Sou ainda daqueles que não acredito em comprar cavalos inéditos por fotografia, ou simplesmente por videos. Desculpem, mas a minha capacidade de olhar ver alguma coisa, está ligado a minha presença a frente daquilo que cause interesse.
Nesta semana estive em São José dos Pinhais e Tijucas do Sul, onde visitei a 11 haras, tendo a oportunidade de examinar o número exato de 178 indivíduos. Diversos reprodutores e formas distintas de encarar o turfe.
Abro uma parênteses. Da mesma forma como qualquer ser humano tem direito a emitir sua opinião, como ser humano que me considero, me dou o direito de emitir a minha também. E se discordo disto ou daquilo, não que dizer que esteja necessariamente do lado da verdade. Aliás, em minha concepção no turfe não há certo muito menos errado. Há os que ganham com mais frequência e os que perdem nesta mesma frequência. Eu aconselharia a todos seguir os que conseguem vencer. Fecho meu parênteses.
O que vi que me chamou a atenção?
Até aqui 17 elementos, somando as duas regiões, que considerei fisicamente de alto nível, para um período que o cavalo é o que é: criado no campo, ainda livre dos efeitos de uma preparação para ser vendido nos leilões. E como venho de examinar centenas de inéditos em Keeneland, o olho está afiado para conceber certos critérios de seleção.
O percentual de pouco menos de 10% não me parece convincente, mesmo levando em consideração que não relevo muita coisa que outros relevam. Em Keeneland o percentual de cavalos que me impressionaram em Setembro, dentro de um universo maior que o dobro, do que obtive na visita as estas duas regiões do Paraná, é de 25%. E não estou falando de pedigree. Examino-os sem ter um catalogo às mãos. Logo, é puro julgamento de capacidade atlética.
Existem quatro reprodutores, que me impressionaram bastante pela capacidade de imprimir qualidade e ao qual me dou ao direito de revelar a apenas aqueles que usam de meus serviços. É igualmente pouco, pois embora estes 17 elementos sejam advindos de nove distintos estabelecimentos de cria, 14 dos mesmos advém de apenas quatro reprodutores. Para mim 82% é algo mais do que convincente. É redundante.
Continuo a acreditar que temos condição de criar o cavalo fisicamente de nível internacional, mesmo com as fracas ferramentas genéticas que dispomos em nossas mãos. Acho que estas duas regiões deram um salta em termos de reprodutores, pois, mesmo não havendo trazido o que desejávamos, melhoram em muito o padrão do cavalo criados e recriados nestas duas regiões
A chuva nos impediu de ver nesta primeira visita tudo em Bagé. Mas em Janeiro teremos oportunidade de completar nossa pesquisa.
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