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quinta-feira, 6 de agosto de 2020

ENTREVISTA COM ANGEL CORDERO - TERCEIRA PARTE

Continuação


RG - Porto Rico sempre foi um grande celeiro de espetaculares jóqueis. A que você atribui isto?

AC - Nosso amor pelas corridas e a necessidade de vencer fora de nossas fronteiras. Vim com Laffite e Jorge Velasquez e creio que não deixamos o nome de nosso país mal.

RG - Angel, porque os cavalos hoje carregam menos peso que antes e os jóqueis da atualidade são mais pesados e consequentemente tem que sofrer para fazer os pesos estipulados?

AC - Este é um ponto que não entendo. Aliás, nunca consegui entender. Pela manhã os cavalos carregam até mais peso do que levam em corrida. Quando eu aqui cheguei os dois anos podiam carregar 122 Pounds, e aos 3 e quatro 126 sem esforço algum. E não deixavam de ser grandes cavalos. Entre estes vi alguns carregando 133, 140 pounds. Isto eu também considero excessivo. Mas, como exigir hoje um jockey fazer 105 ou 107 pounds?

RG - Desculpe interrompê-lo, mas em sua opinião a partir de que ponto um cavalo começa a sentir o peso?

AC - Eu diria que 126 pounds. Abaixo disto em nada sua performance poderá ser afetada.

RG - A respeito de medicação. Dizem os antigos que os cavalos antigamente eram mais medicados. Mas como leigo, o que sinto é que eles eram mais consistentes. Corriam mais vezes. Como você vê esta questão?

AC - Medicação sempre existiu. Muitas tratamentos nada tem a ver com o aumento de capacidade de um animal correr e sim com sua saúde. Hoje estes tratamentos continuam, apenas com uma maior visibilidade. Windstrong, Equipoise dados a uma certa quantidade ao dia apenas ajudam um cavalo a se sentir melhor, mais forte... A verdade é a seguinte, quando você tem uma dor de cabeça, parte para um analgésico, pois, se assim não for, não poderá exercer suas responsabilidades do dia da mesma forma que a conduz nos outros. Um cavalo que sente dor, tem que ser ajudado. Não sei até que ponto as medicações que teoricamente fazem um cavalo correr mais devem ser abolidas. Todavia, o lazix por exemplo é uma ajuda ao cavalo.

RG - Se os cavalos cada dia levam menos peso e o controle da medicação é quase sempre maior, porque não se fazem dois anos mais como Hail to Reason? Seria uma questão deste pais ter optado por cruzar velocidade com velocidade em detrimento da stamina?

AC - Não sou um conhecedor de criação, mas desde que aqui cheguei vejo que os cavalos são criados mais para a velocidade do que para as corridas de duas curvas. Noto que o reprodutor que foi um bom milheiro, tem se saído melhor. Mas volto a afirmar. Não entendo do assunto e muito menos o estudei a fundo. É apenas o que observo. O que sinto é que está se exigindo muito dos cavalos aos dois anos, com o aumento das bolsos para eles. E muitas vezes, o corpo não aguenta tanta pressão. Mas entendo a sua posição, pois, antigamente os cavalos sofriam igual pressão e corriam aos 3 aos quatro e em alguns casos aos cinco e mais adiante. Ai passa a ser um problema de se saber se era a medicação que os fazia aguentar, a forma como eram criados e treinados ou uma questão do tipo de cruzamento...

RG - Ou quem sabe, por hoje ser mais negócio se vender um cavalo do que corrê-lo.

AC - Acho que você matou o problema. Criar cavalo para correr acredito eu que exige um tipo de metodologia. Ao passo que para apresenta-lo ainda cedo em uma venda, terá que ser ministrado outro. Em meu tempo, quase todos os meus proprietários eram criadores. Hoje, poucos são aqueles que um dia sequer pisaram em uma fazenda. Mas mesmo levando-se em conta esta possibilidade, eu diria que cavalos não são máquinas. Mas mesmo os carros, quando novos tem que ser amaciados. Não se pode exigir tudo deles nas primeiras milhas. Arrebenta com o motor. Acho que com os cavalos deva acontecer a mesma coisa.


RG - Acabamos de assistir dias atrás a uma grande performance de um cavalo que por fisico e pelo modo de correr, parace que possuí todos os ingridientes para trazer de volta a tríplice coroa, tão almejada, desde os idos tempos de Affirmed. O que você acha de Big Brown?

AC - Não creio que ele possa ser considerado ainda um cavalo como Secretariat, Ruffian, Affirmed ou Seattle Slew. Mas ele parece ter a capacidade de correr e suplantar seus problemas. Se existe hoje alguém com chance de ganhar a tríplice coroa, creio ser ele.

RG - Mas tem gente que duvida ter ele a capacidade de ganhar o Belmont.

AC - E eles tem razões para assim suspeitar. Não creio que ele terá problemas de ganhar destes que até aqui se mostraram, nas duas primeiras provas da tríplice coroa. Mas o Belmont é uma carreira longa e a pista de lá, cansativa. Não é a toa que é normalmente ali que os cavalos tropeçam em seu intento. Porém, críticos sempre haverão. Secretariat foi criticado nas duas primeiras provas e venceu ambas em recorde. Ai no Belmont (Stakes), acharam que por suas caractarísticas ele fracassaria, como anos depois aconteceu com Spectacular Bid, outro dos maiores que vi correr. E até o privilégio de alguns, montar. Mas o que se viu? Ele ganhou por 34 corpos e em recorde mundial. Ele não corria, voava ! Secretariat is running like a tremendous machine. Lembra?  Cada carreira é uma sentença, e não dá para se prever, o que um cavalo possa fazer pela primeira vez em 2,400m. No mais, não creio que Big Brown seja Secretariat. Mas acredito também, que não exista nenhum Sham, por agora.

RG - Angel, me de a sua opinião sobre as pistas sintéticas. Seriam elas a solução para preservar os cavalos?

AC - Não necessariamente. Vou citar aquilo que vi, que foi pouco, mas foi o que vi. A de Keeneland, me parece perfeita. Dizem ser ela a original...