O Jorge Ben, hoje conhecido como Jorge Ben Jor, uma vez afirmou que tinha um fusca e um violão e sou Flamengo e tenho uma nega chamada Tereza. Muita gente passou a não comprar mais seus discos. Não sei por causa do fusca, do violão ou da Tereza, mas certamente por ser ele Flamengo. Isto não é uma opinião. Foi um fato levantado na época em pesquisa. Ele mesmo me contou. Dá para acreditar nestes rancorosos?
Tanto é verdade esta animosidade gratuita, ai no Brasil, que um dos mistérios mais difíceis de serem descobertos, é o time de futebol de comentaristas esportivos. Logo opinar, é sempre um perigo. E mesmo em fatos consumados tem que se pisar em ovos.
Agora me respondam. Porque um cardiologista vende a sua opinião? Nem que ela seja tu vais morrer! Assim como um advogado, um economista e ate uma quiromante. Valendo o principio que o que pago, tem o seu valor. Mas quando se dá uma opinião grátis, em um blog, a reação parece homicida. Se torna descomunal! Você é tratado como um bastardo!
Com que direito este cara fala que meu cavalo é inferior ao do Zé das Couves? E respondo ser o direito do analista, opinar e do opinado reagir, quando a mesa for virada a seu favor. Mas que tal virar a mesa antes de reagir? Que tal provar depois do sucedido que a apreciação do analista foi prematura? Teve gente no Brasil que torceu, até o último minuto, que Frankel não viesse a ser o que realmente foi, pelo simples fato de eu dizer o que ele poderia ser, ainda em seu nascedouro. Acredito ser isto doentio.
Teci comentários recentemente de Verrazano - que foi um cavalo que realmente me impressionou em seu inicio - e que por coincidência era filho de outro por quem morro de paixão e que faz o senhor LuiZ morrer de rir, e imediatamente foi aventada a minha participação comercial no mesmo. Aviso aos navegantes, nada tenho a ver com o citado garanhão. Como não tenho com a Gisela Budchen, e nunca me furtarei a afirmar que ela me parece ser uma mulher incrível.
Temos que parar de achar que tudo tem um sentido por baixo da mesa. Temos que louvar aquilo que acredite que possa ser louvado e se por ventura se tornar necessário se criticar. aquilo que a seu parecer deva ser criticado. E acima de tudo respeitar a opinião alheia, seja ela a que for. Até a de um petista.
Comparações se tornam inevitáveis, E em alguns casos até sadias para a atividade. Affirmed era melhor que Alydar, e Sunday Silence que Easy Goer e a imprensa cansou de defender suas teses. E a pista decidiu quem estava com a razão. No Brasil se você sequer deixar transparecer que acha melhor Much Better do que Sandpit, imediatamente os lorpas e os pacácios surgirão das profundezas do pântano para urrar que há em você um interesse comercial por ter selecionado o primeiro.
Ora bolas Much Better era bom para burro, independentemente de ter sido selecionado por mim, ou pelo zé das Couves. E o que Sandpit fez nos Estados Unidos, talvez Much Better não o fizesse fazer. Quem garante? Todavia, conheci pelo menos sete que se intitulam lances perdedores de Much Better e um que se vangloria em te-lo vendido. E sabe o que mais? Pouco se me dá! Isto era o que vó Adelina respondia quando era criticada por fazer alguma observação, considerada desairosa pelo opinado.
Chega de frescuras. Vamos deixar de brincadeiras. O rubro negro tem o direito de sentir o cheirinho, o alvi verde de querer colocar o churrasco na grelha ainda na décima rodada do brasileirão e até o sonhador que um dia possa vir a ganhar um King George, se não houver uma Enable nas redondezas. Quem quiser o Lula livre que proteste, quem sabe se daqui a 100 anos seja atendido
O turfe brasileiro é coisa séria, - pelo menos para mim que vivo dele - embora para muitos ainda seja ainda visto como um brinquedinho e tratado como um hobby por muitos de nossos proprietários e criadores. Assim sendo como reclamar de um governo que nos ignora? Ou querer não ser punido na pista?
