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sexta-feira, 29 de novembro de 2019

PAPO DE BOTEQUIM: TAKE OR LEAVE IT

Meus parcos e resilientes leitores do Ninho. Foram 26 dias de andanças e sensações vividas que dispendi intensamente no Brasil, com inspeções de potros em Bagé, Paraná, São Paulo, - num total até aqui de 340 - corridas assistidas em Maronas e Gávea, reuniões com amigos. Dias agradáveis vividos nos Figueira doo Lago e Lorolu,  além de ter sido testemunha da conquista de dois campeonatos, um nacional e outro continental pelo time para o qual tenho paixão e uma certeza: que no frigir de todos nos ovos, nosso turfe me parece cada vez menor.

Não serei nunca dono da verdade. Outrossim, de mim, ninguém irá tirar o senso critico e a capacidade de olhar e ver. Resquícios de um arquiteto. E a noção do macro, ajuda as decisões do micro. Todavia, como jack, vamos por partes.

O Flamengo é a maior torcida deste universo, desde 40 minutos antes do nada. Até semana passada estimava-se em 40 milhões. Hoje creio que 50. O que acontecerá depois do Natal? E parece que só agora, depois de desperdícios faraônicos, que de cinco anos para cá, resolveu despertar e tomar vergonha na cara de forma a encarar as coisas como elas devem ser encaradas, se você quiser fazer alguma difirença.  Discuti muito isto com o Aluízio Merlin Ribeiro. O Flamengo não seria maior, se não quisesse. Pois é, finalmente o quiz... Nosso turfe não poderia tomar a mesma atitude? O Flamengo não precisou da ajuda do governo. Apenas organizou-se e vejam no que deu. Porque não fazemos o mesmo em nossa atividade?

Quando a gente troca de pais, muitos conceitos de vida tornam-se distintos. Você de maneira alguma perde suas raízes. Apenas soma outras as já existentes, e passa a ver com um olhar de maior transparência o que realmente ocorre a sua volta  E o resultado não pode ser outro. O Flamengo. que fez seu dever de casa, vai muito bem obrigado, o turfe brasileiro que anda matando suas aulas, nem tanto.

Abro um parênteses. Dentro do aprendizado de vida, você tenta captar para si, ensinamentos que o levem ao desenvolvimento maior de seu ser. Eu deixei em 1987 o Rio de Janeiro e hoje afirmo, que o Rio nunca me deixou. Outrossim, em minha experiência particular, existem frases e expressões que aprendi a respeitar aqui no hemisfério norte, pois elas me fizeram enxergar as coisas sobre uma outra ótica: Pillar of Establishment, Aftermatch, Turning the Table, Point of no Return e Take or Leave it. Fecho o parênteses e tentarei explicar o porque. 

Ok que alguns tenham o direito de pensar que se tratam de apenas expressões. Como diriam muitos, da boca para fora. Mas não o são. Vou mais longe. Podem ter conceitos de ensinamento básico de uma vida, embutidos e que serão de tremenda valia. O que é necessário para assimila-los é reflexão e discernimento.

O Pillar of Establishmente, é o conceito que todo individuo deve ter para sustentar seus projetos e suas teses. Qual seria por exemplo o de nosso turfe? Juro que já pensei nisto bastante e não cheguei a conclusão alguma. Cidade Jardim, criou uma forma recente de adiantar o pagamento de parte dos prêmios como uma maneira de atrair cavalos de outras regiões para formar seus páreos.  Paga logo aptos o páreo corrido  Creio que é de longe a medida mais inventiva desde a instituída anos atrás, de simplesmente não pagar prêmios e que levou esta instituição a chegar onde chegou.  

Pensem bem, ganhar no Rio de Janeiro está cada vez mais difícil. Ora porque então não atrair aqueles que poucas chances tem de ganhar, para outro centro onde tenham maiores chances de fazê-lo? Mas para que isto se concretize, pelo menos parte dos prêmios devem ser pagos. Hoje existem dificuldades da Gávea formar quatro programas como vinha fazendo constantemente. O que determina, primeiro que Cidade Jardim está conseguindo em parte deu intento e segundo que dinheiro guardado no cofre, talvez não seja a melhor solução para se manter um turfe sadio. Como evitar o êxodo? Aumentando os prêmios de forma que uma quarta colocação pelo menos ajude para pagar o trato. Um aumento foi proposto, recentemente na Gávea, mas que de maneira alguma irá estancar a sangria deste êxodo.

Mas nem tudo é terra arrasada. A ABCPCC está fazendo a sua parte. E reforço, o está fazendo muito bem. As taxas impostas para saída de animais, principalmente para o Uruguai, minimizou pelo menos momentaneamente o êxodo de éguas de cria. O controle do sémem, que parece ter deixado de voar de um estado para outro, sem que as éguas se transladassem, moraliza a atividade.  Nos faz parecer com as outros mercados mais desenvolvidas. O combate ao mormo, está sendo finalmente sendo levado a sério e deverá dar frutos. A inadimplência de investidores cometas, pela primeira vez foi combatida e isto criará mais estabilidade ao mercado interno. E quem sabe, minha esperança maior, que até as taxas de importação de matéria prima - genética - possam ser abolidas. 


Antônio Quintella

Rodolfo Landim

Desculpe aos que assim não coadunam, mas os impérios dos Landins - o Rodolfo do Flamengo e o Antônio Quintella da ABCPCC - é o turning the table que toda a atividade - seja futebol ou turfe - deveria ter ao se defrontar com um point of no return. Se não dá para dar uma virada de mesa como o Flamengo deu, e a ABCPCC está tentando dar ao se deparar em pontos que não pareciam ter mais retorno, porque então continuar? Porque não rodar a baiana ou virar a mesa? Recato? Que nossos Jockeys Clubs, com estes ensinamentos dados por um clube de futebol, e uma associação, take or leave it.  

Acabou-se o tempo do meio termo, principalmente em se tratando de hipódromo da Gávea. É pegar ou largar o que exemplos bem sucedidos nos apresentam  Afinal, guardadas as devidas proporções, o hipódromo da Gávea hoje tem uma força bem maior em relação aos demais hipódromos, como o Flamengo em relação aos outros times. Mas como o Flamengo não pode se dar ao luxo de ficar com dinheiro no banco. Tem que investir para que o sucesso se torne uma constante. E investimento no turfe é aumento de prêmios.

Que todos criem seus pilares de estabelecimento, com conceitos claros e factíveis de serem entendidos, absorvidos e esmiuçados.  Que não arrisquemos mais a chegar a pontos cujo retorno, mesmo como uma total virada de mesa, possa não conseguir tirar nossa vaquinha do brejo. E que possamos viver as consequências do Aftermatch, como vencedores e vencidos são obrigados a fazer, seja numa guerra, ou em simples disputas politicas ou esportivas, e pegar dali o que seja produtivo ou deixar definitivamente o bastão cair e apelar para outras sensações, menos complicadas.

A todos com quem convivi nestes vinte e poucos dias de estada no Brasil, meu muito obrigado. Brevemente estarei de volta.