. Certeza não há nunca, mas pelo menos uma probabilidade de entendimento, pode ajudar em seus projetos futuros.Não há uma semana, que um filho, ou um filho de um filho seu - seja macho ou fêmea - não ganhe uma prova de grupo na Europa. Aos dois, aos três e aos quatro e principalmente a partir da milha. Eles sobejamente apresentam aquele dom sublime de gostar do que fazem e vender caro duas derrotas. No Brasil, os filhos de Clackson eram assim. Outrossim, não tão cedo e em provas acima do meio fundo, em sua grande maioria.
Não existe o menor resquício de duvida, nem na pobre cabeça do senhor LuiZ, que embora Northern Dancer tenha tido mais de uma dúzia de mensageiros, Sadlers Wells e Dnnzig fixaram-se como seus principais baluartes, mas ele sobrevive ainda vivamente por intermédio de Nureyev e Try My Best, principalmente nas carreiras que não exijam stamina de longa profundidade.
Neste ponto Mr. Prospector, tem mais amplitude, pois embora tenha sido incapaz de criar dois baluartes do tamanho dos dois de Northern Dancer, abriu um leque de opções entre seus filhos, tornando-se o chefe de raça de importante abrangência, com aproveitamento nos dois tipos de pista.
E o que sobra?
Royal Charger
Nasrullah, por diversas vertentes, mas apenas uma de forma sólida, a de Bold Ruler, Man OWar no braço montado por In Reality e a partir dai, poucas são as possibilidades a serem consideradas, realmente significativas. O mundo da criação de cavalos de corrida caminha por manter-se por dois veios principais e dois pequenos. O que já é melhor do que na era de Herod, Matchem e Eclipse. Três apenas, e o último com 80% do mercado.
Uma tribo sobrevive, pela sua capacidade de dominar. Poucas, mas existentes, são capazes de exercer uma transmissão linear. Independentemente do centro de criação, e do hemisfério que esteja, não são muitas as tribos que realmente estão dando as cartas. Desculpem, minha impressão, mas são os Northern Dancers, os Mr. Prospectors, caindo um pouco os Nasrullahs, e um pouquinho mais os Man O War e quase em extinção os Blandfords. Já não se vê com assiduidade Hyperion. Não tenho noticias de Tourbillons e Harry Ons e St. Simon é hoje visto, pelos mais céticos, como uma coisa a beira de juntar-se a Son-in-law e The Tetrarch, um dia incontestáveis reis do pedaço, - no fundo e da velocidade - mas na realidade atual, constantes apenas nas páginas dos livros.
Mahmoud
A Coolmore está misturando Deep Impact com Galileo. A Godolphin, por sua vez se utiliza de Galileo e Dubawi, o que na verdade nada mais é, do que a miscigenação de Nasrullah com Northern Dancer e Northern Dancer com Mr. Prospector, na procura de novas vertentes.
Quando iniciei no turfe, evidentemente que haviam muito maias opções. Mas já dali, dava-se para notar, que muitas tribos não iriam sobreviver. E nos, na criação brasileira, abarcamos muitas delas que realmente surtiram efeito, apenas que num efeito passageiro. Pois, não tinham a capacidade de sobrevivência própria e por isto tivemos acesso as mesmas. Com o tempo se extinguem. Evaporam...
Vejam o que foi feito das tribos aos quais pertenciam King Salmon, Henri le Balafre, Swallow Tail, Executioner e tantos outros bem sucedidos reprodutores da criação nacional. Mas isto n'ao acontece apenas conosco Recentemente Dominós e Damascus, antes tribos sólidas do élèvage norte-americano, passaram a ser não mais reconhecidas nas linhas altas dos pedigrees clássicos. Rough'n Tumble e Man O'War, estão como diriam os nordestinos, na peínha.
Da mesma forma que acreditamos que uma família materna possa ter seus momentos de hibernação, mas um dia voltam em força total, temos que ter esta mesma leitura em relação as tribos, exceptuando-se as que teoricamente estão extintas. Outrossim, se conseguirmos nos manter nas correntes vivas, e ativa-las por intermédio de imbreeds e duplicações, a tendência é que o salto atávicos se verifique, e um novo elemento engajado na latente força da corrente, sobrevenha e renasça. Como Fênix, na mitologia.



