Somos uma sociedade agora cada vez mais chegada a milindres. Isto que me foi mandado pelo José Carlos Fragoso Pires Junior é uma tendência a que estamos sujeitos a chegar. O legado do mundo moderno, onde dizer a verdade nem sempre está politicamente correto. Viver de sonhos e metáforas, sim!
Outro dia vi uma entrevista do Capita, o Carlos Alberto, sobre o Pelé, que ele se referiu por meia dúzia de vezes como o negão. Pois bem, se um ex-companheiro de Chicago Bulls do Jordan, se referir a ele nestes mesmos moldes, poderá ser tranquilamente processado, pois, o termo atual é african descendent. Logo toto cuidado é pouco, ao se referirem ao ex-presidente Lula. Criminoso sim, cacheceiro, não!
Será que no turfe seremos um dia obrigados a nos referirmos a um matungo, no máximo rotulado como um elemento incapaz de vencer? Não sei se chegaremos a este ponto, mas de uma coisa tenho certeza. Nada há pior do que um matungo. E o bonito e de forte pedigree, é ainda pior. São os Neros e Calculas da vida!
Hoje estou repleto de pontos de exclamação, pois, o assunto assim o exige. È um assunto que não contém um componente emotivo. Como um psicopata de carteirinha. Um megalomaníaco que acredita ser Deus. Ele não tem o fator humano da emoção. Isto é que eu penso ser um matungo. Algo que não tem um componente emotivo, e quem pensa e vive bem consigo mesmo, sabe muito bem que a emoção, é o fator que o faz qualquer ser - humano ou equino -tentar melhorar sua atuação.
Vocês devem achar que estou delirando. Não estou. Cavalos são sujeitos a emoções. Nem todos, são tomados pela emoção de gostar de correr. De querer ser superior aos demais. Do espirito da competitividade. De vender caro suas derrotas, mesmo já tomados pela fadiga. E existem raças que conseguem transmitir esta vontade de vencer. Este arrobo de dominância. Por isto se perpetuam. E não é por outra causa, que em certos casos, esta é a principal característica de uma potencial transmissão linear.
Quando examino um potro, no estágio que estiver, seja ao pé de sua mãe, ou na inspeção de um tattersall, tento decifrar sua forma de ser. Much Better tinha aquela expressão de dominância de não levar em conta nada que estivesse a seu lado. todos eram ninguém a sua volta. Glorioso Quality, tinha a ausência do estado, como Messi. Seu olhar estava sempre perdido, como a procura de coisas maiores. Um altista. Estrela Monarchos tinha aquela curiosidade de quem quer aprender. Estava sempre ligada com o que acontecia a sua volta, mas incapaz de se assustar com o que quer que fosse. Se são metáforas, não sei. Mas foi o que senti aos examina-los.
Em momento algum vaticinei que um recém desmamado iria correr o Brasil, por ser grande, bem conformado, ou por ter um pedigree que pudesse ser considerado superior - que na realidade estava longe de ser. O fiz, apenas uma vez, pela sua imposição. Inspirava ser possuidor da certeza do dever a se cumprir e tinha um fisico que me lembrava os grandes stayers de outrora. Foi subjetivo a impressão que tive ao pela primeira vez examinar Belo Acteon? Claro que foi, mas ele ganhou o Brasil. E aí seu Malaquias?
Estámos quando assim pensamos, sujeitos a erros? Evidente que sim. Mas seu conhecimento, experiência e imaginação, tendem a diminuir o limite destes erros de avaliação. E principalmente a notar certos detalhes que a muitos podem passar a desapercebido.
Senhores leitores, se digo coisas que acredito, mas de uma forma que pode parecer muito direta e firme, sem prosopopéias, me desculpem. Não sou adepto da língua de madeira, inventada pelos norte-americanos para se amenizar termos que se fazem pejorativos, com o passar dos tempos. È como não querer dizer que uma pessoa é altista e preferir dizer que ela trás consigo um isolamento ontológico, O que dá mo mesmo, mas creio ser mais complicado de dizer e ser entendido.
Acho que um cachaceiro não deve ser chamado de cana-afetivo, pois, em minha maneira de ver, isto não diminui seu vicio, ou refraseando na língua da madeira, sua dependência para com o alcool. Porquanto não amenizará os estragos que ele por ventura poderá ser capaz de fazer quando o nível etílico chegar aos pontos mais altos, agredindo alguém, atropelando uma pessoa ou simplesmente assumindo, de forma irresponsável um cargo de maior responsabilidade em uma nação.
Matungo, é matungo!
E cachaceiro é cachaceiro!
Green Monkey o matungo mais caro do planeta
a bebedeira que fez até a desavisada Dilma ficar sem jeito
São dois seres que na grande maioria das vezes se mostram isento de emoções. No caso dos equinos, querem apenas comer e quando possível serem escovados. E no caso dos humanos, levar vantagem em tudo e simplesmente serem perdoados quando pegos. Durma-se com um barulho destes !
E não vou mudar minha maneira de referir-se a eles, para ser politicamente correto. E sabem porque? Porque tenho que ter em mente manter-me o mais afastado possível de ambos, pois como diria aquele arquiteto amigo meu, nunca olhe o feio por mais de dez minutos, pois, você acostuma a vista, e com 15 minutos, você já não o acha tão feio.
E o que acontece com o hino da Inglaterra...


