Foi noticiado aqui no blog o retorno para o Brasil do craque Arrocha e fiquei pensando como nos faz falta projetos ousados semelhantes àquele feito pelo Aluísio (Stud H & R) com os seus Acteon Man/Momento de Alegria. Imagine trazer para Bagé os ganhadores do GP Brasil - Dídimo e o Top Hat para criar uma base e projeto com o Arrocha.
Dídimo descendente da South Ocean e o Top Hat um Royal Academy/Nijinsky que possibilitaria aquele nick consagrado (Blushing Groon X Nijinsky). Tudo isso seria possível se conseguíssemos refazer um Posto de Fomento similar àquele criado nos anos 60 pelo Jockey Clube de São Paulo, em Jaguariúna, na região de Campinas, por onde passaram diversos garanhões importantes, como por exemplo, Coaraze, Zenabre, Henri Le Balafré, Executioner e Romarin, todos produtores de derbies winners, aliás foi o Romarin o último grande cavalo brasileiro a passar por aquele Posto de Fomento que foi vendido em julho do ano 2000 com o objetivo principal de quitação de prêmios atrasados (vejam há quanto tempo vivemos nessa agonia absurda).
Nos próximos dias o Renato publicará por aqui uma transcrição que fiz de uma matéria publicada no caderno de turismo do Jornal “O Estado de São Paulo” de julho de 1965, dando conta da importância para a criação nacional do Posto de Fomento do Jockey Clube de São Paulo e sua magnitude, atraindo inclusive a atenção da Rainha Elizabeth II que fez questão de conhecê-lo em sua passagem pelo Brasil nos anos 60.
Não tenho dúvida que a região propícia a receber um novo Posto de Fomento seria Bagé, onde teríamos os leilões anuais dos potros e diversos eventos que poderiam atrair novos investidores. Precisamos de grandes projetos que abraçam toda a criação nacional, vamos mudar a trajetória, a história nos mostra que estamos em direção contrária, o que foi o Posto de Fomento do Jockey Clube de São Paulo e seu destino é prova que estamos errando há muito tempo.