Caro Paulo, sei que você não me lê - embora devesse - mas no turfe brasileiro o número de gênios da lâmpada com Alzheimer é igualmente grande. Diria que incomensurável. Nunca conseguiram resultado algum no passado, pastam solenemente no presente, mas falam com uma certeza divina sobre o futuro, que me deixa aterrorizado. São verdadeiros planejadores de naufrágio.
Você pode não concordar, com uma teoria, todavia, dai malhar o óbvio, como o Judas numa festa de São João me parece doentio. Anormal. Assombroso, pois, como diria uma amigo meu, a imbecilidade humana não tem limites. Imbecilidade esta que faz este meu amigo duvidar ser aquele suposto ser da raça humana ou apenas uma cópia criada por uma impressora tridimensional.
Publico aqui pedigrees de ganhadores de grupo, que mostram diferentes formas de estruturas genéticas. Os menos desavisados devem notar que existem diferentes posicionamentos e situações, mas o conceito que o chefe de raça ou a matriarca duplicados tende a potencializar as chances clássicas em um pedigree. E quando estas duplicações aparecem multiplicadas com outras de outros chefes de raça e matriarcas, os resultados parecem ser ainda mais convincentes.
Mas tudo depende dos mensageiros. Como em nosso caso nosso mensageiros não são dos mais confiáveis a necessidade de duplicações se torna mais premente. Mas não ha, em momento algum, garantia de sucesso. Apenas um aumento de probabilidades. Vamos a um exemplo pratico.
O reprodutor de shuttle Shirocco, veio por três temporadas para o Brasil, servindo nos três centros mais desenvolvidos de nosso mercado: Bagé, Paranã e São Paulo. Que me lembre foi o único a fazê-lo e poroso nos serve como universo para esta contestação. Teve um total de 249 produtos registrados, dos quais apenas nove vieram a ganhar prova de grupo, não atingindo, em meu ponto de vista, a escala mínima de poder ser considerado bem sucedido, em minha opinião.
Destes seus oito individuais ganhadores de grupo, cinco - mais da metade dos mesmos - apresentam em seu pedigree duplicações em Flaming Page, a mãe de Nijinsky e avó de The Minstrel - este avô materno do Shirocco. Não seria isto mais do que uma coincidência?
January Jones (Gr,1)
Some in Time (Gr.1)
Leme Norte (Gr.2)
Pacchia (Gr.2)
Tane (Gr.3)
O que de uma forma ou de outra corrobora o raciocínio lógico que esta duplicação lhe foi altamente proveitosa. E quando este mensageiro foi Royal Academy, - o mais credenciados Nijinsky aqui aportado - estabeleceu-se que seu melhor produto em pista fosse seu neto materno.
Shirocco é um exemplo e existem outros mais. A pobreza como são tratados os estudos sobre pedigrees no Brasil é estratosférica. Fere até aos ouvidos menos eruditos. E ainda há seres considerados humanos que simplesmente negam, ou criticam aqueles que tentam de alguma forma achar uma razão para os acontecidos.
Amigos, inimigos e neutros, naão quero de maneira alguma provar aquilo que para o bom entendedor já está provado. Cada um assume a posição que melhor lhe aprouver. Agora se por ignorância ou falta de tempo para com a erudição, se manter reticente aos acontecimentos, é direito de cada um. Aliás que fique bem claro, que para que hajam vencedores, há de haver perdedores. Assim sendo os apoio de forma irrestritas.
