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segunda-feira, 5 de agosto de 2019

PAPO DE BOTEQUIM: O QUE SERIA DO AZUL SE TODOS GOSTASSEM DO AMARELO?

Pois é, entre as grandes frases de efeito de vó Adelina, - que para mim, que ainda usava calças curtas confesso que soavam como teses literárias - esta era, sem sombra de dúvidas, a que melhor definia uma situação: o que seria do azul se todos gostassem do amarelo?  

Entenda-se que para uma septuagenária Lacerdista, num pais de Getulistas,  e que um dia fora beque central da Estação da Leopoldina, soava como  uma prerrogativa  totalmente sua, num tempo que a opinião feminina não era levada a sério. Principalmente a de exercer o livre arbítrio em sua capacidade de decidir pelo que querer.

Vamos estar certos de um ponto. Aos seres considerados humanos foi dada esta capacidade. A de decidir por seus atos, como também para outros igualmente considerados humanos - mas não tanto - de seguir a turba, e optar pelo o que a maioria exige. Vide Barrabas e Dilma Roussef.

John Aiscan, a quem sempre reverencio sua memoria, tinha uma frase que considerava lapidar: o pior defeito de um cavalo de corrida, é sua incapacidade de vencer. Sim esta para mim, é a definição exata do matungo, aquela figura execrável, que faz parte de meus pesadelos. E graças a ela forcei aquilo que considero básico em minhas seleções como analista, a maior qualidade que vejo em um cavalo de corrida, é sua vontade de vencer. Aquele que nem sempre consegue, mas toda vez, tenta. Exemplo nacional maior, Clackson.

Sei que são conceitos, outrossim, o que seria do azul se todos gostassem do amarelo? Tem gente que dá mais valor a uma aceleração final, outros a inicial. Há pessoas que elevam a velocidade a um patamar máximo, outros preferem a stamina. E quando se entra na seara de pedigrees e fisicos, é aí que as divergências se tornam ainda maiores.



O trofeu Mossoró, uma premiação nacional, a quem muitas vezes não é dado o devido respeito, demonstra uma vontade popular. Este ano, escolheu como cavalo do ano uma potranca de dois anos que foi imediatamente exportada. Não tenho duvidas que Jolie Olímpica mereceu o titulo, com sobras e devidas aplausos. Ela me parecia sublime. Mas será o tempo que dirá se a grande maioria estava certa ou não. 

Porque digo isto? 



Nosso cavalo de mais idade, eleito como melhor, foi para os Estados Unidos e em duas oportunidades - até aqui - demonstrou sua incapacidade de sequer se colocar, mesmo sendo cumpridas a seu favor. todas as exigências  que considero indispensáveis para uma boa aclimatação e adaptação. Jolie Olímpica foi com justiça, a melhor dois anos, todavia, para dizer a verdade impressionei-me menos com a forma extremamente dominante, sobre alguns de mesma geração, que exerceu em todas as suas vitórias, com a forma brava com que uma outra dois anos se apresentou, sempre, e nem sempre vencedora, mas contra os de todas as idades. Justamente aquela que levou o titulo da velocidade: Wired Bryan.



Não estou de maneira alguma querendo criar algum tipo de comparação, nem tentando estabelecer parâmetros de aferição. O cara tem oi direito de ser lúcido, ou votar no PT. De torcer pelo Olaria em detrimento do Flamengo. Aplaudir o Pablo Vitar e vaiar o Sinatra. E até achar que o Maradona foi melhor do que o Pele, principalmente os que não viram o segundo jogar.  Isto é o que rotulo como parâmetros divergentes. No caso de Jolie Olimpica e Wired Bryan, creio tratar-se de parâmetros convergentes, logo passa a ser apenas uma questão particular de gosto, não de lucidez. 

Confesso, que em 99% dos casos optaria por Jolie Olimpica, pois, aceito ser um neófito em discussões sobre velocidade, mas a vontade de vencer da tordilha me embriaga a vista.

Quero deixar claro, que ambas esbanjam seus dotes no quesito vontade de vencer e gostar daquilo que fazem. Mas no caso de Jolie Olimpica ela o faz com extrema facilidade, como Frankel, Ribot e Secretariat o faziam. Wired Bryan, tem também muita habilidade, contudo, sinto que muitas vezes tem que usar o coração e sua fibra para poder ganhar, numa distância que qualquer deslize é fatal. Principalmente na Gávea com aquele sui-generis cotovelo no percurso dos 1,000 metros.

Vide o que aconteceu nesta última versão da ANCPCC de velocidade. Ela brigou com todos, e quando parecia que poderia ganhar, aparece um elemento, filho da mais importante égua atual de nossa criação, literalmente voando, por fora de todos, e a passa como ela se trata-se de uma figura de claiming. Faltavam menos de 200 metros para o disco. E meu queixo quase caiu, quando a vi voltar com Fênix e não apenas vender caro a sua derrota, como vencer a carreira. 




Acredito eu, ter sido uma das maiores demonstrações de valentia que vi um animal dar em minha existência e no mesmo mês que minha mente tinha bem guardada a apresentação de Stradivarius na Ascot Gold Cup. O stayer incomparável me pareceu ainda mais incomparável, neste mesmo teor: o da vontade inequívoca que certos animais tem em querer vencer, ao preço que for. Dettori, se deixou perecer num estratagema montado por seus adversários, e na entrada da reta, depois de ter percorrido mais de 3,400 metros, se viu encaixotado, sem ter para onde ir. E foi este excepcional animal, com nome de violino, que lhe mostrou o caminho a ser percorrido.

Outro tordilho que para mim, possuía este dom, e por ele parece ter sido agraciado pelos votantes, foi o escolhido como o melhor da areia, Laurent. Não somos muito dotados a produzir elementos de areia. Na verdade, posso contar nos dedos os poucos que me impressionaram no Brasil, e tenho que dizer que Laurent foi um deles. Um elemento que certamente mereceria uma chance no dirt norte-americano, em minha humilde opinião.

Desculpem, se desta vez, convidado fosse, optaria por um empate entre o azul e o amarelo.