Participamos de uma atividade que suscita duvidas em um paisa que por si só já é, pelo menos para mim, uma grande dúvida. Contudo, poucos seriam a aqueles a duvidar que a Coolmore e a Godolphin sejam os dois conglomerados que mais investem na atividade num âmbito mundial. Mas seriam eles os que produziram s cavalos mais importantes? Não necessariamente, como veremos a seguir.
A família Khan, construiu uma vertente iniciada por Mumtaz Mahal, que alcançou através dos anos a Petit Etoile e esta depois de várias gerações atingiu seu ápix com a invicta Zarkava. A Juddmonte Farms por caminhos distintos foi capaz de produzir a Dancing Brave, Frankel e Enable. Quem em sã consciência não gostaria de gerar a três elementos deste calibre, que em minha lista prioritária, estariam entre os 10 maiores que vi correr. Nas duas situações nota-se o toque da persistência. Da busca pela perfeição.
Haveria diferença de Tesio, com Cavaliere dÁrpino, Nearco e Ribot?
No Brasil, Itajara, Falcon Jet, Much Better, Duplex, Farwell, Emerson, que estão entre os maiores que já tivemos o ensejo de gerar, tiveram o nascedouro de suas respectivas existências findos, com a dissolução definitiva dos haras. Os haras de Einstein e Hard Buck, sofreram reduções sentidas, e apenas os de Bal a Bali e Pico Central permanecem em sua plenitude. O que há de errado em produzir exceções no Brasil? Cria-se um estigma? Uma maldição?
A oferta total do plantel do haras São Luiz, anunciada recentemente me surpreendeu. Recentemente adquiri, um elemento seu e sobre nova direção, tinha expectativas que as coisas voltassem a ser, como foram na época de Clackson e companhia. Será que nos acostumamos a abrir mão do melhor que já tivemos em prol de um grande nada, que nos levará ao final de uma história, que se não foi gloriosa, pelo menos esteve digna de nota em várias fases?
Alguém deveria alertar as nossas autoridades do perigo que corremos. Creio que isto já recentemente tenha sido feito, e se o verdadeiramente o foi, temos que pensar que medidas saneadoras estão perto de ser tomadas. Mas serão elas tomadas? Quais as garantias que temos de tentar angariar novos investidores com o universo que hoje podemos honestamente oferecer?
Esta é uma nota cheia de pontos de interrogações, pois, é exatamente assim que me sinto, vendo poucos, haras tentando manter a lei natural das coisas. Verdadeiros abnegados que lutam por uma causa, abandonada em muito pelo governo. E o pior, super taxada pelo mesmo como se fossemos um hobby. Um passatempo de gente rica que não tem o que fazer.
Não sei se serei capaz de ver, no tempo que me resta, o que presenciei quando fui tomado pela excitação que esta atividade ainda exalava no final dos anos 60. Ela pulsava. Grandes famílias, dando tudo de si, para um turfe que não só vibrava como também era capaz de atraiar multidões a vibrar com ela.
Perdemos a a grande mídia. Não conseguimos ainda penetrar na de maior penetração atual, a internet. Temos que atrair os jovens e aqueles bem aventurados que possam investir. Mas como? Está ai outra interrogação a ser respondida.
Somos verdadeiramente uma ilha de interrogações...
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